O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), principal referência para o reajuste de contratos de aluguel, registrou nova retração em julho de 2025, com queda de 0,77%, segundo dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Este é o terceiro mês consecutivo de deflação, acumulando recuo de 2,78% desde maio.
A principal contribuição para a queda veio do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que representa 60% da composição do IGP-M e recuou 1,29% no mês. O resultado reflete a baixa nos preços de matérias-primas e produtos agropecuários, intensificando a tendência de descompressão dos custos na cadeia produtiva.
Por outro lado, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), responsável por 30% do indicador, apresentou leve alta de 0,27%, indicando estabilidade nos preços ao consumidor. Já o Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), que compõe os 10% restantes do IGP-M, subiu 0,91%, influenciado pelo aumento nos preços de materiais e mão de obra no setor da construção civil.
A sequência de deflações do IGP-M pode trazer alívio para locatários em meio à renovação contratual, além de impactar positivamente setores que dependem de insumos industriais. No entanto, o avanço do INCC acende alerta para o segmento imobiliário, que pode enfrentar custos mais altos nos próximos meses.
O IGP-M é calculado com base em preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência, e segue sendo um dos principais termômetros da inflação em contratos privados no Brasil.
IGP-M acumula nova queda em julho e registra retração de 0,77% no ano; aluguéis seguem em deflação
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