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A Articulação de Esquerda, uma corrente interna do PT, promove o seu Congresso Estadual de São Paulo neste sábado, 2. O encontro tem como tema central a discussão de uma estratégia de oposição ao governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos). Parlamentares e militantes do PT no Estado participam do evento.

Para o líder da tendência, Valter Pomar, o PT precisa adotar uma nova estratégia e abordagem para enfrentar a direita. "Os nossos governos precisam combinar políticas públicas com reformas estruturais, para que haja efetiva transformação. Sem uma mudança de linha, vamos ter um resultado aquém do necessário em 2024?, disse.

Participam do congresso o ex-presidente do PT José Genoino, o deputado federal Rui Falcão (SP), a secretária nacional da CUT Jandyra Uehara e as vereadoras Luna Zarattini (São Paulo) e Guida Calixto (Campinas). O encontro ocorre no Diretório Estadual do partido, no bairro da Lapa, zona oeste da capital paulista.

Outros temas discutidos no congresso são as pré-candidaturas da Articulação de Esquerda para as eleições do ano que vem, além da situação política no País e no Estado. Criada em 1993, a corrente se coloca à esquerda do grupo de Gleisi Hoffmann, atual presidente do partido.

Na eleição interna mais recente do PT, a tendência conquistou 10% dos votos para a Executiva Nacional. Entre 1993 e 1995, a Articulação de Esquerda detinha a maioria no Diretório Nacional do partido, mas ao longo do tempo perdeu influência devido às suas posições consideradas revolucionárias.

Em 1987, durante o 5º Encontro Nacional do PT, o partido aprovou o direito de tendência para os seus integrantes. Esse direito se refere à garantia de espaço e voz para diferentes correntes ou grupos dentro da estrutura partidária. No Diretório Nacional do partido, atualmente, estão representadas 14 tendências internas.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta sexta, 1º, que pretende pautar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que cria um mandato fixo para os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ainda no início de 2024, assim como a PEC que põe fim à reeleição no Brasil.

"São dois temas muito apropriados de serem discutidos no início do ano que vem", disse ele durante entrevista em Dubai, pouco antes de conhecer o pavilhão do Brasil na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-28).

A proposta de instituir um mandato para ministros do Supremo já estava em seu radar, mas tem ganhado maior destaque nas falas de Pacheco depois que a PEC que limita decisões individuais de ministros do STF foi aprovada no Senado no último dia 22 e acirrou o conflito entre a Corte e o Congresso.

O presidente do Senado ainda defende a elevação da idade mínima para novos ministros, que hoje é de 35 anos.

Sabatinas

Em Dubai, Pacheco afirmou ainda que pretende concluir antes do recesso parlamentar as sabatinas dos indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o Supremo Tribunal Federal (STF) e para a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Lula indicou o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, para a vaga de magistrado no STF e o subprocurador-geral da República Paulo Gonet para a chefia do Ministério Público.

"Pretendemos sabatinar até o fim do ano. É nosso papel, aprovando ou rejeitando, ter a apreciação das indicações (antes do recesso em três semanas)" disse Pacheco.

Votações

As sabatinas de Dino e Gonet na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado já estão marcadas para o dia 13 de dezembro. Para serem aprovados, os indicados pelo presidente passam por duas votações.

A primeira, na própria CCJ, após a sabatina. Nesta, eles precisam obter o voto da maioria simples dos presentes na sessão. O colegiado possui 27 membros e a votação é secreta. Depois, a análise é feita no plenário do Senado. Também em votação secreta, o indicado precisa ter maioria absoluta dos votos, ou seja, o apoio de ao menos 41 dos 81 senadores.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ontem ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um inquérito para investigar se o deputado federal André Janones (Avante-MG) operou um esquema de rachadinha. A vice-procuradora-geral da República Ana Borges informou que, na avaliação da PGR, há indícios "sugestivos" que justificam a abertura de uma investigação.

Segundo a procuradora, com base em informações preliminares, o deputado será investigado por associação criminosa, peculato e concussão.

Ao Estadão, Janones disse que espera que o Supremo autorize o inquérito. "É o único meio de eu provar minha inocência cabal", afirmou (mais informações nesta página).

A PGR afirma na solicitação que é necessário investigar se Janones se associou aos assessores para desviar dinheiro público ou se exigia parte dos salários dos funcionários em troca das nomeações. "Como reportados, os fatos são graves e há indícios suficientes sugestivos", escreveu a vice-procuradora.

O processo ainda não foi distribuído. Caberá ao ministro relator decidir se autoriza ou não a instauração do inquérito.

Áudios

O deputado foi arrastado para o centro de suspeitas de corrupção depois que o portal Metrópoles divulgou áudios em que ele pede doações de assessores para compensar gastos de campanha.

"Tem algumas pessoas aqui, que eu ainda vou conversar em particular depois, que vão receber um pouco de salário a mais e elas vão me ajudar a pagar as contas que ficou (sic) da minha campanha de prefeito", afirma Janones no áudio, ao relatar que tem uma dívida de R$ 675 mil. O comentário foi feito logo após o deputado dizer que não vai aceitar corrupção em seu mandato.

Acareação

Fabrício Ferreira de Oliveira, um dos ex-assessores que denunciaram o deputado, disse que iria requerer à PGR e à Polícia Federal (PF) uma acareação para comprovar a "rachadinha" praticada pelo parlamentar. A informação foi divulgada pelo site Metrópoles. Fabrício e Cefas Luiz, outro ex-assessor de Janones, acusam o deputado de cobrar de funcionários de seu gabinete o repasse de parte dos salários recebidos.

O mecanismo jurídico está previsto na legislação brasileira e consiste em colocar acusados, testemunhas ou vítimas frente a frente, para que divergências entre as versões de cada um sejam esclarecidas. O ex-assessor afirmou que, nessas condições, conseguiria expor contradições de Janones.

Deputado afirma que inquérito é 'único meio' de provar inocência

O deputado André Janones (Avante-MG) disse ontem que espera que o Supremo Tribunal Federal (STF) atenda o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorize a abertura de inquérito para apurar se ele operou um esquema de rachadinha.

"É o único meio de eu provar minha inocência cabal e depois mover o meu direito de regresso contra as pessoas que me acusaram de forma leviana", afirmou ao Estadão.

Para o deputado, o inquérito deve ser aberto "imediatamente". "Quero que todos os órgãos investiguem. A Polícia Federal, o STF, a PGR. Tudo o que eu quero é isso", completou.

Um dos aliados do governo Lula mais ativo nas redes sociais, André Janones foi arrastado para o centro de suspeitas de corrupção depois que vieram a público áudios em que ele pede doações de assessores para compensar gastos de campanha. Ele alega que foi vítima de "armações".

"Sem investigação, são tudo falácias. Vai ter minha palavra de um lado e a palavra do assessor do outro. A única maneira em que as minhas palavras podem ser transformadas em formas cabais da minha inocência é através da investigação", concluiu.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério da Justiça correu para editar uma portaria que endurece as regras de entrada nos prédios da Pasta, após o Estadão revelar que a esposa de uma liderança do Comando Vermelho se reuniu com autoridades em Brasília.

A edição da portaria tramitou internamente em regime de "extrema urgência". O próprio ministério admitiu que a falta de checagem poderia levar "ao ingresso de pessoas não recepcionadas nas dependências da Pasta e inclusive ingresso em reuniões". Enquanto tratava de correr para editar uma portaria, publicamente, o governo Lula adotou discurso para tentar descredibilizar a imprensa e relativizar a entrada de Luciane Barbosa Farias, a presidente de ONG ligada ao Comando Vermelho, no prédio.

Apontada como o braço-financeiro do Comando Vermelho no Amazonas, Luciane foi condenada a 10 anos de prisão por lavagem de dinheiro, organização criminosa e associação para o tráfico. Ela é casada com Clemilson dos Santos Farias, o Tio Patinhas, uma das lideranças da facção. Mesmo assim, se reuniu em março e maio deste ano com quatro autoridades do Ministério da Justiça. Ela se apresenta como presidente do Instituto Liberdade do Amazonas, que atua a favor dos direitos humanos de presos. Recibos mostram que a ONG, no entanto, é financiada pelo Comando Vermelho.

Documentos internos do ministério de Dino, obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), revelam que a Pasta levou duas horas e meia para editar o ato restringindo o acesso ao Palácio da Justiça. Às 15h47 de 13 de novembro, dia da publicação da reportagem do Estadão, o ministério recomendou uma atualização nas regras de entrada no prédio que estavam em vigor desde 2010. Às 18h16, depois de um parecer jurídico também produzido em caráter de urgências, o secretário-executivo Ricardo Cappelli assinou a portaria.

Nesse meio-tempo, o ministro Flávio Dino foi para as redes sociais criticar a imprensa. Ele compartilhou um tuíte do jurista Pedro Serrano que alegou que "estão querendo inventar um falso escândalo envolvendo o Ministério da Justiça".

Antes disso, Dino já havia afirmado que não tinha conhecimento das reuniões realizadas na Pasta entre seus secretários e uma integrante do Comando Vermelho. Em uma publicação na rede social, o ministro ainda jogou a responsabilidade para o secretário de Assuntos Legislativos, Elias Vaz, uma das quatro autoridades do Ministério que receberam Luciane.

A portaria assinada por Cappelli - que também atacou a imprensa em suas redes sociais - tem o objetivo de controlar com mais rigor os acessos e submeter os nomes dos visitantes à análise prévia. Agora, convidados externos precisarão ser registrados com 48 horas de antecedência, incluindo seus CPFs.

A presidente da ONG se encontrou com Rafael Velasco Brandani, titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen); Paula Cristina da Silva Godoy, Ouvidora Nacional de Serviços Penais (Onasp); e Sandro Abel Sousa Barradas, que é diretor de Inteligência Penitenciária da Senappen. As audiências ocorreram em março e maio deste ano. O nome de Luciane não aparece nas agendas oficiais das autoridades.

As audiências foram agendadas a pedido da ex-deputada estadual Janira Rocha, que é vice-presidente da Comissão de Assuntos Penitenciários da Associação Nacional da Advocacia do Rio de Janeiro (Anacrim-RJ) e que também seria financiada pelo Comando Vermelho. A ex-parlamentar estava acompanhada de Luciane e outras duas mulheres.

O deputado André Janones (Avante-MG) disse nesta segunda-feira, 1º, que espera que o Supremo Tribunal Federal (STF) atenda o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorize a abertura de inquérito para apurar se ele operou um esquema de rachadinha.

