'Difícil não pensar que poderia ter nos atingido', diz motorista sobre queda de avião em SP

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O uruguaio Javier Felder, morador de São Paulo há seis anos, estava indo levar a filha à escola na manhã desta sexta-feira, 7, quando testemunhou a queda do avião de pequeno porte na Avenida Marquês de São Vicente, na Barra Funda, zona oeste da capital paulista. Ele conta que a aeronave estava voando mais baixo do que o normal, aparentemente em busca de um local para pouso, quando colidiu com o solo e com a parte traseira de um ônibus que estava na via.

"Assim que ele colidiu, consegui ver a parte de trás do avião, nas cores branca e azul, mas (...) depois, a explosão aconteceu e não sobrou mais nada. Era um fogo muito alto, com muita fumaça", conta Felder, que estava do outro lado da avenida, a cerca de 50 metros do local do acidente. De acordo com ele, a situação gerou confusão no local, com pessoas gritando e veículos trafegando na contramão e de ré, na tentativa de se afastar do fogo.

"No lado oposto da avenida, onde eu estava, havia um ônibus seguindo em direção ao local do acidente. As pessoas batiam no vidro, desesperadas, pedindo para o motorista parar, enquanto pessoas do lado de fora gritavam, tentando alertar o motorista e pedindo para que ele abrisse as portas. Em seguida, todos desceram, assustados", relata.

Em relação ao ônibus atingido pela aeronave, Felder conta que era possível perceber o fogo na parte traseira e os vidros quebrados. Porém, até o momento em que permaneceu no local, os passageiros ainda não haviam descido, e o fogo não havia se alastrado pelo restante do ônibus, como mostram vídeos que circulam nas redes sociais.

"Fiquei mais atento ao lado em que eu estava, porque o fogo já estava muito alto. Não consegui ver se todos conseguiram descer. Minha filha, que tem 10 anos, também estava muito assustada, chorando, pedindo para sairmos dali, perguntando sobre nossa casa - que também fica naquela região - e pedindo para que eu não a levasse para a escola ou para que a mãe fosse buscá-la mais cedo. Ela, inclusive, perguntou: 'Pai, você já tinha visto algo assim?', porque realmente mexeu bastante com ela", relata.

Felder, que é empresário, descreve a dificuldade que teve para continuar seu trajeto após o acidente. Ele explica que, devido à proximidade do fogo e ao bloqueio da avenida, precisou dirigir de ré por cerca de 30 a 40 metros, assim como outros carros que estavam no local. Ao tentar seguir por um caminho alternativo, passou por baixo do viaduto Pompeia antes de conseguir retornar à Marquês de São Vicente, já mais distante do fogo.

"Além da bagunça de carros, logo depois que o ônibus não atingido foi aberto, as pessoas desceram e ficaram na rua, filmando a cena. Isso causou um bloqueio grande. Era umas 7h30, mas fui chegar na escola da minha filha por volta das 8h, sendo que fica a cerca de 200 metros dali", relata.

Naquele momento, relembra, ainda não havia sinal de policiais ou bombeiros. "Fui ouvir (sirenes) uns 5 minutos depois que havia chegado na escola da minha filha", conta. "Ainda estou bem assustado e levei um tempo para acalmar minha filha. Como estávamos muito próximos dali, é impossível não pensar que eu e ela também poderíamos ter sido atingidos pela aeronave."

Avião caiu instantes depois da decolagem

De acordo com o Corpo de Bombeiros, a aeronave decolou do Aeroporto Campo de Marte, na zona norte, por volta das 7h15. Conforme informações iniciais, o avião caiu logo em seguida, às 7h20, quando o piloto tentava fazer um pouso forçado. O dois ocupantes da aeronave morreram.

Segundo o tenente da Polícia Militar Jefferson de Souza, um dos primeiros a chegar ao local, a informação é de que o avião seguia na direção da Avenida Marquês de São Vicente e começou a perder o controle na altura da esquina com a Avenida Nicolas Boer. O destino do voo era Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

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O cantor Roberto Carlos foi o convidado pela TV Globo para abrir o Show 60 anos, que comemorou o aniversário da emissora na noite de segunda-feira, 28, em uma arena de shows na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Roberto cantou Emoções e Eu Quero Apenas, ao vivo, com sua inconfundível afinação.

