Zelensky pede para Macron garantias de segurança "robustas e confiáveis" à Ucrânia

Internacional
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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, teve uma conversa telefônica com o presidente da França, Emmanuel Macron, na qual ambos compartilharam a visão de que as garantias de segurança devem ser robustas e confiáveis.

 

"Qualquer outra decisão, como um cessar-fogo frágil, serviria apenas como mais um engano da Rússia e estabeleceria as bases para uma nova guerra russa contra a Ucrânia ou outras nações europeias", diz o comunicado do governo ucraniano.

 

Macron também informou Zelensky sobre suas conversas com outros líderes mundiais e concordaram em permanecer em contato constante e coordenar esforços para alcançar uma paz sólida, que só pode ser assegurada por meio de fortes garantias de segurança, acrescenta a nota.

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta quarta-feira, 26, que a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete acusados por golpe de Estado apresentou requisitos para a abertura de uma ação penal. Segundo Moraes, a peça "descreveu satisfatoriamente fatos típicos e ilícitos" imputados aos denunciados, "dando aos acusados amplo conhecimento dos motivos pelo que foram acusados". "A denúncia da PGR apresentou todos os requisitos para a ação penal", afirmou.

O ministro deu início à leitura de seu voto em julgamento que pode tornar Bolsonaro e seus aliados réus, realizado nesta quarta-feira, 26, no STF. Segundo Moraes, neste momento, a análise da denúncia deve revelar o fatos imputados "com todas as circunstâncias". "Será analisado se a denúncia traz a exposição dos fatos, qualificação dos acusados, descrição dos crimes", explicou o ministro sobre o julgamento.

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retomou por volta das 9h50 desta quarta-feira, 26, o julgamento sobre o recebimento ou rejeição da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete pessoas que compõem o "núcleo 1" da suposta tentativa de golpe de Estado. Segundo a PGR, esse núcleo teria sido responsável por liderar a trama golpista. O relator, Alexandre de Moraes, já começou a ler seu voto.

Além de Bolsonaro, também fazem parte desse núcleo Walter Braga Netto (ex-ministro da Defesa e Casa Civil), Augusto Heleno (ex-ministro do GSI), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa), Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), Alexandre Ramagem (deputado e ex-diretor-geral da Abin) e Mauro Cid (ex-ajudante de ordens de Bolsonaro).

O julgamento começou na terça-feira, 25, mas os ministros analisaram apenas questões preliminares, que discutem pontos relacionados ao processo. Todos os sete questionamentos feitos pelas defesas foram rejeitados. O ministro Luiz Fux foi o único a apresentar um contraponto na discussão sobre a competência do STF e da Turma para analisar o caso. Hoje os magistrados vão julgar o mérito, e para isso avaliam se há indícios suficientes para a abertura de uma ação penal contra os acusados.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não vai comparecer ao plenário da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal para acompanhar a sessão de julgamento que, nesta quarta-feira, 26, pode torná-lo réu por crime de golpe de Estado. O ex-chefe do Executivo acompanhará a análise da denúncia da Procuradoria-Geral da República da sede do PL, em Brasília.

A avaliação de interlocutores do ex-presidente é a de que o "efeito político" da presença de Bolsonaro no julgamento foi cumprido nesta terça-feira, 25, quando ele acompanhou as duas primeiras sessões do julgamento que pode abrir uma ação penal contra ele e mais sete denunciados. O ex-presidente nega envolvimento com a trama golpista que ele é acusado de liderar.

O julgamento começou nesta terça, mas os ministros analisaram apenas questões preliminares, que discutem pontos relacionados ao processo. A defesa do ex-presidente questionou em especial a delação do ex-ajudante de ordens da Presidência Mauro Cid, hoje delator. Todos os sete questionamentos feitos pelas defesas foram rejeitados. Hoje os ministros vão julgar o mérito do recebimento da denúncia.

Se o STF tornar Bolsonaro réu, terá início o trâmite da ação penal contra o ex-chefe do Executivo. Somente ao final de todo o processo, que inclui uma série de oitivas e procedimentos - tanto de acusação como de defesa - será marcado o julgamento que pode sentenciar Bolsonaro.