"É o único meio de eu provar minha inocência cabal e depois mover o meu direito de regresso contra as pessoas que me acusaram de forma leviana", afirmou ao Estadão.

Para o deputado, o inquérito deve ser aberto "imediatamente". "Quero que todos os órgãos investiguem. A Polícia Federal, o STF, a PGR. Tudo o que eu quero é isso", completou.

Um dos aliados do governo Lula mais ativo nas redes sociais, André Janones foi arrastado para o centro de suspeitas de corrupção depois que vieram a público áudios em que ele pede doações de assessores para compensar gastos de campanha. Ele alega que foi vítima de "armações".

"Sem investigação, são tudo falácias. Vai ter minha palavra de um lado e a palavra do assessor do outro. A única maneira em que as minhas palavras podem ser transformadas em formas cabais da minha inocência é através da investigação", concluiu.

Pedido de inquérito

O pedido de investigação enviado ao STF é assinado pela vice-procuradora-geral da República Ana Borges, número dois da PGR.

Segundo a procuradora, com base em informações preliminares, o deputado poderá ser investigado por associação criminosa, peculato e concussão.

A PGR afirma que é necessário investigar se Janones se associou aos assessores para desviar dinheiro público ou se exigia parte dos salários dos funcionários em troca das nomeações.

"Tal como reportados, os fatos são graves e há indícios suficientes sugestivos", diz um trecho do documento.

O processo ainda não foi distribuído. Caberá ao ministro relator decidir se autoriza ou não a instauração do inquérito.

Deputados federais criticaram a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que afetará a publicação de conteúdos produzidos por jornais, revistas e portais jornalísticos. Parlamentares dizem que a postura do STF, em responsabilizar veículos noticiosos por declarações de entrevistados contra terceiros se houver "indícios concretos" de que a informação é falsa, é um "equívoco", "fere a liberdade de expressão" e "pode induzir à autocensura".

O posicionamento partiu de representantes da esquerda, do centro e da direita. "Essa discussão não pode ser político-ideológica. É uma questão de princípio", disse Mendonça Filho (União-PE). "Com todo o respeito ao Supremo, um gravíssimo erro que vai afetar uma das cláusulas pétreas de um regime democrático, que é a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa".

Para Chico Alencar (PSOL-RJ), a decisão pode afetar diretamente o trabalho dos repórteres. "Culpar o mensageiro pelo conteúdo da mensagem. Esse parece ser o teor da decisão do STF sobre a responsabilização de veículos de comunicação por calúnia, ofensa ou mentira de entrevistado. Pode induzir à autocensura", afirmou.

Como mostrou o Estadão, associações de imprensa temem que o entendimento comprometa entrevistas ao vivo e especialistas projetam que a tese fixada pelos ministros poderá estimular a autocensura nas redações.

Como reação, congressistas protocolaram um projeto de lei contra o entendimento do Supremo e planejam levantar 171 assinaturas para também registrar uma proposta de emenda à Constituição (PEC). A proposta é de Kim Kataguiri (União-SP) e tem a coautoria de Mendonça.

"A decisão do STF é o pior retrocesso para a liberdade de expressão da história da Nova República. Ela fere de morte o jornalismo investigativo e cria uma blindagem ainda maior para a elite política corrupta do nosso País", disse Kim.

Foram os deputados da oposição que concentraram as maiores críticas à decisão da Corte. "Age na contramão da democracia. Criar mecanismos para barrar ou criar obstáculos no trabalho dentro do âmbito jornalístico irá cercear a liberdade de imprensa", disse Rodrigo Valadares (União-SE).

O julgamento do tema foi concluído em agosto, no plenário virtual, mas a tese ainda não havia sido definida. Os ministros decidiram que os veículos da imprensa podem ser punidos na esfera cível, por danos morais e materiais por conta do que dizem os entrevistados se ficar provado que não checaram as informações divulgadas.

A tese tem repercussão geral, ou seja, funcionará como diretriz para todos os juízes e tribunais do País. "Mais uma decisão catastrófica. Precisamos respeitar o direito de liberdade de Imprensa. Os jornalistas precisam ter a liberdade necessária para realizarem seus trabalhos", afirmou Sargento Gonçalves (PL-RN).

"Com essa decisão, as entrevistas ao vivo irão ser extintas, pois nenhum veículo vai querer responder por atos de seus entrevistados. Isso certamente já configura uma censura contra aqueles que buscam a verdade", comentou Rodolfo Nogueira (PL-MS), que definiu o entendimento como "o cúmulo do absurdo".

Em um futuro não muito distante, nenhuma empresa vai funcionar sem que seus produtos e serviços contem com o uso da inteligência artificial (IA) em ao menos algum momento - seja no atendimento aos clientes, análise de dados, segurança ou transações financeiras. E a corrida entre as empresas de tecnologia para atender a esse novo mercado gigantesco está em curso.

A avaliação é do presidente da IBM no Brasil, Marcelo Braga, que se reuniu com jornalistas nesta quarta-feira, 29, para falar sobre as perspectivas de mercado. Ele contou que a multinacional norte-americana especializada em softwares, serviços e consultoria de informática decidiu colocar a inteligência artificial como prioridade na sua estratégia de negócios por perceber que ela é um ponto de interesse para todos os tipos de atividades.

"A IA é o centro da nossa estratégia como empresa porque deixou de ser apenas uma área específica para estar presente em tudo", afirmou. Segundo ele, não tem como a IBM prover serviços digitais sem pensar em acoplar a inteligência artificial. "Ela está permeando tudo", enfatizou.

Essa percepção se consolidou ainda mais com o avanço da IA generativa - aquela que tem capacidade não só de realizar comandos automáticos após receber uma programação inicial, mas que também tem consegue "aprender", isto é, gerar respostas novas e mais complexas depois de coletar informações continuamente.

Há mais de um ano, a filial da IBM no Brasil vem despontando como uma das unidades com maior crescimento do grupo ao redor do mundo e, segundo Braga, boa parte disso vem, justamente, da IA. Há um grande interesse das instituições locais em descobrir tipos de aplicações, sendo que a maior demanda é de bancos, varejistas, empresas de infraestrutura e telecomunicações.

No caso do setor bancário, o impulso veio do Pix, que fez disparar o volume de transações e de tráfego de dados. Por trás de cada Pix é feita mais de uma dezena de processos de validação de dados e ritos de segurança pelas instituições financeiras, o que demanda uso da inteligência artificial no cruzamento das informações. "São de 30 mil a 40 mil transações Pix por minuto em cada um dos cinco maiores bancos do País. Então, vimos um incremento muito grande no tráfego de dados", disse o executivo. Com a agregação da IA generativa, será possível cruzar mais dados e reforçar o cerco contra fraudes.

Outra aposta da IBM está na aplicação de IA para canais de atendimento a consumidores. Recentemente, a IBM fechou contrato com a Equatorial Energia para fornecer uma ferramenta que simula voz humana, interpreta perguntas, responde aos clientes (com sotaque de acordo com a região) e é capaz de perceber até palavras e entonações que indicam estresse do outro lado da linha.

O acordo envolveu também a startup Onni.ai, especializada no uso de IA generativa para voz. A startup tem um laboratório de US$ 2 milhões que desenvolve sistemas de informática que falam e entendem português e espanhol. Por sua vez, a IBM tem trabalhado no aprimoramento da governança desses sistemas. O objetivo é que a IA "não fale" grosserias, nem passe informações erradas.

presidente da IBM ressaltou que a inteligência artificial está criando um novo marco para o universo tecnológico, que será lembrado no futuro com a mesma importância da chegada dos computadores ou da internet na vida das pessoas, empresas e governos. "Os negócios vão se apoiar em IA para se tornarem mais produtivos", sintetizou.

Braga afirmou também que o mercado de IA "não é um jogo de um vencedor". Ou seja: tem espaço tanto para as grandes corporações fornecedoras da tecnologia base e soluções customizadas até startups capazes de criar serviços inovadores e aplicações específicas.

"Não é uma plataforma travada, em que se usa apenas a Open AI, Google ou a IBM. É um jogo de somatória, como um jogo de montar, um lego", disse, referindo-se à possibilidade de um cliente buscar serviços de vários fornecedores. "Acreditamos que as plataformas de IA têm que ser abertas para que os clientes consigam tirar proveito do que há de melhor delas".

'Marco Regulatório

O presidente da IBM, Marcelo Braga, afirmou que o projeto de lei em discussão no Congresso para regulamentar a inteligência artificial não deve ser uma barreira para a inovação no Brasil, embora concorde com a importância do tópico da privacidade dos dados. O Projeto de Lei 759/23 traça diretrizes para a aplicação da IA, entre as quais a proteção da privacidade, dos dados pessoais e do direito autoral. Isso quer dizer que os sistemas de IA generativa não podem sair por aí capturando dados de forma irrestrita.

"Temos que fazer um posicionamento, como indústria, para que não haja restrições que impeçam a inovação, mas com a garantia de privacidade e de que a IA está sendo usada para um propósito adequado", disse Braga. "A discussão de privacidade é um dos pontos cruciais. Sim, a inovação tem que ter guardrails", declarou.

Braga disse que o decreto da presidência dos Estados Unidos publicado neste mês orientando as empresas norte-americanas sobre a adoção de medidas que mitiguem os riscos do uso da IA é o "primeiro marco significativo do setor" e que deve ser servir de referência para outras partes do mundo.

Na visão do executivo, o Brasil deve combinar preceitos de outros países com a realidade local, mas sem exageros que possam fazer as empresas daqui perderem negócios para as de fora. "A regionalidade tem sua relevância, mas não adianta ter uma caracterização muito tropicalizada, porque essas soluções (de TI) são globais. Se o serviço não for feito aqui, será feito lá fora".

Braga ponderou que a IBM vai fechar um posicionamento sobre o PL 759/23 junto com a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação, Comunicação e Digital (Brascom).

O representante dos Estados Unidos nas discussões sobre mudança climática, John Kerry, afirmou que o governo Joe Biden acredita no Plano de Transformação Ecológica (PTE) do governo brasileiro. Kerry reuniu-se com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no pavilhão brasileiro na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP28) nesta tarde (horário local).

"Acreditamos no Plano de Transformação Ecológica. O presidente Joe Biden é um entusiasta e estou aqui para expressar esse apoio ao Plano", afirmou, acrescentando que a reunião com Haddad foi muito construtiva.

Em entrevista à imprensa brasileira, Kerry disse que os Estados Unidos querem trabalhar em projetos de forma cooperativa "não só na Amazônia, mas no Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica". "Temos uma equipe no Brasil para abrir e incrementar oportunidades de negócios", disse.

