'Acho ótimo Rui Costa se dispor a ser interlocutor', diz Padilha sobre relação com Lira

Política
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O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou na noite desta segunda-feira, 19, que não se incomoda com o fato de ministro da Casa Civil, Rui Costa, tenha sido escalado para tratar com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). A pasta de Padilha é responsável, a princípio, por ser a ponte entre o governo federal e os líderes do Legislativo. Mas Lira há muito reclamava de Padilha, dizendo que os acordos acertados com o ministro não eram cumpridos pelo governo.

 

"Acho ótimo o ministro Rui Costa estar ajudando e querer ajudar, se dispor a ser um interlocutor", disse, em entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura. "Quando mais ministro conversando com o presidente da Câmara, o presidente do Senado, com lideranças, para mim melhor". Padilha pontuou, no entanto, que esse contato entre ministros e líderes partidários será coordenado pela sua pasta "e sob a liderança do presidente Lula".

 

"Eu e o ministro Rui Costa temos uma relação direta, uma conversa direta, somos ali vizinhos de ministérios", declarou. Padilha também falou que houve um "resultado recorde" de pagamento de emendas parlamentares, tema que é a reclamação do presidente da Câmara.

 

Segundo Padilha, não existe "pé de guerra" entre o governo e o Congresso. De acordo com ele, Lira teve uma parceria importante com o governo ao definir a agenda de votações que eram prioridade. Padilha disse que espera repetir essa parceria neste ano. "Ele teve, no seu estilo, um postura, eu diria, de parceria importante com o Brasil nessa agenda compartilhada com o presidente Lula," disse. "Tenho certeza que nos últimos 12 meses do seu mandato, vai continuar com a mesma postura", disse Padilha.

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O ex-presidente americano Donald Trump aproveitará a pausa de um dia no julgamento em que é acusado de fraude e vai fazer campanha eleitoral em Wisconsin e Michigan. O encontro com apoiadores nos dois Estados acontece um dia após Trump ser ameaçado de prisão por violar uma ordem de silêncio sobre o julgamento.

Na terça (30), Trump foi multado em US$ 9 mil (R$ 46 mil) por fazer comentários em sua rede social Truth Social e no site de sua campanha sobre pessoas ligadas ao caso contra ele. O juiz Juan M. Merchan advertiu que, se Trump continuasse a ignorar suas ordens, o tribunal "imporia uma pena de prisão".

Trump está tentando fazer um malabarismo sem precedentes na história dos Estados Unidos: ser o virtual candidato presidencial do Partido Republicano enquanto é julgado por acusações criminais em Nova York.

O ex-presidente costuma criticar Merchan, os promotores e as testemunhas em seus comícios políticos e nas redes sociais, o que lhe rende aplausos de seus seguidores, mas pode lhe causar problemas legais.

Trump insiste que está apenas exercendo seu direito à livre expressão, mas, mesmo assim, apagou os comentários de sua conta no Truth Social e no site de sua campanha.

Merchan está examinando outras acusações de que Trump violou a ordem de silêncio e ouvirá argumentos sobre isso na quinta-feira, 2.

O ex-presidente parecia frustrado ao concluir o nono dia do julgamento, dizendo que deveria estar fazendo campanha em Georgia e New Hampshire em vez de estar sentado em um tribunal. "Eles não querem que eu faça campanha", disse Trump aos repórteres.

Trump chamou as acusações contra ele de "interferência eleitoral", afirmando que o impedem de fazer campanha para as eleições de novembro.

A ordem de silêncio proíbe Trump de fazer comentários públicos sobre testemunhas, jurados ou outras pessoas ligadas ao caso em Nova York, onde ele é acusado de tentar influenciar ilegalmente as eleições de 2016 pagando por publicações e pessoas para suprimir notícias desfavoráveis sobre ele. Trump se declarou inocente.

Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA em www.estadao.com.br/link/estadao-define-politica-de-uso-de-ferramentas-de-inteligencia-artificial-por-seus-jornalistas-veja/ .

A deputada americana Marjorie Taylor Greene, do Partido Republicano, disse, nesta quarta-feira, 1º, que convocaria uma votação na próxima semana para destituir o presidente da Câmara dos Deputados, o também republicano Mike Johnson. Isso forçaria seus colegas partidários a escolherem um lado, em um confronto difícil depois que os líderes democratas anunciaram que forneceriam os votos para salvar o cargo de Johnson.

O impasse com Greene, uma das apoiadoras mais entusiastas do ex-presidente americano Donald Trump, corre o risco de lançar o controle republicano da Câmara em uma nova rodada de caos, já que os legisladores de base terão de escolher entre destituir Johnson ou se unir aos democratas para mantê-lo no cargo.

Falando do lado de fora do Capitólio, Greene protestou contra os líderes do Partido Republicano nos níveis mais altos e se opôs às suas súplicas públicas, inclusive as de Trump, para evitar outra briga política complicada tão perto da eleição de novembro. Com ela, estava o Deputado Thomas Massie, um dos poucos legisladores que se juntaram ao seu esforço.

"Precisamos de líderes na Câmara dos Deputados que façam isso", disse Greene, segurando um boné vermelho "MAGA" do movimento de campanha "Make America Great Again" de Trump. "Mike Johnson não é capaz de fazer esse trabalho", disse ela. Ao insistir na próxima semana, ela disse que "todos os membros do Congresso precisam fazer essa votação". Fonte: Associated Press.

O prefeito da cidade de Nova York, Eric Adams, do Partido Democrata, disse que a polícia identificou pessoas que não eram estudantes, mas sim agitadores profissionais nos protestos da Universidade de Columbia, onde cerca de 300 pessoas foram presas na noite de terça-feira, 30.

"Ficou claro que tínhamos que tomar as medidas apropriadas quando nossa divisão de inteligência identificou aqueles que eram profissionais, bem treinados", disse Adams ao programa da TV americana CBS Mornings nesta quarta-feira, 1º.

"Percebemos, depois de entrar no Hamilton Hall, que algumas das táticas, alguns dos métodos, estão claramente sendo usados em todo o mundo, e entendemos como a situação se tornou realmente perigosa", acrescentou referindo-se ao prédio que havia sido invadido.

Ainda de acordo com Adams, a polícia está processando as prisões para distinguir entre aqueles que eram realmente estudantes dos agitadores.

Antes das prisões, o prefeito e o Departamento de Polícia de Nova York fizeram afirmações semelhantes de que o protesto havia sido cooptado por agitadores externos.

Os manifestantes reconhecem a participação de pessoas de fora da comunidade universitária, mas contestam veementemente a ideia de que atores externos estivessem conduzindo os protestos.

O acampamento pró-palestinos foi desmobilizado pelo Departamento de Polícia de Nova York a pedido da Universidade, depois que os manifestantes desafiaram o ultimato para sair voluntariamente e invadiram o Hamilton Hall, escalando a tensão. O reforço policial deve permanecer no campus até 17 de maio.

A polícia havia entrado na Universidade de Columbia em 18 de abril. Na ocasião, cerca de 100 pessoas foram detidas, mas os protestos foram retomados no dia seguinte e, desde então, têm se espalhado por universidades de todo o país.

Os manifestantes cobram uma posição da Universidade de Columbia contra a guerra na Faixa de Gaza. Estudantes judeus, por outro lado, apontaram antissemitismo nas críticas a Israel e dizem que não se sentiam seguros.

Ao falar sobre a ação da Polícia de Nova York, o prefeito Eric Adams disse que os protestos tornaram o campus um lugar onde o antissemitismo e as atitudes anti-Israel eram generalizados. Com informações da Associated Press.