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A matéria enviada anteriormente traz um erro no crédito da notícia, que foi produzida na redação do jornal O Estado de S. Paulo com informações da Associated Press - e não como constava. Segue a correção. O texto não sofreu alterações.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, irá se encontrar com o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, na tarde desta segunda-feira, 29, em sua propriedade em Mar-a-Lago, na Flórida, para avançar as discussões sobre o plano americano para a Faixa de Gaza.
Neste momento, as conversas sobre a fórmula trumpista para o território palestino estão travadas e o presidente americano deve pressionar Netanyahu para acelerar o processo. Até agora, o cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hamas se manteve, apesar de acusações de violações dos dois lados, mas existem divergências sobre o caminho a seguir.
A primeira fase da trégua começou em outubro, dias após o aniversário de dois anos dos ataques terroristas do Hamas de 7 de outubro de 2023, que deixou 1,2 mil mortos e 251 sequestrados. Nesta fase do acordo, milhares de prisioneiros palestinos foram libertados em troca dos 20 reféns israelenses vivos e dezenas de corpos dos sequestrados. O corpo de um refém israelense permanece em Gaza e terroristas do Hamas e da Jihad Islâmica apontam que seguem procurando.
Israel alega que só irá permitir o início da segunda fase após a devolução do corpo do último refém, mas as negociações já começaram. O plano de 20 pontos de Trump - que foi aprovado pelo Conselho de Segurança da ONU - estabelece uma visão ambiciosa para acabar com o domínio do Hamas em Gaza.
Próxima fase do plano de Trump
A segunda fase da fórmula de Trump permitiria a reconstrução da Faixa de Gaza sob supervisão internacional de um grupo presidido por Trump e conhecido como Conselho da Paz. Os palestinos formariam um comitê "tecnocrático e apolítico para administrar os assuntos diários em Gaza, sob supervisão do Conselho da Paz.
Já o Hamas seria desmilitarizado e não faria parte da governança do território palestino. Um aparato de segurança chamado Força de Estabilização Internacional seria criado para manter a ordem em Gaza, mas existem dúvidas sobre quais países enviariam tropas para o território palestino, devido a temores de possíveis confrontos diretos com o grupo terrorista, que recusa o desarmamento.
O Conselho da Paz supervisionaria a reconstrução de Gaza sob um mandato da ONU de dois anos, que pode ser renovado. Esperava-se que seus membros fossem nomeados até o fim do ano e talvez até fossem revelados após a reunião desta segunda-feira, mas o anúncio poderia ser adiado para o próximo mês.
Divergências
O encontro entre Netanyahu e Trump vai acontecer depois que o enviado dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff, e o genro do presidente Trump, Jared Kushner, se reuniram com oficiais do Egito, Catar e Turquia na Flórida.
Esses países têm divergências com Israel sobre o futuro do plano e reclamam da falta de avanço nas negociações. Oficiais israelenses têm demorado muito para verificar e aprovar membros do comitê tecnocrata palestino a partir de uma lista dada a eles pelos mediadores, e Tel-Aviv continua bombardeando a Faixa de Gaza.
O Hamas também é um empecilho, já que eles recusam o desarmamento. Israel afirmou que poderia retomar a guerra para desarmar o grupo terrorista, mas irá permitir que a força-tarefa do plano de Trump tente cumprir a tarefa.
O grupo terrorista disse que está pronto para "congelar ou armazenar" seu arsenal de armas, mas não para se desarmar totalmente. Um oficial dos EUA apontou que um plano potencial poderia oferecer incentivos em dinheiro em troca das armas do grupo terrorista.(Com informações da Associated Press).
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