Ele afirmou que o governo americano não investe diretamente em iniciativas privadas mas que dispõe de uma agência de desenvolvimento - International Development Finance Corporations (DFC) - que está disponível para investir em startups. "Temos uma equipe no Brasil para abrir e incrementar oportunidades de negócios", disse.

Kerry pontuou que o setor privado dos EUA é o maior investidor estrangeiro no Brasil e que o presidente Biden anunciou, no primeiro semestre, US$ 500 milhões para o Fundo Amazônia

COP30 em Belém: "Fantástico"

Kerry considera "fantástica" a ideia de a COP30, em 2025, ser realizada na Amazônia. "Todo mundo apoia essa ideia", disse o representante do governo americano. "Só espero não ter a minha 1ª visita à Amazônia durante a COP; quero ir antes", afirmou.

Sobre a cooperação na questão climática entre EUA e China, Kerry lembrou que os dois países já concordaram que na próxima meta (NDC, sigla em inglês para contribuição nacionalmente determinada), o governo chinês vai incluir todos os gases de efeitos estufa e não apenas o dióxido de carbono. "Ou seja, vai incluir gases como o metano, entre outros", afirmou.

Kerry lembrou que os dois países também concordaram de trabalhar conjuntamente para incrementar o uso de energias renováveis. "Ou seja, será possível esperar uma redução na emissão de gases de efeito estuda dos dois países ainda nesta década", disse.

Cinquenta empresas petrolíferas, que representam quase metade da produção global, comprometeram-se a atingir emissões quase nulas de metano até 2050, de acordo com o presidente da 28ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP28), o sultão Al Jaber.

Ele disse que ter a adesão da indústria petrolífera é crucial para reduzir drasticamente as emissões mundiais de gases do efeito estufa. O compromisso inclui grandes empresas petrolíferas estatais, como a Saudi Aramco, Petrobras e Sonangol e multinacionais como Shell, TotalEnergies e BP.

"O mundo não funciona sem energia", disse al-Jaber. "No entanto, o mundo entrará em colapso se não corrigirmos as energias que usamos hoje, mitigarmos as suas emissões numa escala de gigatoneladas e não fizermos a transição rápida para alternativas de zero carbono."

O metano pode ser liberado em vários pontos ao longo da operação de uma empresa de petróleo e gás, desde o fracking até a produção, transporte ou armazenamento do gás natural.

O anúncio, contudo, foi criticado por ambientalistas, que classificaram o movimento como "cortina de fumaça". "A promessa é uma cortina de fumaça para esconder a realidade de que precisamos eliminar gradualmente o petróleo, o gás e o carvão", afirma uma carta assinada por mais de 300 grupos da sociedade civil.

Fonte: Associated Press

O Brasil e o Reino Unido firmaram, neste sábado (2/12), um acordo de cooperação em projetos de apoio à descarbonização do setor industrial. O documento foi assinado no Brasil pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin e entregue neste sábado para a ministra de Segurança Energética e Net Zero do Reino Unido, Claire Coutinho, em cerimônia de assinatura que ocorreu em Dubai, nos Emirados Árabes, durante a programação da Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas, COP 28. No ato da assinatura em Dubai, o MDIC foi representado pelo secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria, Rodrigo Rollemberg.

O memorando tem o objetivo de aumentar a capacidade do MDIC de identificar, alinhar e combinar fontes de assistência internacional com projetos para apoiar a descarbonização do setor industrial brasileiro. Nesse sentido, busca promover o desenvolvimento e a implantação de novas tecnologias limpas.

A estrutura de cooperação recebeu no memorando a denominação de Hub de Descarbonização Industrial no Brasil (HDIB). Vai funcionar como um centro de articulação de parcerias internacionais com interesse na descarbonização do setor industrial, incluindo provedores de assistência técnica, doadores internacionais de financiamento climático, investidores privados e outras iniciativas industriais com a finalidade de facilitar a identificação, o alinhamento e a correspondência das medidas propostas.

Para a representante britânica, Claire Coutinho, os esforços do hub fazem parte de um processo de fortalecimento de laços entre os dois países em áreas como mercados de carbono, governança climática, instituições de pesquisa, empresas e investidores em áreas como energia, bioeconomia e agricultura. "Espero que nossa parceria continue a dar resultados e a crescer, com base no respeito, no diálogo, no equilíbrio e nos interesses comuns, ao mesmo tempo em que proporciona benefícios para nossos povos e nos faz avançar rumo à economia do futuro", completou.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou neste sábado, 2, que os custos da transição ecológica do "mundo desenvolvido" estão sendo transferidos ao Sul-global, que, segundo ele, já são os mais afetados pelas mudanças climáticas. "Estamos sendo duplamente punidos", disse durante encontro do G77+China, maior grupo de países em desenvolvimento, na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-28) em Dubai. O petista defendeu que essa transição não pode impedir a industrialização de países do bloco e relegá-los à posição de exportadores de commodities e exportadores de matérias-primas.

"Há vários modelos de transição ecológica em direção ao mundo descarbonizado. Uma transição justa não pode nos relegar a uma posição de produtores de commodities e exportador de matérias-primas. Nem inaugurar um novo ciclo de exploração predatória de nossos recursos naturais, em particular dos minerais críticos. Ela tem de nos permitir transformar e diversificar nossas bases produtivas, e avançar na industrialização", afirmou.

O presidente comemorou o início da operação do fundo de perdas e danos do clima. Um grupo de nações ricas anunciou na quinta-feira, 30, a destinação de mais de US$ 400 milhões (quase R$ 2 bilhões) para colocá-lo em prática. "Serve de inspiração para as negociações dos próximos dias."

"É uma questão de justiça climática que aqueles que mais contribuíram para o aquecimento global arquem com sua responsabilidade", afirmou. Ele defendeu fluxos contínuos de recursos para que os países de baixa e média renda resolvam seus problemas de endividamento, em um contexto que, segundo ele, as nações em desenvolvimento precisarão de US$ 4 trilhões a US$ 6 trilhões ao ano para implementar "suas contribuições nacionalmente determinadas e plano de adaptação".

Nesse sentido, Lula disse que o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) precisam passar por uma reforma. De acordo com ele, falta representatividade. "No conselho do fundo global para o meio ambiente, Brasil, Colômbia e Equador são obrigados a dividir uma única cadeira, enquanto vários países envolvido ocupam cada um o seu próprio assento", disse. "Os mecanismo de financiamento climático ambiental não podem reproduzir a lógica excludente dessas instituições."

Paz e Conselho de Segurança

Lula voltou a fazer um pedido pela paz mundial e pelo cessar de guerras, citando os conflitos entre Rússia e Ucrânia e Israel e palestinos. "Estamos tentando salvar o planeta, não para destruí-lo em guerra."

O presidente defendeu mais uma vez a reforma no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU). "Ou nós mudamos o conselho de segurança da ONU ou nós colocamos mais países participando da ONU ou a irresponsabilidade irá prevalecer sobre a sensatez daqueles que brigam por paz. Por isso, eu estou incomodado ao começar a minha fala, e não poderia deixar de pedir aos que estão em guerra, que parem de se matar. Sentem numa mesa de negociação e vamos salvar vidas, ao invés de destruí-las."

Inteligência artificial

No discurso, o presidente também abordou o tema da inteligência artificial. Segundo ele, sem "diretrizes claras" e "coletivamente acordadas", os modelos gerados "exclusivamente com base na experiência dos países do Norte" vão se impor. "O mundo não pode repetir a divisão entre responsáveis e responsáveis que uma vez marcou as discussões sobre desarmamento e não proliferação."

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, encerrou a agenda de trabalho na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP28). Amanhã, Haddad viaja com a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para Berlim. Também embarca para a Alemanha a ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva. A previsão de saída de Dubai amanhã é às 9h35 na agenda atualizada até a publicação deste texto.

Com direito a duas assistências do lateral brasileiro Yan Couto, preterido por Fernando Diniz na última convocação da seleção brasileira, o Girona derrotou o Valencia de virada por 2 a 1, neste sábado, no estádio Montilivi, pela 15ª rodada do Campeonato Espanhol, e continua brigando ponto a ponto com o Real Madrid pela liderança do torneio.

Com a vitória, o Girona chega a sete jogos de invencibilidade. A única derrota foi justamente para o Real Madrid, no dia 30 de setembro. A principal surpresa no campeonato tem, agora, 38 pontos, contra 19 do Valencia, que ainda não se encontrou no torneio.

Aceitando que a fase não é das melhores, o Valencia deu a bola para o Girona, que teve 72% de posse de bola no primeiro tempo, e passou apenas a se defender. A tática deu resultado, pois o adversário não conseguiu chutar ao gol, a exceção foi em um lance que acabou anulado pela arbitragem por impedimento. Artem Dovbyk seria o autor do gol.

O primeiro tempo, que foi praticamente um ataque contra defesa, teve o Valencia criando a única e melhor oportunidade de gol. O time visitante jogou por uma única bola e ela veio com Fran Perez. Ele saiu de frente para o goleiro e tentou de bico, mas acabou jogando rente à trave.

No segundo tempo, o Valencia se soltou um pouco mais e conseguiu sair na frente do placar. Aos 12, Hugo Duro fez linda jogada, costurou a marcação e deu uma cavadinha para superar Gazzaniga e fazer 1 a 0. O time visitante teve, mais tarde, a chance de definir o duelo com Foulquier, mas o goleiro do Girona fez uma defesa milagrosa para deixar o time mandante ainda vivo.

Apesar da dificuldade na criação, o Girona conseguiu furar o ferrolho do Valencia aos 38, quando Cristhian Stuani recebeu de Yan Couto, dentro da área, e completou para o gol. O empate motivou ainda mais o time da casa, que virou em mais uma dobradinha entre Couto e Stuani.

A virada balançou o Valencia, que não conseguiu mais reagir. O Girona passou a controlar a partida novamente e chegou a marcar o terceiro com Sávio, mas o lance acabou anulado pela arbitragem, que marcou impedimento, nada que atrapalhasse o mais novo triunfo da equipe no torneio.

O Valencia volta a campo na sexta-feira, às 17h, para enfrentar o Getafe, no Coliseum Afonso Pérez. Dois dias depois, o Girona desafia o Barcelona, às 17h, no Olímpico Lluís Companys.

Rayssa Leal vai buscar o bicampeonato da Street League Skateboarding (SLS), a liga de skate de rua mais importante do mundo. Ovacionada a cada mínimo movimento no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, neste sábado, a maranhense de 15 anos ficou em primeiro lugar em sua bateria da fase classificatória do Super Crown, a última etapa da SLS, e garantiu vaga na grande decisão, marcada para as 10h30 de domingo.

