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O ministro do Interior do Benim, na África, Alassane Seidou, anunciou que o governo frustrou uma tentativa de golpe na madrugada deste domingo, 7.
Segundo o ministro, um grupo de soldados fez um motim "com o objetivo de desestabilizar o país e suas instituições".
"Diante dessa situação, as Forças Armadas e sua liderança, fiéis ao seu juramento, permaneceram comprometidas com a República", declarou o ministro em pronunciamento.
Os soldados dissidentes usaram o canal de televisão estatal para proclamar o golpe. O grupo anunciou que um comitê militar liderado pelo coronel Tigri Pascal havia assumido o poder e estava destituindo o presidente Patrice Talon, dissolvendo as instituições nacionais, suspendendo a Constituição e fechando as fronteiras.
No pronunciamento, o grupo criticou a segurança no país e prometeu "dar ao povo beninês a esperança de uma era verdadeiramente nova, em que fraternidade, justiça e trabalho prevalecem".
Tiros foram ouvidos nas proximidades da residência presidencial. No entanto, o sinal da televisão estatal e da rádio pública, que havia sido cortado, agora foi restaurado.
O bloco regional, a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental, condenou o golpe, classificado como um "movimento inconstitucional que representa uma subversão da vontade do povo do Benim".
"A CEDEAO apoiará o Governo e o povo de todas as formas necessárias para defender a Constituição e a integridade territorial do Benim", diz a manifestação.
A tentativa de golpe acontece a quatro meses das eleições presidenciais no Benim, marcadas para abril. O candidato do partido de Talon, o ex-ministro das Finanças Romuald Wadagni, é o favorito para vencer a disputa. O nome da oposição, Renaud Agbodjo, foi rejeitado pela comissão eleitoral sob a alegação de que não tinha patrocinadores suficientes.
O atual presidente está no cargo desde 2016. No mês passado, o Legislativo do país estendeu o mandato presidencial de cinco para sete anos, mantendo o limite de dois mandatos, por isso ele não vai tentar a reeleição.
Após sua independência da França em 1960, o Benim atravessou vários golpes, especialmente nas décadas seguintes à sua independência. Desde 1991, o país tem sido politicamente estável após duas décadas de governo do marxista-leninista Mathieu Kérékou.
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