Justiça determina que Prefeitura de SP pare de retirar árvores de bosque em Perdizes

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A Justiça de São Paulo determinou que a Prefeitura da capital pare de fazer a retirada de árvores de um bosque na Rua Sebastião Cortês, em Perdizes, na zona oeste. No local está sendo construído um condomínio de alto padrão, cujas obras o judiciário também pediu para serem suspensas. A decisão, em caráter liminar, foi publicada em 22 de janeiro e atende a um pedido da Promotoria de Justiça de Meio Ambiente.

O órgão ajuizou uma ação civil pública alegando que a administração municipal tem removido árvores centenárias na área do bosque desde o último dia 16 de janeiro para abrir espaço para um empreendimento imobiliário, que não apresenta Alvará de Execução afixado em local visível.

Procurada, a Prefeitura afirmou que a autorização para o empreendimento foi amparada por estudos técnicos e na legislação vigente. "O documento autorizou a supressão de 94 árvores, mediante o plantio de 349 mudas de espécies nativas para compensação ambiental." Ainda de acordo com a gestão municipal, após decisão da Justiça, o Termo foi suspenso, e a Procuradoria Geral do Município estuda as medidas cabíveis.

Em nota, a construtora Namour, responsável pela obra, afirmou que o projeto contempla compensação ambiental integral e reparadora, "seja pelas 90 mudas de árvores previstas para o plantio interno (superior ao corte e remoção), seja pela conversão de 349 mudas de espécie nativa em depósito pecuniário junto ao FEMA, em total cumprimento ao compromisso firmado junto às autoridades competentes."

O condomínio será construído dentro de uma área de 2.280,88 m² e terá 55 unidades residenciais divididas em três torres - duas de nove pavimentos, com apartamentos do 1° ao 8° andar, e cobertura; outra de 10 pavimentos, também com moradias nos oito primeiros andares, e um duplex no 9° andar.

O Ministério Público argumenta que o local onde o empreendimento está sendo construído é coberto, em grande parte, por Vegetação de Preservação Permanente (VPP), com alguns trechos sendo Área de Preservação Permanente (APP). E afirma também que o terreno possui declives com mais de 17 graus, o que impede o parcelamento do solo de acordo com lei federal.

A Promotoria destaca ainda que o imóvel, localizado às margens do Córrego Sumaré, se encontra em área inundável, e que o terreno é classificado geomorfologicamente como cabeceira de drenagem, de acordo com a Carta Geotécnica do Município de São Paulo.

"As cabeceiras de drenagem constituem-se em áreas bastante frágeis. São áreas de concentração de águas pluviais caracterizadas por relevo mais íngreme que o entorno em forma de um semicírculo como um anfiteatro, com alto potencial erosivo e instável. Por estas características, exigem cuidados especiais na sua ocupação, principalmente quando da realização de cortes e aterros", diz a promotora Cristina Godoy de Araújo Freitas.

A liminar da Justiça também suspende o alvará concedido pelo município à incorporadora responsável, assim como o Termo de Compromisso Ambiental firmado para a intervenção no local. A Justiça determina que o município tem a obrigação de reavaliar a autorização levando em conta as discrepâncias apontadas em parecer técnico do Centro de Apoio à Execução (CAEx), órgão do Ministério Público de São Paulo.

Protestos de moradores e coletivos

O caso vem gerando protestos por parte de moradores e coletivos que defendem a preservação do bosque desde o último dia 16, quando as árvores começaram a ser cortadas. Grupos como o Amora e o Coletivo União Perdizes afirmam que a área verde é importante porque abriga árvores centenárias e de alto valor histórica, serve de habitação para fauna e sustenta a terra do desnível que caracteriza o terreno.

"Na contramão das políticas públicas que preservam as áreas verdes para combater os efeitos da mudança climática, é revoltante que empreendimentos imobiliários suprimam esta densa vegetação, ainda mais com o aval da prefeitura", disse o coletivo Amora, em protesto nas redes sociais.

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Preta Gil, que morreu aos 50 anos no último domingo, 20, é filha e irmã de famosos. Além dos familiares mais próximos, a cantora viveu cercada de parentes que integram o mundo das celebridades.

A cantora morreu em decorrência de um câncer no intestino, do qual tratava desde 2023. Ela estava em Nova York, nos Estados Unidos, em busca de um tratamento alternativo, e morreu a caminho do Brasil.

Ela deixa, além dos pais e irmãos, um filho, Francisco, de 30 anos, e uma neta, Sol de Maria, de 9 anos.

Pais e irmãos

Preta é filha de Sandra Gadelha, de 77 anos, e Gilberto Gil, de 83 anos. A mãe da cantora foi casada com o ícone da MPB entre 1969 e 1980. Ela foi inspiração da música Drão, de Gilberto Gil, cantada por Preta durante a turnê Tempo Rei.