Pâmela Rosa, que buscava o tricampeonato, acabou eliminada, assim com as outras duas representantes brasileiras: Marina Gabriela e Isabelly Ávila. Também avançaram à final a australiana Chloe Covell, de 13 anos, a americana Page Heyn e as japonesas Aqi Uemura, Momiji Nishiya e Yumeka Oda.

As skatistas tiveram duas voltas de 45 segundos e cinco oportunidades de manobras individuais. A nota final é a soma das quatro maiores notas, podendo ser composta de uma volta e três manobras individuais, ou quatro manobras individuais, com pontuação máxima de 40 pontos.

RAYSSA SOBRA E SUPERA JAPONESAS

Rayssa correu na segunda bateria, que teve sua primeira sessão de voltas com a tradicional disputa entre a brasileira e skatistas japonesas. Momiji Nishiya e Yumeka Oda fizeram 6,2 e 5,5, respectivamente, mas Rayssa, apoiada como nenhuma outra competidora no Ginásio do Ibirapuera, elevou o sarrafo com uma apresentação de 7,6, finalizada no corrimão.

A segunda volta de Rayssa foi de um repertório bem diferente da primeira, com muita criatividade, avaliada com 6,0, nota que só não foi maior por causa das quedas que ela teve no final. Assim, ela acabou perdendo posições. Isabelly Ávila, também representando o Brasil na bateria e abraçada pela plateia, abriu com nota 1,1. Apostou em manobras mais seguras durante a segunda volta, mas caiu no fim e terminou com 2,3.

Encerradas as voltas de 45 minutos, iniciou-se a disputa das manobras individuais. Quando Rayssa desceu para a primeira manobra, estava em quinto lugar, mas sua execução perfeita a levou ao topo, com 15,4, ultrapassando as japonesas.

Na tentativa seguinte, um 8,0 ampliou o total para 23,4 e a manteve em primeiro, antes de aumentar para 30,5, chegando à última tentativa praticamente garantida na decisão. A manobra derradeira da estrela maranhense não foi concluída, mas já não fazia diferença, porque o primeiro lugar estava garantido. Atrás dela, avançaram Momiji Nishiya e Yumeka Oda.

Isabelly, por sua vez, abriu a sessão de manobras únicas e ampliou a pontuação para 5,8. Em seguida, encaixou mais uma e somou 14,10. Depois disso, ficou sem ampliar a nota, mas ergueu a torcida das cadeiras ao arriscar tudo na última tentativa, deslizando pelo corrimão maior, porém sem conseguir completar o trajeto.

PÂMELA ROSA FORA DA FINAL

A primeira bateria tinha duas representantes brasileiras. Além da bicampeã Pamela Rosa, a plateia pôde vibrar com as manobras de Marina Gabriela, substituta da japonesa Funa Nakayama, que está se recuperando de uma lesão. A americana Page Heyn abriu as voltas de apresentação com uma nota 4,3 e só foi superada pela prodígio australiana Chloe Covell, que fez 5,2.

Em sua vez, Pâmela aproveitou bem os corrimões com manobras precisas, teve uma queda e fechou com um flip, A volta foi avaliada com 2,5, um pouco atrás da compatriota Marina Gabriela, que também caiu na parte final e somou 2,7 em sua primeira corrida na pista.

Na segunda volta, a japonesa Aqi Uemura, que havia feito a pior nota no início, após uma queda dura no corrimão, elevou o nível e assumiu a segunda colocação com 5,0. Pâmela Rosa somou 2,5 e Marina Gabriela 3,1, entrando nas rodadas de manobras individuais como as duas últimas colocadas.

A sessão de manobras individuais começou com uma nota 7,0 para Pâmela, somando 9,5 no total. Na segunda tentativa, zerou ao tentar um 'frontslide smith' e cair na aterrissagem. Ela tentou a mesma manobra na chance seguinte, acertou e recebeu 7,2. Com isso, ampliou para 16,7 o total, subindo para primeiro, mas foi ultrapassada por Roos Zwetsloot, Heyn, Uemura e Covell.

Pâmela teve nota 5,8 na penúltima tentativa e foi para a rodada decisiva em terceiro lugar, com 22,5, mas caiu e terminou em quarto, superada por Covell, Heyn e Uemura. Marina, por sua vez, não conseguiu pontuar nas manobras individuais.

Candidato à presidência do Santos, Marcelo Teixeira já está se mexendo nos bastidores para alinhar um acordo para a construção de uma arena, ao mesmo tempo que planeja uma excursão do clube pelo país, enquanto a Vila Belmiro estiver em reforma. No entanto, a ideia só irá avançar com esse modelo caso o dirigente volte a ser mandatário do clube. Ele disputará a eleição com outras quatro chapas, encabeçadas por Ricardo Agostinho, Wladimir Mattos, Rodrigo Marino e Maurício Marca.

"O Santos precisa de um choque de gestão e de modernidade. E hoje, em 2023, é essencial no futebol ter uma arena moderna, confortável, que gere experiência positiva ao torcedor e tenha capacidade maior do que a Vila tem hoje. Uma nova arena para cerca de 30 mil pessoas vai gerar receita e, ao receber o torcedor de forma adequada, reforçar o vínculo com o Santos", disse Marcelo Teixeira.

O candidato ainda explicou que pretende levar o Santos para várias cidades diferentes do Brasil, mas citou que a "casa", neste período, seria o Pacaembu. Ele, inclusive, visitou o estádio, que está passando por obras a fim de receber a final da Copa São Paulo de Futebol Júnior, nesta sexta-feira.

"Durante as obras da nova Vila Belmiro, o Santos irá jogar onde o torcedor está, no Brasil inteiro. Vamos para Brasília, Curitiba, interior de São Paulo e outras regiões. E o Pacaembu, por fazer parte da história do Santos, será a nossa casa oficial. Além dos títulos, o Pacaembu é o segundo estádio que mais teve gols de Pelé, atrás somente da Vila Belmiro", afirmou.

Marcelo Teixeira relatou ainda que pretende avançar na negociação com a WTorre para a construção da nova arena. "Na minha gestão eu dei início, ainda com Walter Torre, às tratativas para construir a nova Vila Belmiro. E estive com os executivos da construtora recentemente para saber o que planejam, em uma conversa que foi extremamente positiva. Vou rapidamente alinhar com a WTorre direitos e deveres do acordo e já seguir para a formalização dos contratos", disse.

A eleição do Santos acontecerá no próximo dia 9 (sábado), na Vila Belmiro e de forma online. Para votar, o torcedor precisa ser sócio desde, pelo menos, o dia 6 de novembro de 2021 e com todas as mensalidades em dia.

Enquanto isso, o Santos foca suas forças na luta contra o rebaixamento no Brasileirão. O time paulista é o 15º colocado, com 43 pontos, dois a mais do que o Bahia, o primeiro time dentro do descenso. O próximo desafio é neste domingo, às 18h30, frente ao Athletico-PR, na Ligga Arena, pela 37ª rodada.

O jogo entre Bayern de Munique e Union Berlin, que aconteceria neste sábado precisou ser adiado por conta de uma nevasca que atingiu a cidade de Munique. A Federação Alemã de Futebol (DFB) ainda não definiu uma nova data para o confronto.

O Bayern de Munique divulgou em suas redes sociais todo o caos causado pela nevasca. A Allianz Arena está praticamente sob a neve. Ruas foram fechadas, assim como viagens de trem e vários voos foram cancelados. Este, no entanto, foi o único jogo adiado da 13ª rodada do Campeonato Alemão até o momento. O mau tempo afetou também o Reino Unido.

Um dos líderes do Bayern de Munique, Thomas Müller brincou com a situação: "Não sei por que o jogo de hoje foi cancelado. Nenhuma ideia. Mas, bem, temos que aceitar", disse o meia, antes de falar com seriedade. "Está nevando muito. Raramente vi algo assim. Talvez (o jogo) aconteça amanhã (domingo), tomara que nos próximos dias. Hoje vamos apenas ter uma tarde aconchegante de Campeonato Alemão no sofá."

Bayern de Munique e União Berlin se enfrentam com objetivos opostos no Campeonato Alemão. O time de Thomas Müller disputa a liderança do torneio, com o Bayer Leverkusen, atualmente tem 32 pontos, enquanto a equipe de Berlin é a lanterna, com sete, com apenas duas vitórias em 12 jogos.

Sem contar o duelo com o Union Berlin, o Bayern de Munique volta a campo apenas no dia 09 de dezembro (sábado), frente ao Eintracht Frankfurt, pela 14ª rodada do Campeonato Alemão.

O RB Leipzig voltou a vencer no Campeonato Alemão ao derrotar o Heidenheim por 2 a 1, neste sábado, na RB Arena. Ainda pela 13ª rodada, o Bochum bateu o Wolfsburg, com direito a gol do brasileiro Bernardo, ex-Ponte Preta e RB Brasil, pelo mesmo placar.

A vitória levou o RB Leipzig para o quarto lugar, com 26 pontos, atrás apenas de Bayer Leverkusen (34), Bayern de Munique (32) e Stuttgart. De quebra, empurrou o Borussia Dortmund para o quinto lugar, com 24. O Heidenheim é o 14º, com 11.

O RB Leipzig foi dominante em toda a partida, mas só foi abrir o marcador aos 29 minutos do primeiro tempo, em um pênalti convertido por Kevin Muller. O segundo saiu aos 44 em uma bela troca de passes, que acabou com David Raum mandando para o fundo das redes. Nos acréscimos, o Heidenheim diminuiu em uma cabeçada de Lennard Maloney.

No segundo tempo, o RB Leipzig criou as melhores oportunidades, mas não conseguiu ampliar. Com isso, passou a se defender e chegou a sofrer uma pressão no fim. No lance mais perigoso para o Heidenheim, Gimber mandou a bola por cima do travessão.

GOL BRASILEIRO DO BOCHUM

O Bochum recebeu o Wolfsburg neste sábado e venceu por 3 a 1. Um dos gols foi marcado pelo lateral Bernardo, que é filho do volante Bernardo Fernandes da Silva, ex-Santos, Vasco e Corinthians, e fez praticamente toda sua carreira na Europa. No futebol brasileiro, defendeu RB Brasil e Ponte Preta, além de passagens pelas categorias de base do Coritiba e Osasco Audax.

Com o resultado, o Bochum chegou ao quinto jogo de invencibilidade e chegou a 13 pontos, contra 16 do Wolfsburg, que perdeu a oportunidade de se aproximar da zona de classificação para os torneios europeus.

