Hemorragias e distúrbios hipertensivos causam mais mortes maternas

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Hemorragias e distúrbios hipertensivos, como a pré-eclâmpsia, são as principais causas de morte materna no mundo, de acordo com um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) publicado nesta sexta-feira, 7, na revista científica The Lancet Global Health na véspera do Dia Internacional da Mulher.

Os quadros foram responsáveis, respectivamente, por cerca de 80 mil e 50 mil mortes em 2020, revelando que muitas mulheres ainda não têm acesso a tratamentos eficazes durante e após o período da gestação. "Entender por que mulheres grávidas e mães estão morrendo é essencial para combater a crise persistente da mortalidade materna no mundo", argumenta Pascale Allotey, diretora do Departamento de Saúde Sexual e Reprodutiva da OMS.

"Isso também é uma questão global de equidade - todas as mulheres precisam de cuidados de saúde de alta qualidade, baseados em evidências, antes, durante e após o parto, além de ações para prevenir e tratar doenças subjacentes que colocam sua saúde em risco", diz ela. Estima-se que 287 mil mortes maternas tenham ocorrido em 2020, último ano com estimativas publicadas. O número equivale a uma ocorrência a cada dois minutos.

O novo estudo mostra que a hemorragia foi responsável por 27% dessas mortes, enquanto a pré-eclâmpsia e outros distúrbios hipertensivos contribuíram com 16%.

A pré-eclâmpsia é condição grave caracterizada por pressão arterial elevada e pode levar a acidente vascular cerebral, hemorragia, convulsões e falência de órgãos caso não seja tratada de forma adequada. A causa do quadro ainda não é completamente compreendida, mas os pesquisadores sabem que há relação com alterações na formação dos vasos sanguíneos da placenta. Eles ficam mais estreitos, reduzindo o fluxo sanguíneo e aumentando a pressão arterial.

Geralmente, a pré-eclâmpsia se instala a partir da 20.ª semana de gestação e ocorre especialmente no 3.° trimestre. A pressão superior a 140 mmHg por 90 mmHg (14 por 9) é o principal indicador, mas não o único. Um aumento de 25% nos níveis de pressão pré-gravidez também é considerado um sinal.

Outras causas de morte

O estudo, primeira atualização global da OMS sobre o tema desde 2015, cita outros quadros frequentes nas estatísticas de óbito. São eles: sepse e infecções; embolia pulmonar; complicações de abortos espontâneos e induzidos - incluindo gravidez ectópica e abortos inseguros; e complicações anestésicas ou lesões ocorridas durante o parto.

O levantamento mostra ainda que outras condições de saúde, incluindo HIV/aids, malária, anemia e diabete, são responsáveis por quase 23% das mortes relacionadas ao período gestacional. Essas doenças, muitas vezes, só são tratadas quando surgem complicações graves, o que aumenta os riscos. O estudo foi feito a partir de dados nacionais enviados à OMS, além de pesquisas revisadas por pares. Algumas informações, no entanto, são limitadas. É o caso, por exemplo, de suicídio materno - só 12 países fazem o registro.

A maioria dos países, além disso, não informa sobre mortes maternas tardias (aquelas que ocorrem até um ano após o parto). Muitas mulheres também enfrentam dificuldades para acessar cuidados de acompanhamento, incluindo apoio à saúde mental.

De acordo com a pesquisa, a maioria das mortes maternas ocorre durante ou logo após o parto. Cerca de um terço das mulheres - principalmente em países de baixa renda - nem sequer passa por atendimento médico nos primeiros dias após o nascimento.

Por isso, as autoras reforçam a necessidade de fortalecer o acesso a serviços de atendimento materno que identifiquem riscos de forma precoce e previnam complicações.

"Muitas vezes, não é apenas um, mas vários fatores interligados que levam à morte", diz Jenny Cresswell, também autora do estudo. Com o objetivo de evitar as mortes, a OMS lançou um plano global para combater a hemorragia pós-parto em 2024. Em 2025, o Dia Mundial da Saúde terá como foco a saúde materna e neonatal.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A Academia Brasileira de Letras (ABL) vai eleger hoje, 30, a partir das 16h, o novo ocupante para a cadeira 7, que era ocupada pelo cineasta Cacá Diegues, morto em fevereiro, aos 84 anos.

Ao todo, são 13 concorrentes, incluindo Míriam Leitão, Cristovam Buarque, Tom Farias e Marcia Camargos. O novo ocupante da cadeira deve ser revelado em 30 minutos.

