Deputada do Rio é condenada a perda de mandato e 5 anos de prisão por manter assessor fantasma

Política
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A deputada estadual do Rio de Janeiro Lúcia Helena Pinto de Barros, conhecida como Lucinha (PSD), foi condenada a quatros anos, cinco meses e dez dias de prisão em regime semiaberto por peculato. Ela também perdeu o mandato e terá que pagar multa de R$ 173,4 mil, segundo decisão do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ).

O julgamento começou em maio, e quatro desembargadores votaram contra a prisão e 19 a favor. Ainda cabe recurso, e a defesa da deputada afirmou que vai recorrer da decisão "baseada inclusive em qualificados votos divergentes que inocentavam a deputada das acusações. A decisão do colegiado não foi unânime", segundo a nota da defesa.

A denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) diz que a parlamentar nomeou um assessor na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). O homem, entretanto, prestava serviços particulares para Lucinha, como pedreiro e cabo eleitoral. Ele esteve lotado no gabinete de Lucinha entre 2011 e 2015.

O funcionário recebia uma remuneração mensal de R$ 3.600 e fazia a manutenção de sete imóveis de posse ou ligados à deputada de segunda à sábado - que o impedia de exercer sua suposta função como assistente legislativo.

Os advogados alegam que o homem era, efetivamente, um assessor parlamentar e desempenhava as suas funções regularmente, como tantos outros do gabinete. "Logo depois de exonerado, foi assessor no gabinete de outro parlamentar, que o nomeou precisamente por conhecer o trabalho desenvolvido para a deputada", disse a defesa.

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O presidente da França, Emmanuel Macron, indicou o político centrista François Bayrou para o cargo de primeiro-ministro, dias após a Assembleia Nacional derrubar o premiê anterior, Michel Barnier, em meio ao impasse sobre o orçamento do ano que vem. Bayrou, de 73 anos, é uma figura veterana na política francesa. Líder do partido Movimento Democrático, Bayrou foi ministro da Educação durante parte das gestões dos presidentes François Mitterrand e Jacques Chirac na década de 1990. Anos depois, seria ministro da Justiça por pouco mais de 1 mês no começo do governo de Macron.

A Rússia lançou um ataque aéreo massivo contra a Ucrânia nesta sexta-feira, 13, disparando 93 mísseis de cruzeiro e balísticos e quase 200 drones, disse o presidente ucraniano Volodimir Zelenski, descrevendo-o como um dos bombardeios mais pesados mirando o setor de energia do país desde a invasão em larga escala da Rússia há quase três anos.

As defesas ucranianas abateram 81 mísseis, incluindo 11 mísseis de cruzeiro que foram interceptados por aviões de guerra F-16 fornecidos por aliados ocidentais no início deste ano, disse Zelenski.

A Rússia está "aterrorizando milhões de pessoas" com tais ataques, afirmou o presidente ucraniano em seu canal do Telegram, renovando seu apelo pela unidade internacional contra o presidente russo Vladimir Putin. "Uma forte reação do mundo é necessária: um ataque massivo - uma reação massiva. Esta é a única maneira de parar o terror", disse Zelenski.

Em Moscou, o Ministério da Defesa da Rússia disse que os militares russos usaram mísseis de precisão de longo alcance e drones em "instalações de combustível e energia criticamente importantes na Ucrânia que garantem o funcionamento do complexo industrial militar". A ofensiva russa foi em retaliação ao ataque ucraniano de quarta-feira usando o Sistema de Mísseis Táticos do Exército, ou ATACMs, fornecido pelos EUA, em uma base aérea russa, acrescentou.

A maior empresa privada de energia da Ucrânia, a DTEK, disse que o ataque "danificou seriamente" suas usinas termoelétricas. Fonte: Associated Press.

A deputada Mathilde Panot, líder do partido de esquerda França Insubmissa, indicou, nesta sexta-feira, 13, que a legenda deve tentar derrubar o governo de François Bayrou, escolhido pelo presidente Emmanuel Macron para substituir Michel Barnier como primeiro-ministro.

Em publicação no X (antigo Twitter), Panot afirmou que só há duas alternativas disponíveis: continuar as políticas de Barnier ou romper com esse ciclo. "Duas escolhas estarão à disposição dos deputados: apoio ao planos de Macron ou censura. Nós fizemos a nosso", disse, em referência ao mecanismo legislativo que pode destituir o primeiro-ministro.

A divergência reflete o impasse na aprovação do orçamento do ano que vem. Barnier tentou aprová-lo por uma manobra extraordinária que dispensava o aval da Assembleia Nacional. Insatisfeito com a tentativa, o parlamento votou para derrubar o governo do premiê.