O que pouca gente percebeu é que, após a transmissão do evento, a Globo passou uma chamada no estilo 'o que vem por aí' e, entre as atrações anunciadas, estava 'Roberto Carlos em Gramado'.

O Estadão questionou a assessoria do cantor se o anúncio indica a renovação de contrato de Roberto com a Globo - o vínculo venceu em 31 de março deste ano. De acordo com a assessoria de Roberto, a renovação está em "95% acertada, faltando apenas alguns detalhes" para o martelo final. A reportagem também perguntou à TV Globo sobre o assunto, mas não obteve resposta.

Sobre o especial de fim de ano ser gravado em Gramado, cidade da serra gaúcha, a equipe do cantor afirma que as conversas são muito preliminares ainda. "Foi apenas uma ideia que alguém deu", diz a assessoria. A decisão se dará mais para frente, no segundo semestre, quando o cantor e a emissora vão discutir o formato e o local de gravação do especial.

No Show 60 anos, Roberto se sentiu à vontade. Além de ser muito aplaudido, foi paparicado pelos artistas nos bastidores. Recebeu e tirou fotos com vários deles, como Cauã Reymond, Fafá de Belém e Fábio Jr. O cantor deixou o local por volta de duas horas da manhã, quase uma hora após o final do show.

Roberto Carlos fez seu primeiro especial na TV Globo em 1974 e, nesses mais de 50 anos, só deixou de apresentá-lo por duas ocasiões, quando sua mulher, Maria Rita, morreu, e durante a pandemia. Aos 84 anos, Roberto segue em plena atividade. Em maio, fará uma longa turnê pelo México. Na volta, se apresenta em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, entre outras cidades.

Cauã Reymond publicou nas redes sociais uma foto ao lado de Fábio Porchat e Tatá Werneck durante o show comemorativo dos 60 anos da TV Globo.

"Que noite incrível e especial pra @tvglobo, pra mim e pro Brasil! Um show de emoção, humor, esporte, afeto. Feliz demais pelos 60 anos dessa emissora que está no imaginário e na história de todo mundo", escreveu o ator na legenda. Confira aqui.

O registro foi publicado horas depois de uma esquete protagonizada por Tatá, Porchat e Paulo Vieira no palco do evento.

Durante a apresentação, os humoristas fizeram piadas sobre as polêmicas dos bastidores do remake de Vale Tudo.

No número cômico, Tatá menciona rapidamente os "bastidores de Vale Tudo", e Paulo emenda: "Não fala tocando, não fala tocando. Abaixa o braço, tá com um cecê de seis braços". Fábio rebate: "Pelo amor de Deus, é a minha masculinidade". Tatá completa: "Que masculinidade, Fábio?".

Nas redes sociais, internautas rapidamente interpretaram a brincadeira como uma referência aos rumores de tensão entre Cauã Reymond e Bella Campos durante as gravações da novela.

Segundo relatos, Bella teria reclamado do comportamento do ator nos bastidores. A Globo não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, mas o tema ganhou destaque nos comentários online após a exibição do especial.

Bruno Gagliasso comentou publicamente pela primeira vez sobre a invasão de sua casa, registrada no início de abril.

Em conversa com a imprensa durante o evento de 60 anos da TV Globo, o ator afirmou, segundo a colunista Fábia Oliveira: "Rapaz, invadiram, mas deu tudo certo".

O caso ganhou repercussão nas redes sociais após o relato de Giovanna Ewbank. A apresentadora, que estava em casa com os filhos, contou que uma desconhecida entrou na residência da família, sentou-se no sofá da sala e chegou a pedir um abraço.

Segundo Giovanna, a mulher conseguiu acessar o imóvel depois que uma funcionária a confundiu com uma conhecida da família.

Próximos projetos

Além de comentar o ocorrido, Bruno Gagliasso falou sobre seus 20 anos de carreira e destacou o personagem Edu, da série Dupla Identidade, como um dos papéis mais marcantes de sua trajetória.

"Fiz personagens que guardo pro resto da minha vida, que me fizeram crescer como ser humano. Ficar 20 anos fazendo personagens que dialogam com a sociedade só me enriquece como ser humano e como ator", afirmou.

Sobre os próximos passos na carreira, o ator brincou: "Quem sabe fazer o remake de A Viagem, aproveitar que estou com esse cabelo e fazer o Alexandre (Guilherme Fontes)".