Festival Varilux de Cinema Francês traz artistas de peso para SP; veja destaques da programação

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A 15ª edição do Festival Varilux de Cinema Francês começa a partir da próxima quinta-feira, 7, e vai até o dia 20 de novembro. O evento terá entrada gratuita e promete ser o ponto de encontro dos apaixonados por cinema em diversas regiões do Brasil. Serão exibidos 20 filmes em 60 cidades e 110 salas de cinema.

Estão previstas na programação 19 películas inéditas, algumas delas premiadas e que estiveram nos prestigiados festivais de Cannes, Veneza e San Sebastián.

Em São Paulo, uma delegação de artistas de peso vai marcar presença, como os diretores Matthieu Delaporte e Xavier Legrand; as atrizes Marie-Josée Croze e Jeanne Boudier; os atores Raphaël Personnaz e Patrick Mille e o roteirista Marc Salbert.

Salbert vem para apresentar Apenas Alguns Dias, comédia dramática protagonizada por Camille Cottin e Benjamin Biolay. Já o ator Raphaël Personnaz apresentará Bolero, A Melodia Eterna, que aborda criação da obra-prima universal do famoso compositor francês Maurice Ravel, o Bolero. No longa, Raphaël interpreta o compositor.

O diretor Matthieu Delaporte e o ator Patrick Mille irão comentar O Conde de Monte Cristo, inspirado na obra de Alexandre Dumas. Já as atrizes Marie-Josée Croze e Jeanne Boudier apresentam Madame Durocher, história franco-brasileira da primeira parteira do Brasil, que atuava no Rio atendendo indigentes, prostitutas e a família real portuguesa e se tornou a primeira mulher a integrar a Faculdade de Medicina na América Latina.

Outros filmes da seleção são A Favorita do Rei, que abriu o Festival de Cannes em 2023 e tem o astro americano Johnny Depp, e O Segundo Ato, com Léa Seydoux, que soma mais de 500 mil espectadores na França.

Lenda do cinema francês, o ator Alain Delon (1935-2024), morto em agosto, será o homenageado desta edição. Para celebrá-lo, será exibido O Sol por Testemunha, clássico de 1960 de René Clément.

As exibições na capital paulista serão nos seguintes locais: Cine Marquise, Cine LT3, Cinemark Iguatemi, Cinépolis Jardim Pamplona, Espaço de Cinema Augusta, Cinesystem Frei Caneca, Cinesystem Pompeia, Kinoplex Itaim e REAG Belas Artes.

Nesta segunda-feira, 4, haverá uma masterclass com o cineasta vencedor do César, Xavier Legrand - que traz o thriller psicológico O Sucessor -, às 15h, no Cine Faap. Legrand repete a atividade na terça-feira, 5, no mesmo horário, sempre com entrada franca.

Também na terça, no mesmo ambiente, estão marcadas palestras do jornalista e ex-diretor da revista Cahiers du Cinéma, Jean-Michel Frodon.

A programação completa pode ser vista no site oficial do festival.

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Uma mulher de 61 anos foi morta a tiros pelo companheiro, de 69, na manhã de terça-feira, 5, dentro da residência na Rua Nossa Senhora de Lourdes, na Vila Galvão, em Guarulhos, na Grande São Paulo. O homem foi preso em flagrante. A identidade não foi revelada, desta forma a defesa não foi localizada.

O caso foi registrado como feminicídio pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Guarulhos.

Conforme a Secretaria da Segurança Pública do Estado, policiais militares atenderam a ocorrência e encontraram o suspeito, que confessou ter cometido o crime após uma discussão motivada pelo término do relacionamento.

"Um revólver calibre .38 foi apreendido para perícia", disse a pasta. No local, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) constatou o óbito da vítima.

Sancionada em outubro de 2024 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a nova Lei do Feminicídio (14.994/2024) torna o feminicídio crime autônomo e aumenta a pena de reclusão de 20 para 40 anos. Antes, era tratado como qualificadora do homicídio, com penas de 12 a 30 anos.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, defendeu que o Brasil não seja dependente de apenas um país na área. As declarações ocorreram no Fórum Saúde, realizado pela organização Esfera Brasil e pela EMS Farmacêutica, nesta quarta-feira, 6, em Brasília. Na ocasião, Padilha falava sobre as novas tarifas dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.

"Sem subserviência, sem diminuir o tamanho do nosso País, dos nossos empresários, da nossa indústria, dos nossos pesquisadores, das nossas instituições", afirmou. "No mundo inteiro, ninguém quer ficar mais dependente de um país só, depois do que aconteceu na pandemia", disse.

Segundo o ministro, o tarifaço do governo de Donald Trump é uma "oportunidade" para o Brasil atrair pesquisadores e investidores com insegurança nos Estados Unidos. Além disso, Padilha afirmou que o governo deve continuar trabalhando com companhias de capital americano que invistam no Brasil.

Padilha também criticou a decisão de Trump de suspender o financiamento a pesquisas sobre vacinas de RNA mensageiro. "Desde que tomou posse, Trump a cada semana anuncia um ataque novo à área da Saúde. Hoje (quarta-feira) ele anunciou definitivamente a suspensão de qualquer financiamento de pesquisa de vacinas de RNA mensageiro nos Estados Unidos", declarou.

Ao lado de Padilha, estavam o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Pouco antes de Padilha, Gilmar e Motta mencionaram a questão das patentes como importante no atual momento.

O governo federal estuda acabar com a obrigatoriedade de aulas em Centros de Formação de Condutores (CFCs) para obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A medida é defendida pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, como forma de reduzir custos e ampliar o acesso ao documento. Pelos cálculos da pasta, cerca de 20 milhões de motoristas do País dirigem sem a CNH. Especialistas criticam a iniciativa, alegando riscos para a segurança no trânsito.

Em entrevista à Rádio Eldorado, nesta quarta-feira, 6, o secretário nacional de Trânsito do Ministério dos Transportes, Adrualdo Catão, disse que o assunto ainda está em fase de discussão interna, mas negou que a adoção da medida possa representar um aumento na insegurança. Catão ressaltou que a proposta não impede que o aluno escolha ter aulas práticas numa autoescola. "O nosso sistema de formação de condutores é muito restritivo, longo e caro", afirmou o secretário.

Paulo Guimarães, CEO do Observatório Nacional de Segurança Viária, criticou a proposta. "Países com melhores indicadores de segurança viária têm processos rígidos e formais de formação, muito mais próximos de um modelo educacional do que de simples treinamento", afirmou à Rádio Eldorado na terça-feira, 5.