Aiatolá Khamenei reza sobre o caixão de líder do Hamas morto em Teerã

Internacional
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O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, e representantes de milícias palestinas apoiadas pelo regime iraniano fizeram uma oração sobre os caixões do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, e do guarda-costas dele, nesta quinta-feira, 1, em Teerã. Ambos foram mortos na véspera em um bombardeio realizado pelas forças de Israel na capital iraniana. O episódio ampliou o risco de escalada da guerra no Oriente Médio.

 

Khamenei permaneceu ao lado do presidente do país, Masoud Pezeshkian, durante o velório de Haniyeh na Universidade de Teerã. Imagens da televisão estatal mostraram imagens dos corpos sendo levados para a Praça Azadi em uma caminhão, em meio a homenagens da população local.

 

Após o funeral na capital do Irã, o corpo de Haniyeh será transportado para o Catar na sexta-feira, 2, onde será enterrado. O líder do Hamas vivia exilado no país árabe. Haniyeh viajou a Teerã para comparecer à posse de Pezeshkian na presidência do Irã, na terça-feira, 30. Na madrugada do dia seguinte, Haniyeh foi morto no bombardeio à casa em que costumava se hospedar.

 

O regime iraniano prometeu vingança contra Israel pelo assassinato do líder do grupo palestino. Fonte: Associated Press.

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, vai se reunir nesta quarta-feira, 13, com o ministro da Defesa, José Múcio, na expectativa de anúncio do pacote de corte de gastos do governo federal. O encontro será às 15 horas no Palácio do Planalto.

De acordo com a agenda da presidência da República, Lula ainda se encontrará no dia com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, às 11 horas.

Além deles, também participam da reunião sobre os ajustes os ministros da Casa Civil, Rui Costa; da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha; o Advogado-Geral da União, Jorge Messias; e o secretário especial para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Marcos Rogério de Souza.

Já às 14h40, o chefe do Executivo federal se reúne com o Secretário Especial para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Marcos Rogério de Souza.

O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) fechou aliança na noite da terça-feira, 12, com a bancada evangélica para disputar a presidência da Câmara. O parlamentar, que tem a bênção do atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), já conquistou o apoio de 15 partidos e contabiliza 385 votos, 128 a mais do que o necessário para vencer a eleição em primeiro turno.

O acordo com a bancada evangélica foi selado em uma churrascaria, em Brasília, durante jantar que contou com a participação de Lira e diversos parlamentares religiosos.

"Tem uma coisa que é melhor que ser presidente da Câmara, tem uma coisa que é melhor que ser presidente da República, uma coisa que é melhor que tudo, que é entregar a vida a Jesus", disse o deputado Otoni de Paula (MDB-RJ), que chegou a cantar canções gospel na ocasião.

Otoni recentemente recebeu críticas do bolsonarismo após orar pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um evento no Palácio do Planalto.

No mesmo dia em que a bancada evangélica decidiu apoiar o líder do Republicanos para a sucessão de Lira, o deputado alagoano retomou no plenário a discussão de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que amplia a imunidade tributária de templos religiosos. A votação da medida está prevista para esta quarta-feira, 13.

O presidente da bancada evangélica, Silas Câmara (Republicanos-AM), disse que Motta continuará o trabalho feito por Lira nos últimos anos. "A semeadura que o Arthur fez durante esses quatro anos, e com o apoio do próprio presidente Arthur ao Hugo Motta, sinaliza para a gente que haverá uma continuidade que dará possibilidade de continuarmos avançando", declarou.

Segundo Silas Câmara, a bancada não discutiu pautas específicas com Motta, mas reiterou seus posicionamentos. "Todos conhecem nossas bandeiras. Somos contra o aborto", ressaltou.

Nesta quarta-feira, 13, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) deve analisar uma proposta que proíbe o aborto legal no País.

"Com a nossa deferência, com o nosso apoio, com o nosso diálogo permanente para que as pautas de interesse da Frente possam ser uma prioridade numa futura gestão nossa à frente da Câmara dos Deputados", disse Hugo Motta.

O deputado paraibano tem o apoio de PL, PT, MDB, PP, Podemos, PCdoB, PV, PDT, PSB, PSDB, Cidadania, Solidariedade, Rede e PRD, além do próprio Republicanos, seu partido.