Ainda neste sábado, o Borussia Mönchengladbach (8º) surpreendeu ao derrotar o Hoffenheim (6º), em casa, por 2 a 1. Já o duelo entre Bayern de Munique e Union Berlin acabou sendo adiado por causa da nevasca que atingiu algumas cidades da Alemanha e do Reino Unido.

O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, que vem tendo a sua gestão criticada por causa dos gastos da entidade e também por um ano de resultados ruins no futebol, ganhou o apoio, neste sábado, dos clubes da Série B. O Atlético Goianiense encabeça o movimento, que conta com mais 19 clubes da segunda divisão do Nacional.

O manifesto, divulgado nas redes sociais, destaca a confiança na gestão do dirigente e repudia qualquer tipo de tentativa de interferência na administração da entidade que comanda o futebol nacional.

"Ednaldo Rodrigues, homem íntegro, honesto e leal e está promovendo uma profunda mudança no futebol brasileiro, visando olhar e defender os clubes de todas as divisões, tratando todos de forma igualitária e agindo sempre dentro da legalidade", diz parte do trecho da nota de apoio, que é assinada por Adson Batista, presidente do Atlético Goianiense.

Ednaldo Rodrigues viu crescer a onda de reclamações com as eliminações precoces nas categorias de base. O Brasil foi mal no Mundial sub-17 e também no sub-20. No entanto, a repercussão mais negativa tem sido com a equipe principal, comandada pelo técnico Fernando Diniz.

O Brasil ocupa a sexta colocação, venceu apenas dois jogos em seis rodadas e apresenta um aproveitamento de 38%. Com sete pontos e três derrotas na competição, a seleção está atrás da Colômbia, da Venezuela e do Equador. A Argentina lidera o torneio com 15 pontos, seguida do vice-líder Uruguai (13).

Ednaldo não quis nomear seus desafetos diretamente. Marco Polo Del Nero e Ricardo Teixeira já manifestaram descontentamento com o momento atual da administração da CBF. Em sua defesa, ele disse estar tranquilo quanto aos rumos da entidade e pretende dar sequência ao seu planejamento. "Tenho a consciência tranquila de que estou fazendo o melhor para o futebol brasileiro", afirmou o mandatário.

Finanças

As Melhores

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A Corte Internacional de Justiça (CIJ) concedeu nesta sexta-feira, 1º, medidas provisórias em favor da Guiana e contra a realização do plebiscito proposto pela Venezuela na disputa pela região do Essequibo, território rico em petróleo. Com a decisão, a CIJ espera evitar uma escalada nas tensões.

Em Caracas, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, no entanto, ignorou a decisão e manteve a votação deste domingo, 3. Ele voltou a usar as redes sociais para defender que Essequibo faz parte de seu território. "Não deixaremos que ninguém nos tire o que nos pertence, nem trairemos os nossos princípios. Defenderemos Essequibo!", escreveu Maduro no X (antigo Twitter).

Na decisão de ontem, a CIJ acatou o pedido da Guiana, protocolado em 30 de outubro, por medidas provisórias até que o caso seja julgado em definitivo. A corte reconheceu que as últimas ações do governo venezuelano demonstram a urgência de acelerar o julgamento.

Sem citar o plebiscito, a CIJ determinou que nenhum dos países tome medidas para agravar o conflito. Em seu pedido, a Guiana afirma que o plebiscito pretende validar a decisão de Maduro de abandonar o processo e anexar o território, que representa cerca de 70% da superfície da Guiana.

Amanhã, os venezuelanos deverão responder nas urnas se apoiam a criação do Estado chamado "Guiana Essequiba". A anexação já foi antecipada em mapas divulgados pela ditadura chavista e prevê que os seus 125 mil habitantes recebam cidadania venezuelana.

Petróleo

O plebiscito é uma resposta da Venezuela ao leilão de exploração de petróleo anunciado pela Guiana este ano. Caracas alega que país vizinho não tem o direito de explorar as áreas marítimas da região.

Em 2015, a Guiana fechou um acordo de perfuração com a americana Exxon Mobil, depois de uma "descoberta significativa" de petróleo. Em 2018, o caso foi parar na CIJ, que ainda não tomou uma decisão final.

Na quinta-feira, 30, Maduro disse que o plebiscito seria realizado de qualquer maneira. "Digo ao governo da Guiana, à ExxonMobil e ao Comando Sul (dos EUA): na Venezuela, faça chuva, trovão ou relâmpago, no domingo a pátria será abençoada e o povo estará nas ruas votando."

Eleição

Enfrentando uma crise crônica de legitimidade política e um desastre econômico, Maduro terá pela frente eleições presidenciais no ano que vem. A oposição parece unida em torno do nome de María Corina Machado, que venceu as primárias de outubro, mas permanece inabilitada e não pode disputar uma eleição pelos próximos 15 anos.

Na quinta-feira, Tribunal Supremo de Justiça prometeu revisar as inabilitações políticas após um acordo entre governo e oposição, que envolve a suspensão temporária das sanções econômicas impostas pelos EUA. Se Corina conseguir se lançar candidata, Maduro teria um problema nas urnas.

Observadores temem que ele possa usar a questão do Essequibo para galvanizar apoio pré-eleitoral, uma estratégia usada por outros ditadores do continente, como o general argentino Leopoldo Galtieri, que invadiu as Malvinas, em 1982, em busca de legitimidade popular - depois da derrota, ele acabou derrubado.

Fronteiras

O risco de um conflito preocupa a diplomacia brasileira. Na quinta-feira, o Ministério da Defesa intensificou a presença militar em Roraima, na fronteira com os dois vizinhos. Gisela Padovan, secretária do Ministério das Relações Exteriores para América Latina e Caribe, admitiu a preocupação, mas acredita que a disputa seja resolvida de forma pacífica.

A Guiana diz que a fronteira foi definida por uma arbitragem de 1899. A Venezuela apela a um acordo assinado em 1966 (antes da independência da Guiana do Reino Unido), que anula decisões anteriores e estabelece as bases para uma solução negociada, que nunca ocorreu. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A polícia espanhola abriu uma investigação após quatro pessoas terem morrido depois de serem forçadas a sair de uma lancha em movimento no mar, a poucos metros da costa sul da Andaluzia. As informações são de reportagem do The Guardian.

As pessoas que morreram na quarta-feira, 29, estavam entre os 27 passageiros que foram aparentemente forçados a sair da embarcação em movimento por seus condutores, perto da praia de Camposoto, na província de Cádiz, disseram autoridades. Outras oito foram deixadas perto da praia de Sancti Petri.

A "tática" tem se tornado cada vez mais comum, disse a agência de fronteiras da União Europeia. Todos os 35 ocupantes eram supostamente migrantes do norte da África, informou o escritório de imprensa do governo espanhol.

Os demais passageiros forçados a sair da embarcação, incluindo seis crianças, sobreviveram. Quatro pessoas foram levadas ao hospital, algumas com hipotermia.

Há alguns meses, um relatório interno da Frontex, agência de fronteira e guarda costeira da União Europeia, afirmou que contrabandistas estavam usando cada vez mais lanchas rápidas para transportar migrantes do Marrocos para a Espanha.

Ao se aproximarem das costas da Europa, os condutores usavam violência para jogar ou forçar rapidamente os migrantes para fora dos barcos, voltando rapidamente para evitar serem interceptados pela polícia, relatou o jornal El País. Relatos de testemunhas sugerem que foi isso que aconteceu quando o barco se aproximou das costas de Cádiz na quarta-feira, 29.

Javier González, que gerencia uma empresa que oferece aulas de windsurf, disse: "Vimos um barco de tráfico de drogas chegando, mas eles não estavam traficando drogas e sim migrantes. De repente, começaram a pular e alguns foram jogados." González e seu filho resgataram oito pessoas. "Um deles nos disse que colocaram uma arma nele e disseram que ele pulasse ou atirariam nele."

De acordo com González, todos eram jovens, entre 15 e 20 anos. Alguns disseram que pagaram cerca de € 5 mil pela viagem, o equivalente a R$ 26,5 mil.

A polícia disse que está investigando o incidente e iniciou uma busca pela embarcação, descrita como o tipo de lancha de alta velocidade normalmente usada para o tráfico de drogas entre Espanha e Marrocos.

Um grande avião da Marinha dos Estados Unidos está preso em uma baía no Havaí há mais de 10 dias, depois de ultrapassar uma pista e pousar na água. Um vídeo divulgado nesta semana pelas autoridades norte-americanas, que ainda tentam descobrir como remover a aeronave, mostra que os pneus estão apoiado em um recife de corais.

Nove pessoas estavam a bordo quando o avião pousou em 20 de novembro em águas rasas perto da costa da Base do Corpo de Fuzileiros Navais do Havaí, na Baía de Kaneohe, e ninguém ficou ferido. A base fica a cerca de 16 quilômetros de Honolulu. A Marinha está investigando o que fez com que o avião ultrapassasse a pista.

As imagens subaquáticas mostram "os dois pontos de contato que a aeronave tem com o coral e o restante da aeronave flutuando acima", disse a Marinha. O vídeo mostra pneus no coral enquanto pequenos peixes nadam em fendas nas rochas.

Dois aviões do modelo EMB 120 Brasília, da Embraer, sofreram acidentes na mesma pista de pouso em um aeroporto da Tanzânia, em um intervalo de poucas horas de diferença. Os episódios aconteceram no Aeroporto de Kikoboga, na terça-feira, 28, e não houve feridos entre passageiros e tripulações de ambos os voos.

Dois aviões da Embraer sofrem acidente em mesmo aeroporto da Tanzânia no mesmo dia

O comandante Mark Anderson, que lidera a unidade móvel de mergulho e salvamento da Marinha que trabalha no local, disse que o avião estava pousado em uma mistura de coral e areia. O motor esquerdo está apoiado em coral. O avião sobe um pouco com a maré, então todo o peso do avião não recai sobre o coral, disse ele na segunda-feira.

Uma equipe da Marinha removeu quase todos os estimados 2 mil galões de combustível do avião na segunda-feira, 27. A remoção do combustível reduzirá os riscos para o resto da operação de salvamento, segundo as autoridades envolvidas.

A Baía de Kaneohe abriga recifes de coral , um antigo viveiro de peixes havaiano e um criadouro de tubarões-martelo. O diretor executivo do Sierra Club do Havaí, Wayne Tanaka, disse que o vídeo ressalta possíveis danos ao recife.

"Isso confirma o que sabemos: temos um avião a jato pousado em um recife de coral", disse ele. "Não sabemos o quanto ele se moveu, o quanto poderia se mover." As autoridades ambientais estaduais esperam realizar uma avaliação dos danos assim que o avião for removido.

