Milton Leite oficializa apoio do União Brasil a Ricardo Nunes

Política
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O presidente da Câmara Municipal, Milton Leite (União), oficializou neste sábado, 3, o apoio do União Brasil à reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB). Em um sinal da força política do vereador, o prefeito teve de ir ao reduto eleitoral de Leite no Clube da Eletropaulo, no Jardim Ipanema, na zona sul, para receber o apoio. "Com 100% da executiva municipal, nós declaramos apoio à sua candidatura, prefeito", disse o vereador.

Leite foi a principal ausência na convenção do MDB que confirmou a candidatura de Nunes pela manhã. O ato e teve as presenças do presidente Jair Bolsonaro (PL), do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e de presidentes de partidos que apoiam o emedebista, como Valdemar Costa Neto (PL), Gilberto Kassab (PSD) e Paulinho da Força (Solidariedade).

O presidente da Câmara Municipal tentou ser vice de Nunes, mas acabou preterido pelo coronel da reserva Ricardo de Mello Araújo (PL), indicação de Bolsonaro.

No início de julho, Milton Leite chegou a afirmar que a relação com o prefeito estava "uma m….", mas depois de uma reunião com Nunes no dia 19 do mês passado disse que o relacionamento "melhorou 90%".

No ato deste sábado, o vereador negou que tenha divergências com o prefeito e afirmou que toma café da manhã ao menos uma vez por semana com Nunes para discutir os problemas da cidade.

"Ao contrário do que a imprensa marrom diz, nós não vamos bater (se enfrentar). Se um dia o senhor quiser escolher um quadro técnico do União Brasil, será discricionário. Nós nunca vamos pedir nada", disse. "Nós vamos te ajudar de todas as formas que você precisar", acrescentou. Já o deputado federal Alexandre Leite (União) reconheceu que houve atritos com Nunes. "As divergências na democracia são saudáveis. A unanimidade, às vezes, é burra", declarou.

Milton Leite também saiu em defesa de Nunes e disse que o chefe do Executivo tem uma vida "digna e íntegra". A Polícia Federal pediu à Justiça nessa semana para abrir um inquérito específico com objetivo de investigar a relação do prefeito com o suposto esquema de desvio de recursos da Prefeitura, conhecido como Máfia das Creches. Ricardo Nunes nega ter relação com o caso.

O União Brasil quer que Nunes crie as secretarias de Defesa dos Animais e de Proteção aos Mananciais. Segundo Leite, o partido não pleiteia comandar as pastas, apenas a criação delas. Ambas as pautas são caras ao partido, que busca adotar cada vez mais a causa animal como bandeira, e a Milton Leite, que tem como base eleitoral a região das represas Billings e Guarapiranga, às margens de onde o evento deste sábado foi realizado.

O prefeito, contudo, responde apenas que as sugestões serão levadas à equipe que elabora o plano de governo.

O grupo político de Leite chegou a flertar com a ideia de lançá-lo como candidato, em um movimento pensado para pressionar Nunes. O deputado federal Kim Kataguiri (União) também tentou viabilizar sua candidatura, mas desistiu na última quinta-feira. Ele disse que foi "desistido" e "sabotado" pelo partido e declarou apoio a Nunes.

O evento do União Brasil teve a presença de deputados e candidatos a vereador pela sigla. Depois de quase três décadas, Milton Leite não disputará a reeleição para a Câmara Municipal.

Ele lançou dois candidatos: Silvão Leite, seu chefe de gabinete que pegou o sobrenome "emprestado", e Silvinho Ricardo, chefe de gabinete na Subprefeitura de M'Boi Mirim, reduto eleitoral do presidente da Câmara. No caminho para o evento havia faixas divulgando a candidatura de Silvinho.

Também são candidatos pelo União Brasil a médica Nise Yamaguchi, a ativista Luisa Mell, a empresária Zilu Camargo, mãe da cantora Wanessa Camargo, e o influenciador Paulo Kogos.

Também são candidatos pelo União Brasil a médica Nise Yamaguchi, a ativista Luisa Mell, a empresária Zilu Camargo, mãe da cantora Wanessa Camargo, e o influenciador Paulo Kogos.

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A China irá impor sanções a algumas autoridades dos Estados Unidos e chefes de organizações não governamentais (ONGs) por comportamentos flagrantes relacionados a Hong Kong, informou o Ministério das Relações Exteriores. As sanções são uma resposta às penalidades impostas pelos Estados Unidos em março contra seis autoridades chinesas e de Hong Kong, afirmou o porta-voz do ministério, Guo Jiakun, em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 21.

