Cabo Verde na Copa: festa tem campanha contra invasão ao campo e telões em praças das 10 ilhas

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A preocupação da Federação Cabo-Verdiana de Futebol (FCF) era garantir a vaga na Copa do Mundo 2026, claro. Depois disso, porém, era preciso "segurar" os torcedores nas arquibancadas do Estádio Nacional, em Praia, capital do país.

Isso porque a Fifa já aplicou uma multa de 5 mil francos suíços (R$ 33,3 mil) pela invasão ao campo após a vitória sobre Camarões, um dos jogos decisivos na campanha cabo-verdiana nas Eliminatórias, que culminou na classificação inédita ao Mundial.

A festa não parou por causa da restrição. Jogadores foram à beira da arquibancada e, por todas as 10 ilhas de Cabo Verde, torcedores se reuniram em comemoração.

Como na partida contra Camarões, o governo cabo-verdiano decretou ponto facultativo a partir de 12h no horário local. Em praças, foram instalados telões, que reuniram o público na expectativa da classificação.

O receio de uma nova punição passava até pelo medo de perder a vaga na Copa do Mundo. Por isso, uma campanha com personalidades cabo-verdianas foi lançada pela FCF.

O lema era "Ka Nu Invadi Campo", em crioulo, língua também falada no país, junto do português. A mensagem foi amplificada por nomes como os ex-capitães das seleções masculina e feminina, Marco Soares e Lúcia Moniz, e a cantora Neuza Pina.

Cabo Verde é o segundo país de menor população a se classificar ao Mundial. Com pouco mais de 500 mil pessoas, o arquipélago só fica atrás da Islândia, que jogou em 2018 e tinha população de 300 mil na época.

A nação cabo-verdiana também é o primeiro país africano lusófono classificado desde Angola, que estreou na Copa do Mundo em 2006.

A equipe é a terceira estreante a garantir vaga no Mundial do próximo ano - Jordânia e Uzbequistão, na Ásia, já haviam assegurado a classificação inédita. O torneio de 2026, com sedes no Canadá, EUA e México, será disputado pela primeira vez por 48 seleções. Por isso, também, o aumento no número de estreantes na competição no próximo ano. Além de Cabo Verde, a seleção de Benim pode conquistar mais uma vaga inédita, em caso de vitória sobre a Nigéria nesta quarta-feira.

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Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR. 

Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.