O deputado americano de origem brasileira George Santos teve seu mandato cassado no Congresso dos Estados Unidos após uma votação bipartidária histórica nesta sexta-feira, 1º. O legislador que representava Nova York ganhou destaque após as eleições de meio de mandato do ano passado quando jornais americanos revelaram uma série de mentiras e fraudes que lhe renderam 23 acusações federais.

A medida consolidou Santos, que ao longo de sua curta carreira política inventou ligações com o Holocausto, o 11 de setembro e o tiroteio na boate Pulse em Orlando, a um lugar genuíno na história: ele é a primeira pessoa a ser removida do Congresso sem primeiro ser condenado por um crime federal. Esta é a quinta vez que a Câmara americana cassa um congressista, e a última foi há mais de 20 anos.

A votação, que exigia uma maioria de dois terços, foi aprovada com 311 legisladores a favor da cassação, incluindo 105 republicanos, e 114 contra.

O político saiu da Câmara antes do término da votação. Descendo os degraus da Câmara até um carro que o esperava, Santos disse aos repórteres que estava pronto para virar a página do Congresso. "Por que eu iria querer ficar aqui?" ele disse. "Para o inferno com este lugar."

Ao ser abordado do lado de fora do prédio do Capitólio, ele respondeu: "Quer saber? Como oficialmente já não sou mais membro do Congresso, não preciso mais responder uma única pergunta a vocês", disse Santos, enquanto seu carro se afastava imediatamente.

O brasileiro enfrenta 23 acusações criminais federais, incluindo fraude, lavagem de dinheiro, falsificação de registros e roubo de identidade agravado. Ele se declarou inocente dessas acusações.

No Brasil, ele confessou o crime de estelionato no qual era investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro e fechou um acordo de não persecução penal com o órgão. Santos concordou pagar cerca de R$ 10 mil a instituições de caridade e R$ 14 mil à vítima do crime, ocorrido em 2008.

A Promotoria do Rio investigava o uso de cheques sem fundos por George Santos para comprar roupas em uma loja em Niterói. Santos teria roubado da bolsa da mãe um talão de cheques de um idoso que ela cuidava e gastado R$ 2.144 à época. O caso foi arquivado em 2011 porque a Justiça brasileira não conseguiu localizar Santos, que estava morando nos EUA. O caso foi reaberto em janeiro deste ano após as revelações sobre as mentiras do então deputado eleito.

A sua cassação coloca fim a uma das odisseias políticas mais turbulentas da história recente americana, uma surpreendente reviravolta na sorte de um outsider da política dos EUA cuja eleição em Long Island e Queens no ano passado foi anunciada como um sinal do ressurgimento republicano.

Em vez disso, Santos se tornou um passivo do Partido Republicano, cuja vasta rede de mentiras e delitos levou muitos a questionar como é que ele conseguiu escapar à responsabilização durante tanto tempo.

Vaga em aberto

Durante os debates, foram citados diversas vezes o uso de fundos de campanha para tratamentos de botox, até mesmo por aqueles que o defendiam. Foram apontadas ligações inventadas com o Holocausto e para as suas afirmações, contrariadas pela documentação, de que a sua mãe esteve no World Trade Center no dia 11 de Setembro.

"George Santos é um mentiroso que usou a sua posição de confiança pública para se beneficiar pessoalmente desde o primeiro dia", disse o deputado Anthony D'Esposito, republicano de Nova York que é o vizinho mais próximo de Santos no Congresso e o inimigo mais fervoroso.

Mesmo com o acúmulo de acusações criminais, Santos, 35 anos, parecia prestes a escapar de sua responsabilidade, sobrevivendo a dois esforços anteriores de expulsão graças à influência do atual presidente da Câmara, Mike Johnson, da Louisiana, e de seu antecessor, Kevin McCarthy, da Califórnia.

Eles não queriam perder o voto de Santos ou correr o risco de perder seu assento para um democrata em uma eleição especial. E expressaram o que se tornou o cerne da defesa de Santos: expulsá-lo antes de ser condenado ou considerado culpado pelo Comitê de Ética da Câmara abriria um precedente perigoso.

Mas depois de a comissão ter divulgado um relatório contundente de 56 páginas no mês passado, que classificou a candidatura de Santos como uma fraude de longa data que ele explorou para lucro pessoal, a maré política começou a mudar.

De acordo com a lei de Nova York, uma vaga na cadeira de Santos exigiria que a governadora Kathy Hochul convocasse uma eleição especial dentro de 10 dias após, que tem de ser realizada dentro de 70 a 80 dias após a convocação. Espera-se que ela convoque a eleição para fevereiro.

A campanha pela vaga em 2024 já foi extremamente acirrada e deu aos republicanos a maioria apertada que retêm hoje. Uma vaga também daria aos democratas a oportunidade de virar a cadeira enquanto os partidos lutam pela maioria na Câmara no ano que vem. O presidente Joe Biden venceu o distrito de Santos - o 3º Distrito Congressional de Nova York - por mais de 10 pontos percentuais em 2020.

Santos declarou imediatamente na época que não buscaria a reeleição. Democratas e republicanos apressaram-se a condená-lo, incluindo o presidente republicano do Comité de Ética da Câmara, que pessoalmente agiu para que Santos fosse destituído do cargo.

As expulsões do Congresso americano são extremamente raras. Apenas cinco membros da Câmara foram cassados na história: Três legisladores foram expulsos em 1861, no início da Guerra Civil, por lutarem pela Confederação. O deputado Michael Myers (Democrata da Pensilvânia) foi expulso em 1980 depois de ser condenado por suborno, e o ex-deputado James Traficant (Democrata de Ohio) foi expulso em 2002 após ser condenado por extorsão, suborno e fraude.

A votação de hoje ocorre 14 meses depois que o North Shore Leader, um jornal local de Long Island, relatou um aumento suspeito e "inexplicável" no patrimônio líquido de Santos quando ele ainda era candidato ao Congresso. Meses depois, em dezembro, o New York Times noticiou que Santos - então um representante eleito - havia fabricado grande parte de seu currículo e biografia. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

O Brasil assume nesta sexta-feira, 1º, pela primeira vez, a presidência rotativa do G-20, grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia e a União Africana. O mandato tem duração de um ano, e o Brasil coloca três eixos prioritários para o período: a inclusão social e a luta contra a desigualdade, a fome e a pobreza; o combate às mudanças climáticas; e reforma das instituições de governança global.

A agenda do governo brasileiro dá continuidade à atuação no exterior do País no terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Lula tem cobrado maior participação de países emergentes nas decisões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, reforma do Conselho de Segurança da ONU e mais recursos para fundos de investimentos para energias renováveis.

Em vídeo publicado nas redes sociais, Lula falou sobre o que espera da atuação do Brasil à frente do bloco. "Temos o compromisso de colocar o combate à fome e a extrema pobreza no centro da agenda global", disse o presidente. Em seguida, Lula também destaca os desafios de convencer os países ricos a enfrentar a crise climática e de realização de reformas na governança global.

A agenda ambiental, cara às potências ocidentais, é o principal ponto de contato hoje entre a diplomacia brasileira e americanos e europeus. De acordo com o professor de relações internacionais da ESPM-SP, Gunther Rudzit, caso Lula pretenda reconstruir pontes após derrapadas na diplomacia e se equilibrar entre os polos antagônicos do G-20, deve reforçar esse elo. "O governo brasileiro sabe que dar atenção para os temas ambientais agrada aos Estados Unidos e aos europeus", explicou.

O País será responsável por organizar reuniões técnicas e conferências ministeriais que terminarão na 19.ª Cúpula do G-20, que acontecerá em novembro de 2024 no Rio de Janeiro. Lula orientou a diplomacia a aproximar as duas frentes de atuação do bloco e apresentar projetos concretos para ter impacto direto na sociedade. Uma das iniciativas é a aliança global contra a fome, pronta para ser lançada.

As duas frentes de atuação que o governo brasileiro pretende aproximar são as chamadas Trilhas de Sherpas, que reúne emissários dos executivos de cada país e tem o papel de elaborar políticas, e a Trilha das Finanças, na qual se discute com representantes das equipes econômicas o financiamento a essas políticas e temas macroeconômicos mundiais.

Maurício Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty. e Tatiana Rosito, secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, assumem a direção da Trilha de Sherpas e Trilha das Finanças, respectivamente.

Os desafios brasileiros incluem o aumento da fome no mundo e a escassez de recursos em projetos de erradicação da pobreza. Segundo a ONU, 780 milhões de pessoas sofrem com a fome e apenas 32% do financiamento necessário para lidar com essa questão está disponível. A falta de financiamento suficiente também é um dos maiores desafios para o enfrentamento da crise climática, e cada vez mais o Sul Global tem enfatizado a necessidade de reforma na governança global para países que emergiram nas últimas décadas terem mais poder de decisão.

G-20

Atualmente, as nações que fazem parte do G-20 respondem, por cerca de 85% do PIB global, dois terços da população mundial e 75% do comércio internacional. Criado em 1999, na esteira de uma sequência de crises econômicas (México, em 1994; Ásia, 1997; e Rússia, 1998). Fazem parte da organização os seguintes membros: Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, Coreia do Sul, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos, além da União Europeia.

O grupo se concentrou nos primeiros anos em questões macroeconômicas e depois expandiu a agenda para temas como desenvolvimento sustentável, saúde, agricultura, mudanças climáticas, transição energética e combate à corrupção.

O comando do G-20 chega às mãos brasileiras num momento em que o bloco está marcado por divisões entre um bloco ocidental, composto por americanos e europeus, e um emergente, com russos e chineses. Importante na reação à crise de 2008, o bloco hoje perdeu relevância diante das tensões crescentes provocadas, de um lado pela guerra na Ucrânia, e de outro pela ascensão da China.

Ainda de acordo com analistas, essa perda de protagonismo do fórum deve tornar inócua a tentativa de Lula se cacifar como líder global - algo que ele tem buscado, sem sucesso, desde que retornou ao governo. "Lula vai buscar mostrar que é uma liderança global, mas o G-20 não tem sido muito efetivo, então não acredito em nada muito concreto que o Brasil possa fazer", completou Rudzit.

O exército de Israel retomou as operações de combate na Faixa de Gaza minutos após o cessar-fogo com o Hamas expirar, nesta sexta-feira, 1. Jerusalém acusa o grupo palestino de não ter respeitado a trégua, que teve uma semana de duração.

