Incêndio florestal no sul da França deixa uma pessoa morta e feridos

Internacional
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Um incêndio florestal de rápida propagação em uma região mediterrânea da França, próximo da fronteira com a Espanha, deixou uma pessoa morta, várias feridas e ainda continuava se espalhando nesta quarta-feira, 6, após danificar uma faixa de terra do tamanho de Paris durante a noite, disseram autoridades.

Cerca de 1,5 mil bombeiros trabalharam durante a noite para conter o incêndio, que começou na tarde de terça-feira (5) na vila de Ribaute, na região de Aude. O incêndio permaneceu "muito ativo" na quarta-feira e as condições climáticas eram desfavoráveis, informou a administração local em um comunicado.

Uma pessoa morreu em casa e outras nove ficaram feridas, e pelo menos uma pessoa está desaparecida.

O relatório afirma que o fogo se espalhou por 12 horas por 11 mil hectares de terra, o que equivale aproximadamente ao tamanho da capital francesa. Com isso, este é o maior incêndio florestal na França até agora neste verão.

Cientistas alertam que as mudanças climáticas estão exacerbando a frequência e a intensidade do calor e da seca, tornando a região mais vulnerável a incêndios florestais.

A Europa é o continente que mais aquece no mundo, com temperaturas aumentando duas vezes mais rápido que a média global desde a década de 1980, de acordo com o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia.

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Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e interlocutores na Corte apostam que, quando a prisão de Jair Bolsonaro for submetida à Primeira Turma, será novamente cravado um placar de quatro votos a um. Isso aconteceu em julho, quando Alexandre de Moraes impôs medidas cautelares ao ex-presidente.

Na ocasião, apenas Luiz Fux votou contra a imposição das medidas. Argumentou que não havia indícios concretos de que o réu planejaria uma fuga, ou que tentava atrapalhar as investigações.

Além do próprio Moraes, os outros três ministros do colegiado acompanharam o relator: Cármen Lúcia, Flávio Dino e Cristiano Zanin. A expectativa é que, na nova votação, o mesmo placar seja repetido.

Na votação de julho, a maioria do colegiado concordou com a decisão de Moraes de decretar prisão preventiva em caso de descumprimento das medidas cautelares. Por isso, diante da desobediência de Bolsonaro, não foi necessário submeter a prisão ao colegiado.

O caso deve ser levado ao plenário da Primeira Turma apenas se a defesa apresentar um recurso. Na segunda-feira, 4, a defesa disse que ia entrar com recurso.

Com o fim da licença parlamentar e o retorno das atividades do Congresso Nacional, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que vive nos Estados Unidos, recebeu R$ 17 mil de salário da Câmara dos Deputados, que ainda pagou R$ 123 mil para oito funcionários do gabinete do parlamentar, válidos pelo mês de julho.

Mesmo fora do País, Eduardo pode manter o mandato parlamentar e receber o salário de R$ 46.366,19 - haverá descontos no salário a cada falta que o congressista registrar. Esse desconto por ausência não se aplica à verba do gabinete da cota parlamentar.

Neste retorno, por enquanto, Eduardo ainda não usou a cota parlamentar. O sistema só registrou um reembolso no valor de R$ 0,03 por despesa de telefonia.

Os R$ 17 mil brutos recebidos por Eduardo não têm desconto por falta, já que ele voltou a ser deputado no dia 20 de julho, quando o Parlamento estava em recesso branco.

Enquanto isso, o PT defende a cassação de Eduardo. O líder do partido na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), solicitou o bloqueio imediato do salário do deputado.

Como parlamentar, Eduardo tem direito a R$ 4.148,80 por mês de auxílio moradia, reembolsos de gastos com saúde que podem chegar a R$ 135,4 mil, mais R$ 133,2 mil por mês para pagar o salário de 25 secretários parlamentares (ele tem oito) e indicar R$ 37,8 milhões anuais em emendas parlamentares ao Orçamento.

Há mais vantagens que Eduardo poderá perder. Como parlamentar, ele não pode ser preso, ao menos que em flagrante de crime inafiançável e com o aval do plenário da Casa e é inviolável civil ou penalmente por qualquer opinião ou voto. Deputados também têm direito a foro privilegiado e só podem ser julgados no Supremo Tribunal Federal (STF) por crimes cometidos no exercício do mandato. Sem esse direito, os processos tramitam na primeira instância do Judiciário.

A estratégia de Eduardo é manter o mandato para não correr o risco de ficar inelegível. Se quisesse, Eduardo poderia pedir renúncia do cargo, mas isso afetaria a estratégia dele para 2026. Isso porque ele poderia ficar inelegível até 2035 se optasse por essa saída.

O texto da Lei da Ficha Limpa diz que é uma condição de inelegibilidade um parlamentar renunciar ao mandato desde o oferecimento de representação capaz de autorizar abertura de processo.

O STF já abriu inquérito que o investiga por coação, obstrução de investigação e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Eduardo é um dos especulados pelo próprio Jair Bolsonaro para disputar a Presidência da República em 2026.

Perder o mandato por faltas, de acordo com a lei, não implica no afastamento temporário da disputa eleitoral. Para isso, Eduardo precisa faltar a um terço das sessões num ano.

O cálculo de faltas ainda é algo em aberto de acordo com estimativas de lideranças partidárias. Isso dependerá, entre outras coisas, do ritmo de sessões deliberativas aplicado pela presidência ao longo do ano. Inicialmente, o PL estimava que Eduardo precisaria de 44 faltas para perder o mandato. O partido trabalha pela preservação do mandato do deputado por São Paulo.

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência, Sidônio Palmeira, escolheu o jornalista Andre Basbaum como sucessor de Jean Lima no comando da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

O novo presidente da empresa pública de comunicação atuava como diretor de integração e jornalismo da Record. Também tem passagens por Band, SBT e TV Globo. Basbaum é formado em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG).

Basbaum assumirá o comando da EBC após o antecessor ter pedido demissão em carta a Sidônio. Lima presidiu a empresa por quase dois anos. Ele substituiu o ex-presidente Hélio Doyle, demitido após o Estadão revelar, em outubro de 2023, que ele compartilhou um post que chamava apoiadores de Israel de "idiotas".

Em nota, a Secom afirmou que durante a gestão Lima "a EBC alcançou importantes avanços para o fortalecimento da comunicação pública, consolidando a TV Brasil como a quinta emissora em audiência no país".

A EBC é responsável por um amplo ecossistema de comunicação pública. Um dos principais meios da empresa é a TV Brasil, que é vista como um ativo da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para melhor a comunicação e reverter a queda de popularidade.

Até a posse de Basbaum, o presidente interino da EBC será Bráulio Ribeiro, que ocupou diferentes cargos na Empresa, incluindo o de presidente.