Melanoma: câncer de pele raro, mas letal, reforça alerta para prevenção

Saúde
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O melanoma, tipo mais agressivo de câncer de pele, segue sendo uma preocupação central para especialistas em oncologia e dermatologia no Brasil. Embora represente uma pequena fração dos casos de câncer de pele diagnosticados anualmente, ele é responsável por cerca de 85% das mortes decorrentes da doença, segundo informações do Instituto Nacional de Câncer (Inca).

O processo de formação do melanoma começa nos melanócitos, células localizadas na epiderme — a camada mais superficial da pele —, que produzem melanina e determinam a pigmentação natural. Em áreas de concentração dessas células, surgem as pintas e sardas, que em geral não representam risco à saúde.

No entanto, alterações genéticas nos melanócitos podem dar início a uma proliferação descontrolada dessas células, caracterizando o chamado melanoma incipiente. Esse crescimento anômalo é, na maioria das vezes, desencadeado pela exposição excessiva da pele aos raios solares sem proteção adequada, o principal fator de risco conhecido para o surgimento da doença.

Quando não detectado precocemente, o melanoma pode evoluir para um estágio avançado, no qual as células cancerígenas se espalham para camadas mais profundas da pele e atingem outros órgãos, processo conhecido como metástase. Nessa fase, o prognóstico do paciente se torna mais grave, e as chances de cura diminuem consideravelmente.

Médicos reforçam a importância de medidas preventivas, como o uso regular de protetor solar, chapéus e roupas adequadas para a proteção contra raios ultravioletas, além da observação atenta de pintas e manchas que apresentem alterações de tamanho, cor ou forma. O diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de sucesso no tratamento, que pode incluir cirurgia para remoção da lesão, quimioterapia, radioterapia ou imunoterapia, dependendo do caso.

“Em regiões tropicais como o Brasil, a população está ainda mais exposta aos riscos da radiação solar intensa, por isso a conscientização sobre prevenção e autoexame é fundamental para reduzir as estatísticas de mortalidade pelo melanoma”, ressalta o Inca.