'Calma, olha pra mim': áudios revelam pedido de socorro após batida de Porsche

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Pouco depois da batida do Porsche em um Renault Sandero que causou a morte de um motorista de aplicativo na Avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé, zona leste de São Paulo, a namorada de um dos passageiros do veículo de luxo avaliado em R$1 milhão ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Os áudios das ligações foram divulgados pelo Jornal Nacional, da TV Globo.

Em uma primeira ligação, a mulher identificada como Juliana pede calma a uma das pessoas que estava no Porsche. "Eu preciso urgente, urgente, de uma ambulância. Marcus, calma, olha pra mim", diz.

A pessoa a quem ela se refere é Marcus Vinícius Rocha, de 22 anos, amigo do motorista do Porsche, Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, que causou a batida. Rocha estava no banco do passageiro do veículo quando o acidente aconteceu.

Juliana fala com o atendente do Samu que apenas uma pessoa está aparentemente bem enquanto outras duas não estão. Entre os envolvidos no acidente, Andrade Filho foi o único que não chegou a ser hospitalizado.

De acordo com a polícia ele abandonou o local do acidente junto da mãe, sob o argumento de que iria tratar de um ferimento no hospital, e se apresentou às autoridades quase 40 horas após o ocorrido sem nenhum ferimento aparente.

Já Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos, morreu depois da colisão que jogou o carro que ele dirigia contra um poste. Motorista de aplicativo, ele estava trabalhando no momento em que tudo aconteceu, chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.

A terceira pessoa, Rocha, com quem Juliana falava no início da ligação, foi internado na UTI. O homem teve quatro costelas quebradas, passou por cirurgia para retirada do baço e esteve entubado, em coma, com um derrame pleural bilateral, acúmulo de água no espaço da pleura, uma membrana formada por camadas que revestem o pulmão e a caixa torácica.

Na última quarta-feira, 10, o jovem apresentou melhora no quadro de saúde e saiu da UTI. Ele deve receber alta hospitalar na próxima semana.

Mesmo sem data prevista, Rocha irá prestar depoimento à polícia já que, segundo Roberto Soares Lourenço, advogado do rapaz, ele se lembra de toda a dinâmica do dia do acidente.

Andrade Filho foi indiciado pela Polícia Civil, mas responde em liberdade, já que a Justiça de São Paulo negou dois pedidos de prisão contra o homem. O empresário negou que estivesse dirigindo sob efeito de álcool e que estava um pouco acima de 50 km/h, velocidade permitida na via, ainda que imagens de monitoramento da avenida tenha registrado uma colisão forte entre os dois veículos.

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Paul Auster, o prolífico romancista, memorialista e roteirista que ganhou fama na década de 1980 com sua reanimação pós-moderna do romance noir e que resistiu para se tornar um dos escritores nova-iorquinos mais importantes de sua geração, morreu de complicações de câncer de pulmão em sua casa no Brooklyn, nos EUA, na noite desta terça-feira, 30. Ele tinha 77 anos. Além de sua esposa, Auster deixa sua filha, Sophie Auster; sua irmã, Janet Auster, e um neto.

Auster era frequentemente descrito como um "superstar literário" nos noticiários. O Times Literary Supplement, da Grã-Bretanha, certa vez o chamou de "um dos escritores mais espetacularmente inventivos dos Estados Unidos".

Embora tenha nascido em Nova Jersey, ele se tornou indelevelmente ligado aos ritmos da cidade que adotou, que foi uma espécie de personagem em grande parte de sua obra - especialmente no Brooklyn, onde se estabeleceu em 1980, em meio às ruas forradas de carvalhos e pedras marrons no bairro de Park Slope.

À medida que sua reputação crescia, Auster passou a ser visto como um guardião do rico passado literário do Brooklyn, bem como uma inspiração para uma nova geração de romancistas que se aglomeraram no bairro na década de 1990 e posteriormente.

Sua carreira começou a decolar em 1982, com o livro de memórias "A invenção da solidão", uma reflexão assombrosa sobre seu relacionamento distante com o pai recentemente falecido. Seu primeiro romance, "Cidade de Vidro", foi rejeitado por 17 editoras antes de ser publicado por uma pequena editora na Califórnia em 1985. No Brasil, os seus livros são publicados pela Companhia das Letras.

