Diretora de marketing de artistas baianos morre em acidente no interior da Bahia

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A diretora de marketing digital Dayana Nataly Bezerra Lima morreu na tarde da última terça-feira, 29, após um acidente de carro na BR-324, na altura do município de Amélia Rodrigues, no interior da Bahia. O veículo em que ela estava capotou por volta das 16h30, segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

 

Ela retornava de Feira de Santana para Salvador, onde acompanhava compromissos profissionais do cantor Pablo relacionados ao projeto Bodega do Pablo. No carro estavam ainda outros dois integrantes da equipe do artista, que ficaram feridos e foram encaminhados para uma unidade de saúde. O corpo de Dayana foi levado ao Departamento de Polícia Técnica (DPT) da região.

 

Além de atuar como responsável pelo marketing digital de Pablo, Dayana Bezerra era sócia de uma empresa que atendia diversos nomes da música baiana. Entre os clientes estavam a banda de pagode É o Tchan, o grupo Cheiro de Amor e o cantor Felipe Papazoni.

 

Em nota divulgada após o ocorrido, a equipe de Pablo lamentou a morte e descreveu Dayana como uma profissional essencial. "Profissional dedicada e apaixonada pelo que fazia, Day era responsável por todo o departamento de marketing digital do artista - mas, acima de tudo, era uma amiga leal, companheira de estrada e parte fundamental da nossa equipe", diz o comunicado.

 

O texto também agradece pelas mensagens de apoio e informa que os detalhes sobre o velório e o sepultamento serão divulgados posteriormente.

 

A cantora Claudia Leitte e as bandas É o Tchan e Cheiro de Amor, usaram as redes sociais para lamentar a morte da profissional. "Você segue existindo em mim e em mais um monte de corações", escreveu Claudia.

 

A BR-324, que liga Salvador a Feira de Santana, é uma das rodovias mais movimentadas da Bahia e apresenta alto índice de acidentes. De janeiro a julho de 2024, foram registrados mais de 260 acidentes, com 14 mortes no trecho administrado pela ViaBahia.

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Ao menos 60 pessoas foram encaminhadas para prestar esclarecimentos à polícia sobre uma 'megacentral' de telemarketing, usada para aplicar golpes por estelionatários, que foi desarticulada nessa quinta-feira, 31, durante operação da Polícia Civil paulista. A ação ocorreu em um prédio comercial em Guarulhos, na Grande São Paulo. Os nomes não foram revelados, desta forma a defesa não foi localizada.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, os investigadores encontraram a central em pleno funcionamento. "Os supostos 'funcionários' estavam aplicando o golpe em tempo real contra novas vítimas. Também foram localizados quadros com metas financeiras e roteiros de abordagem que orientavam os suspeitos na manipulação das vítimas", disse a secretaria. No local foram apreendidos aproximadamente 50 computadores, celulares e documentos diversos, que vão ajudar a esclarecer o crime.

Segundo a polícia, as investigações tiveram início após denúncia de uma vítima que relatou ter sido enganada ao contratar um falso serviço de assessoria para renovação de Carteira Nacional de Habilitação (CNH), por meio de um aplicativo de mensagens. Em um único prédio, operavam pelo menos sete empresas distintas, cada uma focada em um tipo de fraude, incluindo falsas renegociações de juros em empréstimos consignados, financiamentos bancários e supostos serviços de regularização de CNH (Carteira Nacional de Habilitação).

"Os suspeitos, em nome de quem as empresas estavam registradas, possuem diversos boletins de ocorrência contra eles. As buscas prosseguem", disse a Secretaria da Segurança. A ocorrência continua em andamento e sendo registrada na 2ª Delegacia Cerco Sul, de acordo com a pasta.

Foi inaugurada na manhã desta sexta-feira, 1º, em São Paulo, a Biblioteca Wilma Lancellotti, um espaço comunitário voltado especialmente para a população em situação de rua. Idealizada pelo padre Júlio Lancellotti, a iniciativa busca promover o acesso à leitura, à informação e à cidadania, e funcionará no Centro Santa Dulce dos Pobres, na Mooca, zona leste da capital.

A biblioteca leva o nome de Wilma Lancellotti, mãe do sacerdote, que morreu em 2010, como forma de homenagem. O espaço contará com um acervo de oito mil livros, sendo quatro mil em reserva técnica, todos catalogados por um time de seis bibliotecárias voluntárias. A organização do acervo será feita pelo sistema Sophia Biblioteca, o mesmo utilizado pela Biblioteca Nacional.