A ABL divulgou também os nomes dos concorrentes às vagas que pertenceram aos imortais Heloisa Teixeira e Marcos Vilaça. Heloisa ocupava a cadeira 30 da Academia. Em abril de 2023, tomou posse como a 10ª mulher eleita imortal. Escritora, crítica cultural e importante nome do feminismo brasileiro, ela morreu dia 28 de março, aos 85 anos.

O advogado, jornalista e escritor Marcos Vilaça morreu no dia seguinte, 29 de março, também aos 85 anos. Ele ocupava a cadeira 26 desde 1985. As eleições para as vagas dos acadêmicos serão nos dias 22 e 29 de maio, respectivamente.

CONCORRENTES

Disputam a vaga que pertenceu a Heloisa o poeta, professor e tradutor Paulo Henriques Britto, e o poeta e compositor Salgado Maranhão. Também estão inscritos Arlindo Miguel, Paulo Roberto Ceratti, Spencer Hartmann Júnior e Eduardo Baccarin Costa.

Entre os inscritos para a sucessão da cadeira 26, que era de Vilaça, estão o advogado, escritor e professor universitário José Roberto de Castro Neves e o escritor, editor, tradutor e historiador Rodrigo Lacerda. Completam a lista Diego Mendes Sousa, Sivaldo Venerando do Nascimento e Evandro Aléssio Rodrigues Pereira.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O cantor Roberto Carlos foi o convidado pela TV Globo para abrir o Show 60 anos, que comemorou o aniversário da emissora na noite de segunda-feira, 28, em uma arena de shows na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Roberto cantou Emoções e Eu Quero Apenas, ao vivo, com sua inconfundível afinação.

O que pouca gente percebeu é que, após a transmissão do evento, a Globo passou uma chamada no estilo 'o que vem por aí' e, entre as atrações anunciadas, estava 'Roberto Carlos em Gramado'.

O Estadão questionou a assessoria do cantor se o anúncio indica a renovação de contrato de Roberto com a Globo - o vínculo venceu em 31 de março deste ano. De acordo com a assessoria de Roberto, a renovação está em "95% acertada, faltando apenas alguns detalhes" para o martelo final. A reportagem também perguntou à TV Globo sobre o assunto, mas não obteve resposta.

Sobre o especial de fim de ano ser gravado em Gramado, cidade da serra gaúcha, a equipe do cantor afirma que as conversas são muito preliminares ainda. "Foi apenas uma ideia que alguém deu", diz a assessoria. A decisão se dará mais para frente, no segundo semestre, quando o cantor e a emissora vão discutir o formato e o local de gravação do especial.

No Show 60 anos, Roberto se sentiu à vontade. Além de ser muito aplaudido, foi paparicado pelos artistas nos bastidores. Recebeu e tirou fotos com vários deles, como Cauã Reymond, Fafá de Belém e Fábio Jr. O cantor deixou o local por volta de duas horas da manhã, quase uma hora após o final do show.

Roberto Carlos fez seu primeiro especial na TV Globo em 1974 e, nesses mais de 50 anos, só deixou de apresentá-lo por duas ocasiões, quando sua mulher, Maria Rita, morreu, e durante a pandemia. Aos 84 anos, Roberto segue em plena atividade. Em maio, fará uma longa turnê pelo México. Na volta, se apresenta em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, entre outras cidades.

Cauã Reymond publicou nas redes sociais uma foto ao lado de Fábio Porchat e Tatá Werneck durante o show comemorativo dos 60 anos da TV Globo.

"Que noite incrível e especial pra @tvglobo, pra mim e pro Brasil! Um show de emoção, humor, esporte, afeto. Feliz demais pelos 60 anos dessa emissora que está no imaginário e na história de todo mundo", escreveu o ator na legenda. Confira aqui.

O registro foi publicado horas depois de uma esquete protagonizada por Tatá, Porchat e Paulo Vieira no palco do evento.

Durante a apresentação, os humoristas fizeram piadas sobre as polêmicas dos bastidores do remake de Vale Tudo.

No número cômico, Tatá menciona rapidamente os "bastidores de Vale Tudo", e Paulo emenda: "Não fala tocando, não fala tocando. Abaixa o braço, tá com um cecê de seis braços". Fábio rebate: "Pelo amor de Deus, é a minha masculinidade". Tatá completa: "Que masculinidade, Fábio?".

Nas redes sociais, internautas rapidamente interpretaram a brincadeira como uma referência aos rumores de tensão entre Cauã Reymond e Bella Campos durante as gravações da novela.

Segundo relatos, Bella teria reclamado do comportamento do ator nos bastidores. A Globo não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, mas o tema ganhou destaque nos comentários online após a exibição do especial.