A interrupção dos combates teve início em 24 de novembro. Depois de quatro dias, foi estendida com mediação do Catar e Egito. Durante esse período, o Hamas e outros militantes em Gaza libertaram mais de 100 reféns, a maioria deles israelenses, em troca de 240 palestinos que estavam presos em Israel.

Praticamente todos os libertados eram mulheres e crianças. Contudo, poucos permaneceram em Gaza após serem liberados, o que complicou a negociação para prorrogar novamente a trégua.

Havia também a expectativa de que o Hamas estabelecesse um preço mais alto para libertar os reféns restantes, especialmente soldados israelenses. Cerca de 140 reféns permanecem em Gaza.

Catar e Egito, que exerceram um papel importante como mediadores, trabalhavam para prolongar o cessar-fogo por mais dois dias. Fonte: Associated Press.

MRV e COC se aliam em Campinas, com apoio da Sociedade Brasileira de Dermatologia, em evento nos dias 28 e 30, para alertar operários e a sociedade sobre a importância da prevenção e conscientização

A MRV, maior construtora da América Latina, se uniu à Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), para reforçar a campanha de conscientização e prevenção ao câncer de pele, Dezembro Laranja. A empresa realizará ações educativas em canteiros de obras por todo o Brasil, em suas mídias sociais, na TV fechada, além de levar o tema para a Arena MRV, em Belo Horizonte. O câncer de pele é o de maior incidência no Brasil, representa 31,3% de todos os casos da doença.
 

Em Campinas, as atividades acontecem nos dias 28 e 30 de novembro, em seis canteiros de obras e contam com o apoio do COC (Centro de Oncologia Campinas). "O COC sente-se honrado em participar dessa parceria com a MRV. A maior empresa de construção civil do Brasil, que tem milhares de colaboradores trabalhando expostos ao sol, demonstra uma consciência social do tamanho do trabalho que realiza. Ao oferecer aos seus colaboradores a possibilidade de serem cuidados e orientados, a MRV contribui para o diagnóstico do tumor mais frequente no mundo", elogia Fernando Medina, oncologista clínico do Centro de Oncologia Campinas.

Os números, segundo o médico, justificam a importância da campanha Dezembro Laranja, criada para alertar e conscientizar sobre a doença. Medina também se baseia nessas estatísticas para destacar o significado da iniciativa da MRV de dar a seus colaboradores a oportunidade de orientação e de rastreio do câncer de pele.

Ainda de acordo com o especialista, a exposição prolongada e repetida ao sol é o mais importante fator de risco para o surgimento do câncer de pele, o tipo da doença mais incidente em todo o mundo. No Brasil, o câncer de pele não melanoma responde por 31,3% de todos os casos da neoplasia maligna, à frente, por exemplo, dos cânceres de mama (10,5%) e de próstata (10,2%).
 

A cada ano são registrados mais de 220 mil novos casos de câncer de pele no Brasil, de acordo com estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT), uma em cada três mortes por câncer de pele não melanoma é causada pela radiação ultravioleta do trabalho ao ar livre.
 

"A saúde preventiva é fundamental para melhorar a qualidade de vida das pessoas. A iniciativa do Dezembro Laranja fortalece a importância da mobilização contra o câncer de pele, um dos que mais afetam a população brasileira. A prevenção é simples, muito efetiva e protege não apenas contra o câncer, mas também contra envelhecimento precoce e manchas na pele. A ação da MRV, em parceria com o Centro de Oncologia Campinas, traz mais visibilidade ao tema, que precisa fazer parte da nossa agenda. Temos que nos conscientizar para cuidarmos de nossa saúde e da nossa pele, adotando hábitos que vão contribuir muito para o nosso bem-estar", afirma o prefeito de Campinas e médico, Dário Saadi.
 

Diante desse cenário, a MRV, que já tem uma atuação constante de prevenção, está realizando as ações de reforço na conscientização. "Os números do INCA nos trazem um alerta para a importância da informação e educação sobre o câncer de pele, principalmente no setor da construção civil, em que mais de 80% dos trabalhadores são homens. Há mais de dez anos disponibilizamos protetor solar para as equipes que estão nos canteiros de obras, mas sentimos a necessidade de ir além, de mostrar a relevância da prevenção e do diagnóstico precoce.", destaca Eduardo Fischer, CEO da MRV&CO.
 

Como parte dessas ações, acontecerão palestras nos canteiros de obras, triagem e atendimento médico, distribuição do manual "ABCDE da pinta" e gibis temáticos da Turma da Mônica produzidos pela SBD, para que os trabalhadores compartilhem com familiares, além da distribuição de protetores solares.

 

"Cuidar dos nossos funcionários é fundamental para o crescimento da nossa empresa. A adesão ao Dezembro Laranja neste ano é mais um passo na longa campanha que temos. Como uma das maiores companhias do ramo de construção do Brasil, esperamos não só conscientizar os nossos mais de 20 mil funcionários, mas levar também o exemplo ao setor, que é um dos que mais empregam no país", afirma Raphael Lafetá, Diretor Executivo de Relações Institucional e Sustentabilidade da MRV&CO.
 

Nutrólogo do Hospital IGESP explica que o auxílio na perda de peso e o controle de colesterol, glicemia e pressão arterial estão entre as vantagens proporcionadas pela semente.

 

Considerada um superalimento, a semente de linhaça traz uma série de benefícios à saúde e vem ganhando cada vez mais espaço no plano alimentar da população brasileira. Parte do grupo das oleaginosas e rica em fibras, ela auxilia na aceleração do trânsito intestinal e promove o aumento do bolo fecal, melhorando o funcionamento do intestino.

 

Andrea Bottoni, coordenador do serviço de Nutrologia do Hospital IGESP, explica que, além de fibras, a linhaça contém inúmeros nutrientes que fazem bem ao organismo. "A semente de linhaça, tanto a marrom quanto a dourada, possui ferro, cálcio, zinco, potássio, magnésio, ômega 3, fósforo, vitaminas E, complexo B e lignana, uma substância com propriedades anticancerígenas".

 

Segundo o especialista, o consumo regular da linhaça pode diminuir o risco de alguns tipos de câncer, ajuda a controlar o peso, a estabilizar os níveis de açúcar no sangue e a reduzir o colesterol e a pressão cardíaca. "A linhaça pode ser consumida diariamente, não há um momento específico do dia, mas alguns estudos apontam para um melhor controle da glicemia quando o consumo ocorre antes da refeição principal. Além disso, é observado um maior benefício quando há consumo prolongado, por mais de 12 semanas", esclarece o nutrólogo.

 

Por ser leve e suave, a semente é um ingrediente versátil, que pode realçar o sabor e textura em uma variedade de receitas. Ela pode ser consumida no café da manhã, com iogurtes e sucos, no almoço ou jantar, com saladas e arroz, e pode incrementar outros preparos, como pães, bolos, panquecas e biscoitos.

 

"As possibilidades são inúmeras, pois a semente é encontrada nos formatos de grão e farinha. Ambas são excelentes fontes de nutrientes, e a escolha vai depender do objetivo desejado. A semente de linhaça é uma excelente opção para quem busca um consumo mais completo, incluindo fibras e ácidos graxos ômega 3. Por outro lado, a farinha é versátil e pode ser incluída em diversas receitas, como smoothies, iogurtes e panquecas".

 

Confira alguns dos benefícios que o consumo regular da semente de linhaça proporciona:

 

Controle da glicemia: um dos benefícios mais significativos da linhaça é o controle da glicemia. Consumir linhaça regularmente pode ajudar a estabilizar os níveis de açúcar no sangue, o que a torna uma excelente opção para pessoas que buscam controlar o diabetes ou prevenir a resistência à insulina;

 

Controle do colesterol: a linhaça também é conhecida por sua capacidade de reduzir os níveis de colesterol no sangue. As fibras solúveis encontradas na semente ajudam a eliminar o excesso de colesterol ruim, contribuindo para a saúde cardiovascular e prevenindo doenças do coração;

 

Melhora da pressão arterial: alguns estudos sugerem que a inclusão da linhaça na dieta pode auxiliar na redução da pressão arterial, já que contribui para a saúde do sistema circulatório. Este benefício é especialmente importante para pessoas com hipertensão;

 

Auxílio na redução e controle do peso: para as pessoas que buscam emagrecer, a linhaça pode ser uma aliada valiosa. Suas fibras promovem a sensação de saciedade, fornecendo a ingestão de calorias. Além disso, é rica em ácidos graxos ômega 3, que auxiliam no processo de queima de gordura.

 

Iniciativa contempla ações para o Novembro Azul com testes gratuitos para detecção de câncer de próstata


O Saúde na Estrada Ipiranga, maior ação nacional itinerante de saúde e responsabilidade social do Brasil chega a sua 16ª edição com mais de 700 mil atendimentos. Ao todo, a iniciativa já rodou cerca de 625 km e passou por mais de 200 municípios, em 22 estados, com a realização de 56 mil exames de glicemia, 15 mil bioimpedâncias e o envolvimento de mais de 50 mil profissionais voluntários da área da saúde. Neste mês, a carreta também oferece exames rápidos (PSA) para detecção de câncer de próstata e materiais informativos reforçando a conscientização no Novembro Azul.


Em 2023, mais de 20 concessionárias de rodovia apoiaram o trabalho em diferentes trechos, disponibilizando ambulâncias e alterando os displays de led da rodovia para passar informações aos motoristas sobre o evento. Mais de 100 instituições de ensino foram envolvidas, com a participação de mais de 2 mil estudantes voluntários de Enfermagem.


Também neste ano, Ipiranga contou com a parceria de 20 Secretarias Estaduais de Saúde e 80 Secretarias Municipais de Saúde, que disponibilizaram vacinas, testes rápidos e preservativos. O apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que realizou palestras de conscientização da segurança no trânsito, em mais de 50 eventos, foi essencial para atualizar e tirar dúvidas dos motoristas.


Para Ipiranga, é fundamental promover ações e um olhar mais humanizado para cuidar cada vez mais da saúde física e mental dos profissionais das estradas e do entorno das cidades visitadas. Só para se ter uma ideia, segundo dados da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), existem no Brasil cerca de dois milhões de caminhoneiros.


"O Saúde na Estrada é um projeto desenvolvido com muita dedicação e responsabilidade para oferecer atendimento de saúde ao público das estradas e às comunidades próximas aos postos Ipiranga Rodo Rede. É um projeto que preza pelo acolhimento e olhar cuidadoso aos que, muitas vezes, ficam meses fora de casa e não conseguem tempo para realizar um exame simples. Essa inciativa é tão bem-sucedida porque acreditamos no nosso papel de apoiar a jornada de quem está na estrada", comenta Bárbara Miranda, vice-presidente de Marketing e Desenvolvimento de Negócios da Ipiranga.