O livro se tornou a primeira parte de sua obra mais famosa, "A Trilogia de Nova York", três romances posteriormente reunidos em um único volume. Ele foi listado como um dos 25 romances mais importantes da cidade de Nova York dos últimos 100 anos em um resumo da T, a revista de estilo publicada pelo The New York Times.

Seus romances também incluem obras aclamadas pela crítica: "Moon Palace" (O Palácio da Lua, de 1989), sobre a odisseia de um estudante universitário órfão que recebe uma herança de milhares de livros; "Leviathan" (Leviatã, de 1992), sobre um escritor que investiga a morte de um amigo que se explodiu enquanto construía uma bomba; "The Book of Illusions" (O Livro das Ilusões, de 2002), sobre um biógrafo que explora o misterioso desaparecimento de seu objeto de estudo, um astro do cinema mudo.

Outras criações notáveis do romancista americano

Entre seus livros de memórias estão "Hand to Mouth" (Da Mão para a Boca, de 1997), sobre suas primeiras lutas como escritor, e "Winter Journal" (Diário de Inverno, de 2012), que, embora escrito na segunda pessoa, foi um exame das fragilidades de seu corpo envelhecido.

Também publicou "The Brooklyn Follies" (Desvarios no Brooklyn, de 2006), que fala da história de um homem prestes a completar sessenta anos, doente, aposentado compulsoriamente e recém-separado.

"Nathan Glass só quer achar um lugar tranquilo para morrer. O reencontro com seu sobrinho, porém, lança Glass e sua família numa história repleta de reviravoltas e aventuras, que trazem a marca de Paul Auster, um dos grandes escritores americanos da atualidade", segundo descrição do livro feita pela Companhia das Letras, editora que publica livros dele no Brasil.

Reconhecimento em outros países

Auster levou para casa vários prêmios literários da França. "A primeira coisa que você ouve ao se aproximar de uma leitura de Auster, em qualquer lugar do mundo, é francês", observou a revista New York em 2007. "Auster é apenas um autor de best-sellers por aqui, mas é uma estrela do rock em Paris."

Na Grã-Bretanha, seu romance de 2017, "4321", que examinou quatro versões paralelas do início da vida de seu protagonista - como Auster era, um menino judeu nascido em Newark em 1947 - foi selecionado para o Man Booker Prize.

Publicações mais recentes

Auster continuou prolífico, publicando vários livros nos últimos anos, incluindo "Burning Boy: The Life and Work of Stephen Crane" (2021) e "Bloodbath Nation" (2023), uma meditação arrepiante sobre a violência armada americana.

Seu último romance, "Baumgartner", foi lançado no ano passado. Como observou a romancista Fiona Maazel no The New York Times Book Review, a publicação está repleta de muitos toques clássicos de Auster que lembram suas obras anteriores: O protagonista masculino sério e livresco, as instabilidades narrativas. Mas também é um romance que reflete as lutas internas de um autor em seus últimos anos, lidando com a idade e o luto.

No final das contas, ele publicou 34 livros, contabilizando os trabalhos mais curtos que foram posteriormente incorporados a livros maiores, incluindo 18 romances e várias memórias aclamadas e trabalhos autobiográficos variados, além de peças de teatro, roteiros e coleções de histórias, ensaios e poemas. O escritor americano teve suas obras traduzidas em mais de 40 idiomas. (Com agências internacionais).

Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA em www.estadao.com.br/link/estadao-define-politica-de-uso-de-ferramentas-de-inteligencia-artificial-por-seus-jornalistas-veja/ .

Os cantores sertanejos Ana Castela e Gustavo Mioto reataram o namoro pela segunda vez. A confirmação foi feita durante um show de Mioto no Ribeirão Rodeo Music, em Ribeirão Preto (SP), nesta terça-feira, 30. Em determinado momento da apresentação, Ana subiu ao palco e os dois se beijaram.

"Gente, a vida tem dessas: voltem para o ex de vocês que é bom demais", brincou a artista. "Só se o ex de vocês for um 'princeso', te trate como uma princesa."

Ana e Mioto haviam anunciado o segundo término em janeiro por meio de notas publicadas no Instagram. A cantora havia informado que não houve "briga, traição ou qualquer outra coisa ruim", mas não detalhou o que levou ao fim do relacionamento.

"Mesmos motivos, tempos e vontades diferentes, infelizmente. Ana merece felicidade e tudo que a vida puder oferecer de bom, e eu vou torcer sempre. Não romantizem relacionamentos e nem inventem teorias doidas. Tudo foi resolvido entre nós dois e é isso", disse o artista à época.