Também com Sandra, Gil teve dois outros filhos, Maria e Pedro Gil. Por parte de pai, ela é irmã de Bela, Bem e José Gil, filhos de Flora Gil.

Nara Gil e Marília Gil também são irmãs mais velhas de Preta, de relacionamentos anteriores.

Marina Lima

Prima de Preta por parte da mãe, a cantora dedicou uma postagem no Instagram para Preta, após sua morte. "Pretinha, você será lembrada de tantas maneiras lindas por todos… Meu amorzinho valente, não tem um brasileiro que não esteja comovido com a sua passagem, estrela brilhante, cheia de vida e graça e talento e amor e consciência, e que nos ensinou demais."

"Voa cometinha, vai conhecer outras dimensões e mostrar para eles tudo que você, luz irradiante, sabe. Voa cometinha, voa. Vou te amar para sempre", completou.

Patrícia Pillar

Prima de segundo grau da cantora, a atriz Patrícia Pillar também faz parte da família materna. Ela é filha de Lucy Gadelha, prima da mãe de Preta.

"Minha priminha amada, que mulher incrível você foi! Te amo mais e mais, e para sempre! Você nos ensinou muito e deixa um vazio enorme no coração de todos. Um abraço carinhoso para os tantos amigos incríveis que te amam, aos seus milhões de fãs e para sua família, que amo e admiro. Vá em paz!", escreveu, sobre a morte de Preta, em suas redes sociais.

Caetano Veloso

Além de Caetano ser um grande amigo de Gil, ele também foi tio de Preta por mais de 19 anos. De 1967 a 1986, o músico foi casado com Dedé Gadelha, irmã de Sandra Gadelha, e fazia parte oficialmente da família.

Gal Costa

Preta Gil era afilhada de Gal Costa. Na sua última aparição na TV, no programa Domingão com Huck, Preta cantou o tema da novela Vale Tudo, a música Brasil, de Cazuza, interpretada originalmente por Gal Costa. Foi uma homenagem à sua madrinha, que faleceu em novembro de 2022, aos 77 anos, em decorrência de um infarto.

Moreno Veloso

O filho de Caetano com Dedé Gadelha, tia de Preta, também tinha uma relação próxima com a cantora. Em uma postagem mais antiga nas redes sociais, realizada antes da morte da prima, ele comenta sobre um encontro que tiveram: "Amo minha prima Preta e tudo o que ela faz me inspira demais! Força, fé, risadas e muito carinho sempre contigo. Que dia bom ao seu lado hoje."

Luiza Possi

A cantora é prima de segundo grau de Preta Gil, já que é filha de Líber Gadelha, primo de sua mãe.

Amigos e familiares de Preta Gil começam a chegar no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, nesta sexta-feira, 25, onde o corpo está sendo velado. Os primeiros a serem fotografados foram Danilo Faro, empresário e irmão de Rodrigo Faro, Thiago Abravanel com o marido, Fernando, os atores Taís Araújo e Luiz Miranda.

Malu Mader compareceu ao velório com o marido, o Titan Tony Beloto e Claudia Abreu. Thiago Fortes e Mylena Ciribelli também marcaram presença.

A cerimônia será aberta ao público e marca a despedida de Preta Gil, que morreu no último domingo, 20, aos 50 anos, em Nova York, onde fazia tratamento contra o câncer.

A assessoria da família afirmou ao Estadão que, após o velório, o corpo da artista será cremado, conforme desejo manifestado em vida.

Os últimos momentos de Preta

Preta Gil, nos últimos dias de vida, tentou retornar ao Brasil. Com o estado de saúde agravado e diante da notícia de que não havia mais possibilidades terapêuticas para seu tratamento contra o câncer, a artista manifestou o desejo de voltar para casa, reencontrar amigos e sua mãe.

No domingo, 20, ela chegou a embarcar em uma UTI aérea que a traria de volta ao País. No entanto, antes da decolagem, passou mal e morreu dentro de uma ambulância, a caminho do hospital, em Nova York, aos 50 anos.

Na noite desta quinta-feira, 24, a Prefeitura do Rio de Janeiro instalou placas na região central da cidade para homenagear a cantora Preta Gil, que morreu no domingo, 20, aos 50 anos em Nova York (EUA).

A área, conhecida por receber os tradicionais desfiles de blocos de rua durante o carnaval, foi oficialmente batizada de Circuito de Blocos de Rua Preta Gil , em reconhecimento ao legado da artista como incentivadora do carnaval carioca. Por 15 anos, ela liderou o Bloco da Preta, um dos mais populares da capital fluminense.

O circuito homenageado é justamente o trajeto por onde passará o cortejo com o corpo da cantora nesta sexta-feira, 25, após o velório aberto ao público no Theatro Municipal do Rio. O corpo de Preta Gil será conduzido em um carro do Corpo de Bombeiros até o Cemitério da Penitência, no Caju, onde ocorre uma cerimônia de cremação reservada à família e amigos, das 15h às 17h.