Saúde - O programa oferece exames com foco no checkup básico de saúde, como oximetria (oxigenação no sangue), temperatura corporal; pressão arterial, batimentos cardíacos, além de glicemia (nível de açúcar no sangue), bioimpedância (avalia a composição corporal para determinar o estado nutricional) e acuidade visual. O público também pode realizar testes rápidos de HIV, sífilis, hepatite B e C. Por meio de parcerias com as secretarias municipais de saúde, também são aplicadas vacinas para H1N1, covid-19, tétano, hepatite B, febre amarela e tríplice viral.


A carreta - Com dois andares em cerca de 110m², teto levadiço e um espaço amplo, moderno e confortável, a estrutura foi desenvolvida para permitir montagem rápida nos locais dos eventos. No "espaço zen", estão disponíveis cadeiras de massagem automáticas. Repetindo a parceria com a Polícia Rodoviária Federal, o público terá acesso a orientações de trânsito. A PRF também estará nas estradas para direcionar o caminhoneiro aos postos nos dias dos eventos.

O risco de problemas vasculares aumenta na menopausa, mas é possível diminuir os sintomas e conviver salubremente com eles, afirma a médica Carol Mardegan, especialista em Cirurgia Endovascular.


 

Segundo levantamento da Pesquisa Nacional de Saúde, 26% das mulheres acima dos 40 anos estão sujeitas à Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), obesidade, aumento do colesterol e da glicemia. Analisando este cenário, é fundamental o acompanhamento médico para evitar ou, ao menos, retardar diversas destas doenças.
 

A Carol Mardegan é cirurgiã vascular e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) e destaca que hábitos saudáveis, equilíbrio entre vida profissional e pessoal, cuidados com a saúde íntima e realização de exames preventivos são essenciais para manter uma vida saudável e aumentar a longevidade feminina em qualquer faixa etária.
 

Com a chegada dos 40 anos, as mulheres iniciam a fase de climatério, que marca a transição entre a fase reprodutiva e a fase pós-menopausa. Este período pode apresentar diversos sintomas e todos eles advém de alterações hormonais que ocorrem no organismo, conheça os principais:

  • Ondas de calor;
  • Sudorese e calafrios repentinos;
  • Palpitações;
  • Cefaleia;
  • Tontura;
  • Insônia;
  • Perda de memória;
  • Fadiga.
     

É neste período que ocorrem as principais modificações hormonais, circulatórias e sanguíneas que favorecem a progressão de doenças cardiovasculares, explica a especialista. "Durante o climatério é importante focar na própria saúde e manter os cuidados necessários para minimizar os efeitos hormonais e, consequentemente, diminuir a incidência dos sintomas. Buscar uma rotina de exames, praticar atividade física regular, manter uma alimentação saudável e cuidar da qualidade do sono são as principais formas de garantir o bem estar durante essa fase".
 

Varizes e menopausa: Como conviver melhor com ambas condições?
 

Em um estudo recente da SBACV (Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular) mostra que cerca de 78% das mulheres acima dos 40 anos estão sujeitas a desenvolvê-las. A médica ressalta que a prevenção das varizes não difere muito das outras fases da vida.
 

"É importante parar de fumar ou, pelo menos, diminuir o tabagismo, evitar o sobrepeso ou a obesidade, praticando atividades físicas regularmente, optar por uma alimentação saudável também pode diminuir dores nas pernas advindas das varizes e beber água em uma quantidade ideal. Se acompanhado por um médico, é possível, também, usar meias de compressão, mas é fundamental que a paciente realize o check-up vascular anual".
 

Durante a menopausa, as doenças cardiovasculares mais comuns entre as mulheres 40+ são o infarto e o acidente vascular cerebral (AVC), de acordo com dados do Ministério da Saúde. A Dra. Carol ressalta que a ocorrência de doença arterial coronariana é de duas a três vezes maior após a menopausa em comparação com a pré-menopausa. Além disso, a probabilidade de ter alguma forma de doença cardiovascular aumenta conforme a idade avança, especialmente se existirem fatores de risco presentes, como tabagismo, dislipidemia (aumento de gordura na corrente sanguínea), sedentarismo, sobrepeso e diabetes.
 

Além disso, a redução dos níveis de estrógeno no período da menopausa contribui negativamente para o aumento dos riscos de problemas vasculares, já que o estrógeno possui função vasodilatadora e ajuda a equilibrar os níveis de colesterol no corpo.
 

"O ideal é que em paralelo ao estilo de vida saudável da academia, dieta, evitando o consumo excessivo de álcool e tabagismo, a paciente também busque auxílio médico para entender se a terapia de reposição hormonal é válida, este procedimento regular costuma ser uma boa opção para aliviar os sintomas da menopausa e proteger contra a perda de colágeno", finaliza.

Especialista dá quatro dicas sobre como parar de fumar

 

Os cigarros eletrônicos têm ganhado cada vez mais espaço entre os brasileiros. Segundo o Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria), o consumo desses dispositivos quadruplicou, entre 2018 e 2022, saltando de 500 mil para 2,2 milhões de usuários.

 

Existem diversos tipos de cigarros eletrônicos. Ao consumir, o usuário inala aerossóis gerados pelo aquecimento de um líquido que, geralmente, contém nicotina, além de outras substâncias tóxicas à saúde responsáveis por dar sabor ao fumo.

 

Um dos grandes problemas do consumo é a alta concentração de nicotina presente no dispositivo. De acordo com a Associação Médica Brasileira, fumar um cigarro eletrônico equivale a consumir 20 cigarros convencionais.

 

Segundo Clarissa Bercam, pneumologista do Hospital Metropolitano Vale do Aço, "o corpo sente todos os efeitos do fumo, principalmente o pulmão, alvo de diversas lesões causadas pelo tabagismo", alerta a profissional.

 

Entre as lesões, a principal e mais perigosa é a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), onde 80% dos casos são causados pelo tabagismo, segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).

 

Com o objetivo de conscientizar e reduzir a carga da doença, foi criado o Dia Mundial da DPOC, lembrado em 17 de novembro. Em alusão a data, Clarissa traz algumas medidas para combater o tabagismo e, assim, evitar a doença.

 

Como parar de fumar?

 

1. Busque apoio profissional: consulte um profissional de saúde para orientação e suporte. Existem programas e medicamentos que podem ajudar no processo.

 

2. Identifique gatilhos: identificar situações ou emoções que desencadeiam o desejo de fumar pode ser útil para evitar o habito. Desenvolva estratégias alternativas para lidar com essas situações.

 

3. Estabeleça metas pequenas: defina metas realistas para reduzir gradualmente o consumo de tabaco. Isso pode tornar o processo mais alcançável.

 

4. Adote um estilo de vida saudável: pratique exercícios regularmente, mantenha uma dieta balanceada e evite o consumo de álcool em excesso para melhorar a saúde geral.

 

"Ao tomar medidas concretas para combater o tabagismo, os indivíduos podem contribuir não apenas para a redução do risco de DPOC, mas também para uma melhoria significativa na saúde pulmonar e geral", indica a pneumologista.

Tatiane Paula, psicóloga clínica, alega que empresas que priorizam a saúde mental dos funcionários colhem benefícios significativos

 

No mundo corporativo, a saúde mental é um tema significativo. Muitos funcionários enfrentam obstáculos que criam um ambiente onde o estresse prevalece, como a competitividade entre os colegas de trabalho e a pressão para cumprir metas e prazos. Para lidar com isso, muitas empresas estão redefinindo suas abordagens para promover o bem-estar emocional e psicológico de seus colaboradores.

 

De acordo com Tatiane Paula, psicóloga clínica, o estigma em torno da saúde mental persiste, fazendo com que muitos funcionários temam julgamentos por admitirem que estão enfrentando problemas. "A falta de suporte e políticas inadequadas nas empresas contribuem para a sensação de isolamento. Manter equilíbrio entre vida pessoal e trabalho torna-se um desafio, exacerbando problemas de saúde mental. Sobrecarga de trabalho e a falta de recursos apropriados intensificam a exaustão".

 

Empresas que priorizam a saúde mental dos funcionários colhem benefícios significativos. Segundo a especialista, a produtividade aumenta, uma vez que funcionários mentalmente saudáveis mantêm o foco e tomam decisões ponderadas. Ações direcionadas à saúde mental reduzem o absenteísmo, ou seja, a ausência de colaboradores no trabalho, fortalecendo o desempenho organizacional. A retenção de talentos torna-se mais eficaz em ambientes que demonstram preocupação com o bem-estar emocional. Funcionários satisfeitos e engajados contribuem para um ambiente de trabalho mais positivo.

 

"Investir na saúde mental também resulta em economia a longo prazo, reduzindo custos associados a absenteísmo e rotatividade. A criatividade e inovação florescem em equipes com boa saúde mental. Além disso, cumprir regulamentações sobre saúde mental torna-se uma obrigação ética e legal", completa.

 

O estresse impacta a produtividade de diversas formas. Dificuldade de concentração, erros, procrastinação e efeitos na saúde física são apenas alguns exemplos relatados pela psicóloga. Estratégias de gerenciamento de estresse e ambientes de trabalho saudáveis são essenciais para manter o equilíbrio e a eficácia no trabalho.

 

Recursos para preservar a saúde mental

Empresas podem adotar uma variedade de recursos, desde programas de aconselhamento confidenciais até treinamentos de gerenciamento de estresse. Flexibilidade no trabalho, políticas de licença e acesso facilitado a profissionais de saúde mental são medidas fundamentais. Campanhas de conscientização e criação de uma cultura inclusiva também promovem o bem-estar.

 

Lidar com problemas de saúde mental requer sensibilidade. Apoio, escuta atenta, informação sobre recursos disponíveis e flexibilidade são vitais. A criação de políticas claras e uma cultura de trabalho sem estigma são abordagens necessárias.

 

Impactos a longo prazo

 

O investimento em saúde mental gera impactos duradouros. "Funcionários mais produtivos, menor rotatividade, melhor satisfação e imagem positiva são apenas algumas das recompensas. A promoção da saúde mental não apenas preserva o bem-estar individual, mas também contribui para um ambiente de trabalho mais saudável e próspero", declara Tatiane.

 

"Em um mundo onde a saúde mental no trabalho é uma prioridade crescente, as empresas que lideram essa mudança estão colhendo os benefícios não apenas para seus colaboradores, mas também para o sucesso sustentável de seus negócios", finaliza a psicóloga.

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