Pequim irá impor sanções a vários membros do Congresso americano, autoridades governamentais e chefes de ONGs por terem "se comportado mal em questões relacionadas a Hong Kong", disse Jiakun, sem revelar os nomes.

O porta-voz alertou que os Estados Unidos não têm permissão para interferir nos assuntos de Hong Kong. Pequim considera Hong Kong uma parte inalienável da China. "Quaisquer ações equivocadas tomadas pelos EUA em questões relacionadas a Hong Kong serão respondidas com firmes contra-ataques e medidas recíprocas da China", disse Guo.

A medida ocorre semanas após o Departamento de Estado dos EUA impor sanções a autoridades chinesas e de Hong Kong, citando a repressão política contínua em Hong Kong - e os esforços para estender essa repressão a cidadãos dos EUA - e as restrições ao acesso ao Tibete.

As seis autoridades citadas pelos EUA incluem Raymond Siu, comissário de polícia de Hong Kong, e Paul Lam, secretário de Justiça da cidade. Fonte: Dow Jones Newswires

O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, propôs no domingo, 20, repatriar todos os presos venezuelanos enviados ao seu país pelos Estados Unidos em troca da libertação da mesma quantidade de "prisioneiros políticos" da Venezuela, incluindo figuras da oposição do país - que chamou a oferta de "cínica".

Em uma publicação no X (antigo Twitter), direcionada ao presidente da venezuelano, Nicolás Maduro, Bukele listou familiares de membros do alto escalão da oposição na Venezuela, jornalistas e ativistas detidos durante a repressão eleitoral do governo sul-americano no ano passado.

"A única razão pela qual estão presos é por terem se oposto a você e à sua fraude eleitoral", disparou Bukele se referindo a Maduro. "No entanto, quero propor um acordo humanitário que inclua a repatriação de 100% dos 252 venezuelanos que foram deportados, em troca da libertação e entrega de um número idêntico dos milhares de presos políticos que você mantém", completou.

Entre os listados está o genro do ex-candidato à presidência da Venezuela Edmundo González, vários líderes políticos que buscavam asilo na embaixada argentina na Venezuela e o que ele disse serem 50 cidadãos de pelo menos 23 nacionalidades diferentes.

O presidente também citou a mãe da líder da oposição María Corina Machado, cuja casa, segundo o líder político, foi cercada pela polícia venezuelana em janeiro.

Bukele encerrou afirmando que o Ministério das Relações Exteriores de El Salvador entrará em contato com o governo Maduro para formalizar a proposta.

Reação venezuelana

O Ministério Público da Venezuela respondeu na noite do mesmo dia, chamando as declarações de Bukele de "cínicas" e se referindo ao líder salvadorenho como um "neofascista".

O país pediu também que o governo de Bukele forneça ao governo venezuelano uma lista das pessoas detidas, bem como seu status legal e relatórios médicos.

"O tratamento recebido pelos venezuelanos nos Estados Unidos e em El Salvador constitui uma grave violação do direito internacional dos direitos humanos e constitui um crime contra a humanidade", afirmou o comunicado.

De olho em El Salvador

A proposta surge em um momento em que o mundo está atento a El Salvador por aceitar venezuelanos e salvadorenhos deportados pelo governo Trump, que os acusou de serem membros de gangues.

Os deportados são encarcerados em uma "megaprisão" conhecida como Centro de Confinamento do Terrorismo (CECOT), construída pelo governo Bukele durante sua repressão às gangues do país.

A controvérsia só aumentou após a revelação de que um homem casado com uma cidadã americana foi deportado por engano. A Suprema Corte dos EUA ordenou que o governo facilitasse seu retorno, mas não há sinais de que a proposta será aceita.

Desde março, o governo dos EUA envia venezuelanos e salvadorenhos acusados de serem filiados às gangues Tren de Aragua e MS-13 para El Salvador, onde Bukele concordou em deter criminosos condenados para os Estados Unidos, mediante pagamento.

Os primeiros voos a chegar a El Salvador transportaram 238 venezuelanos, entre eles muitos que não tinham antecedentes criminais. / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, acusou no domingo, 20, a Rússia de continuar os bombardeios, violando o cessar-fogo de Páscoa prometido por Vladimir Putin.

Moscou também acusou as forças ucranianas de violarem a trégua ao atacar posições russas na região de Donetsk.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.