O texto publicado era semelhante ao do término anterior, que aconteceu em setembro de 2023. Cerca de um mês depois, eles anunciaram a retomada do relacionamento. Na época, Mioto visitou a cantora nos Estados Unidos, onde ela estava viajando. A primeira vez que os cantores falaram publicamente de seu namoro foi em junho do ano passado, no Dia dos Namorados.

O Rock in Rio anunciou, durante evento na segunda-feira, 29, duas ações sociais: um projeto de auxílio a favelas que será desenvolvido pela ONG Gerando Falcões, com o apoio da Gerdau e da Fundação Grupo Volkswagen, e um projeto de combate à fome liderado pela ONG Ação da Cidadania.

O projeto de auxílio a favelas é o mesmo que o The Town, festival organizado em São Paulo pela mesma empresa que produz o Rock in Rio, adotou em 2023, quando passou a atender 290 famílias da favela do Haiti, em São Paulo, na Vila Prudente (zona leste de SP), por meio do projeto Favela 3D (Digital, Digna e Desenvolvida), criado pela Gerando Falcões.

Na versão carioca do projeto, serão atendidas inicialmente 250 famílias (cerca de 1.200 pessoas) do Buraco e Sessenta, regiões da favela do morro da Providência, no centro da capital fluminense. O objetivo é oferecer qualificação profissional a 150 famílias e proporcionar dignidade a outras 125, empregando 95% das pessoas atendidas.

"Além disso, também queremos formar 20 jovens e lideranças comunitárias para seguir com o trabalho, mesmo após o fim do projeto. Teremos ainda uma intervenção física, a partir do urbanismo social, em um espaço coletivo", afirma Edu Lyra, fundador e presidente da ONG Gerando Falcões e criador do projeto Favela 3D.

No Rio, o projeto terá duração de dois anos e será realizado pela ONG Entre o Céu e a Favela, que integra a rede Gerando Falcões. Já a Ação da Cidadania, parceira antiga do Rock in Rio, vai atuar no combate à fome. Segundo a ONG, 64 milhões de brasileiros têm algum grau de insegurança alimentar e, dentre essas, 8,1 milhões realmente não têm comida.

Para dar início e estimular o movimento, o Rock in Rio se comprometeu a doar 1,5 milhão de refeições, e a meta é ampliar esse número por meio de doações.

'Deixa o Coração Falar'

O Rock in Rio lançou uma música para marcar a edição deste ano, quando serão comemorados os 40 anos do primeiro festival. Deixa o Coração Falar foi composta por Zé Ricardo, curador do festival, e mais de 60 artistas brasileiros foram reunidos para a gravação do clipe da canção.

Os direitos dos artistas participantes serão destinados às duas ONGs parceiras do festival - Gerando Falcões e Ação da Cidadania. O Rock in Rio também vai criar produtos licenciados que terão seus lucros revertidos em doações, além de promover leilões de instrumentos musicais autografados. O público poderá fazer doações pelo site oficial do Rock in Rio e durante a compra de ingressos.

"Nesses mais de 30 anos de Ação da Cidadania, o Roberto Medina (criador do Rock in Rio) e sua família sempre foram grandes parceiros nas campanhas contra à fome e às desigualdades sociais. O Rock in Rio, mais uma vez, vai mobilizar o público e toda a sociedade civil para tirar o Brasil do mapa da fome. E contar com tantos artistas incríveis tornará esse movimento ainda maior", comemorou Daniel Souza, presidente do Conselho da Ação da Cidadania.

"Está na hora da gente mobilizar mais uma vez as pessoas, assim como fizemos em 1985, pós-ditadura, e em 2001, quando paralisamos todas as emissoras de rádio e TV por três minutos para provocar as pessoas a refletirem sobre o papel de cada um de nós na construção de um mundo melhor.

O Rock in Rio sempre foi disruptivo ao unir na Cidade do Rock as mais diferentes tribos. Para esta edição, em que celebramos os nossos 40 anos de história, este movimento será ainda maior e mais potente. Não é sobre música, mas sobre pessoas. Vamos nos abraçar e cantar, pela união, pela paz, pelo combate à fome e no combate à pobreza", afirmou Roberto Medina, presidente da Rock World, empresa que criou, organiza e produz o Rock in Rio e o The Town.