Segundo padre Júlio, o espaço será aberto a todos e além do acesso gratuito aos livros, o público poderá utilizar computadores, buscar apoio para a emissão de documentos e receber ajuda na busca por emprego.

A madrinha da nova biblioteca será a historiadora e antropóloga Lilia Schwarcz, integrante da Academia Brasileira de Letras (ABL). Professora sênior da Universidade de São Paulo (USP) e visitante na Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, Lilia é autora de mais de 30 livros, muitos deles traduzidos e premiados, e é considerada uma das maiores referências em estudos sobre desigualdade no Brasil.

O poder transformador das bibliotecas

Entre as muitas histórias que exemplificam a importância de bibliotecas na vida de pessoas em situação de vulnerabilidade, uma se destaca. A bibliotecária Ursulina Teodora (in memoriam), que atuou por décadas na Biblioteca Álvares de Azevedo, na Vila Maria, zona norte, acolheu uma menina em situação de rua que vivia nas ruas desde os quatro anos.

Com afeto e incentivo, Ursulina ensinou a criança a ler e despertou nela o amor pelos livros. Essa menina cresceu, tornou-se a escritora Luciene Muller e publicou a obra Colo Invisível, em que narra sua trajetória de superação. Pelo impacto de sua atuação, Ursulina foi homenageada com o XIV Prêmio Biblioteconomia Paulista Laura Russo, o mais importante reconhecimento do setor.

"Essa iniciativa do padre Júlio é uma ação fundamental. Literatura é um direito de todos. Bibliotecas com bibliotecários vocacionados são equipamentos que salvam muitas vidas e as transformam para melhor", afirmou Luciene.

A crise de hospedagem em Belém para a Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP30) escalou nos últimos dias com a pressão de países para tirar o evento ambiental da capital do Pará. O motivo é a dificuldade de encontrar acomodações a preços acessíveis, o que preocupa especialmente as nações mais pobres.

O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP em Belém, admitiu o problema e diz que o governo busca soluções para convencer o setor hoteleiro a oferecer valores mais baixos durante a conferência, em novembro.

"Se na maioria das cidades onde as COPs aconteceram os hotéis passaram a pedir o dobro ou triplo do valor, no caso de Belém estão pedindo mais de 10 vezes", disse Corrêa do Lago nesta quinta-feira, 31.

O Estadão não conseguiu contato com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis.

O agravamento da insatisfação dos outros países veio à tona com uma entrevista do tanzaniano Richard Muyungi, presidente do Grupo Africano de Negociadores, que representa 54 nações desse continente.

"O Brasil tem muitas opções em termos de ter uma COP melhor, uma boa COP. Por isso, estamos pressionando para que o Brasil forneça respostas melhores, em vez de nos dizer para limitar nossa delegação", disse ele à agência Reuters.

Um encontro de emergência foi realizado nesta semana para debater soluções para o problema da hospedagem. Segundo Muyungi, uma nova reunião em 11 de agosto deve discutir a questão da hospedagem durante a cúpula.

"Há sensação, literalmente, de revolta dos países por essa insensibilidade, sobretudo por parte dos países de menor desenvolvimento, que estão dizendo que não poderão vir à COP por causa dos preços extorsivos e abusivos", acrescenta.

Como o Estadão revelou, os recados estrangeiros têm chegado desde os primeiros meses do ano. Lideranças de China, Alemanha, Reino Unido e Noruega expressaram ao governo temores sobre a infraestrutura para receber as comitivas oficiais e representantes da sociedade civil, mostram telegramas trocados entre o Palácio do Itamaraty e diversas embaixadas do Brasil.

O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem justificado a escolha de Belém - em detrimento de cidades como mais estrutura, como São Paulo, Brasília ou Rio de Janeiro - em função do simbolismo de realizar a conferência na Amazônia, o que ocorre pela primeira vez.

O preço total de locação em algumas unidades em Belém, porém, pode atingir R$ 2,2 milhões. Em municípios vizinhos, como Ananindeua, o valor para todo o período da COP chega a R$ 600 mil.

Entre as alternativas usadas, estão aluguéis por temporada, em plataformas como Airbnb, adaptação de motéis, vilas militares, albergues, escolas reformadas, conjuntos habitacionais do programa federal Minha Casa, Minha Vida. Também serão oferecidas vagas em navios, com prioridade para delegações de países em desenvolvimento.