Anisimova vence Sabalenka com grande atuação e vai à final inédita em Wimbledon

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Amanda Anisimova está na final de Wimbledon. Em uma das atuações mais marcantes de sua carreira, a americana superou Aryna Sabalenka, número 1 do mundo, por 2 sets a 1, com parciais de 6/4, 4/6 e 6/4, em 2h38min de partida. Foi a primeira vez que Anisimova disputou uma semifinal de Grand Slam na grama inglesa, e ela aproveitou a oportunidade ao máximo. Aos 23 anos, garantiu vaga inédita na decisão de um major e manteve a vantagem no confronto direto contra Sabalenka, agora com seis vitórias em nove jogos.

"Sinceramente, ainda não parece real. A Aryna é uma competidora duríssima, e eu estava completamente exausta em quadra. Não sei como consegui vencer. Ela é uma atleta incrível, uma inspiração para mim e, com certeza, para muitas outras pessoas também. Estar na final de Wimbledon é algo extremamente especial. A atmosfera hoje foi incrível. Sei que ela é a número 1 do mundo, mas muita gente estava torcendo por mim, e isso significou muito", afirmou a americana.

O duelo foi intenso do início ao fim, disputado sob forte calor em Londres. Na partida, um gesto de fair play chamou a atenção do público: Sabalenka, percebendo o desconforto de torcedores nas arquibancadas, ofereceu garrafas de água para amenizar os efeitos da temperatura elevada. Foi aplaudida, mas a demonstração de empatia não se traduziu em controle emocional total nos momentos decisivos.

Anisimova fez um primeiro set sólido, apostando em variações e em trocas longas para desestabilizar a potência de Sabalenka. A única quebra veio no game final, após uma batalha de quase dez minutos. Com coragem nas devoluções e controle nos ralis, a americana fechou a parcial em 6/4, largando na frente e impondo pressão sobre a favorita.

Sabalenka reagiu na segunda parcial com o tênis que a levou ao topo do ranking. Com saques mais eficientes e menos riscos nas devoluções, a atleta de Belarus conseguiu a quebra no sétimo game e administrou a vantagem com autoridade para empatar o jogo em 6/4. Ao final, terminou a partida com 31 winners e seis aces, contra 30 bolas vencedoras da adversária.

O set decisivo teve roteiro digno de Grand Slam. Sabalenka começou com tudo, quebrando o saque da rival logo no primeiro game. Mas a reação de Anisimova veio em seguida: agressiva nas devoluções e com movimentação intensa, ela conseguiu duas quebras consecutivas e abriu 4/1.

Sabalenka oscilou emocionalmente, demonstrou frustração e chegou a se ver perdendo por 0/40 quando sacava em 4/5. Ainda assim, salvou dois match points com coragem, mas não resistiu ao terceiro: Anisimova fechou em 6/4 e comemorou com lágrimas a vitória mais importante da carreira.

Anisimova vive o ponto alto de uma trajetória marcada por obstáculos. Em 2019, ainda adolescente, ela alcançou a semifinal de Roland Garros com apenas 17 anos, mas foi superada por Ashleigh Barty. No mesmo ano, afastou-se do circuito após a morte do pai e técnico, Konstantin. Em 2023, decidiu fazer uma nova pausa para cuidar da saúde mental. Voltou no início do ano passado fora do Top 300 e, pouco mais de um ano depois, está em sua primeira final de Slam.

O momento atual coroa uma temporada de afirmação. Anisimova conquistou seu primeiro título de WTA 1000 em Doha e soma três títulos e três vices na carreira. Ao derrotar a líder do ranking mundial em Wimbledon, ela consolida sua posição entre as principais jogadoras do circuito e se coloca como forte candidata a dar um passo ainda maior.

Do outro lado da chave, a finalista sairá do confronto entre a suíça Belinda Bencic e a polonesa Iga Swiatek, que ainda se enfrentam nesta quinta-feira. Já Sabalenka, que tentava alcançar sua quarta final consecutiva de Grand Slam, se despede de Wimbledon mais uma vez nas semifinais, sem conseguir chegar à final inédita na grama.

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Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR. 

Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.