Os líderes do PSD, Antonio Brito (BA), e do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), também se lançaram na disputa, mas seus partidos resolveram iniciar diálogo com Motta após eles terem suas candidaturas esvaziadas.

Elmar já foi considerado o favorito de Lira, mas o a desistência de Marcos Pereira (Republicanos-SP) abriu caminho para que o deputado alagoano apoiasse Motta. Elmar disse recentemente, em referência a Lira, que perdeu o melhor amigo.

Em uma reunião duas semanas atrás com integrantes de sua sigla, Elmar aceitou retirar sua candidatura depois que o partido negociar cargos na nova gestão da Câmara. O líder do PDT, Afonso Motta (RS), por sua vez, confirmou no último dia 5 que os pedetistas foram comunicados da desistência de Elmar, embora o líder do União tenha evitado fazer um anúncio público.

Brito, por sua vez, afirmou que o PSD negociará a manutenção da proporcionalidade do partido nos cargos da Câmara. Após essa articulação com Motta, a bancada fará uma nova reunião para deliberar se ele continuará ou não com a candidatura.

O União fez uma série de pedidos a Motta para apoiá-lo e deve ficar com a relatoria da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026, que tramitará ano que vem. O PT, por sua vez, levará a relatoria da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026.

Dos cargos na Mesa Diretora, já está definido que a 1ª vice-presidência ficará com o PL. O União pediu a 2ª vice. O PT, por sua vez, ficará com a 1ª secretaria.

Os petistas também querem ocupar uma vaga no Tribunal de Contas da União (TCU). Como revelou o Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o líder do partido na Câmara, Odair Cunha (MG), e a presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, são cotados para o cargo, que abrirá em 2026.

A Câmara de Vereadores de São Paulo aprovou nesta terça-feira, 12, proposta da Mesa Diretora da Casa, encabeçada por Milton Leite (União Brasil), que aumenta em 37% os salários próprios parlamentares da capital. A aprovação vem pouco mais de um mês após a eleição para o Legislativo. A aprovação se deu em 25 segundos e sem debate no plenário.

Os eleitos e reeleitos na eleição deste ano receberão R$ 24.754,79 em janeiro e, um mês depois, passarão a ganhar R$ 26.080,98, o que caracteriza um "duplo aumento" para os parlamentares paulistanos. Atualmente, os vencimentos dos vereadores são de R$18.991,68.

Votaram contra apenas os vereadores Fernando Holiday (PL), Jussara Basso (PSB) e a bancada do PSOL. Luna Zarattini (PT) se absteve.

Holiday, Jussara e Milton Leite não estarão na próxima legislatura.

Como se trata de um projeto de resolução, que regulamenta matérias da competência privativa da Câmara e as de caráter político, processual, legislativo ou administrativo, o texto não precisa passar por sanção do prefeito e, quando aprovado e promulgado, passa a ter eficácia de lei ordinária.

Na justificativa, a Mesa Diretora usou a Constituição Federal sob argumento de que o vencimento dos vereadores pode ser, no máximo, 75% do salário dos deputados estaduais, conforme alínea F, do inciso 6, do artigo 29 da CF.

"Atualmente, a remuneração dos Vereadores é fixada pela resolução da Câmara Municipal de São Paulo número 7, de 16 de dezembro de 2020, cujos efeitos, porém, limitam-se a legislatura em curso, que se encerrará em dezembro de 2024. E nos moldes da Resolução em vigor, a remuneração dos vereadores foi fixada em 75% da remuneração estabelecida, em espécie, para os deputados Estaduais", diz trecho do documento.

"A fixação pelo valor máximo permitido justifica-se diante do gigantismo de São Paulo, a maior cidade do Brasil, cujos problemas sociais, econômicos, políticos e culturais exigem dos vereadores envolvimento e dedicação proporcionais à responsabilidade do mandato que exercem", diz trecho da justificativa.

Aprovação se deu em 25 segundos e sem discussão no plenário

Para que o projeto avançasse, a Câmara aprovou, de forma simbólica e em apenas alguns segundos, a inversão da pauta da sessão e fez a discussão em reunião conjunta de comissões, sem que qualquer parlamentar tenha feito inscrição para falar contra ou a favor. Posteriormente, o texto foi votado em plenário em apenas 25 segundos.

Novamente, nenhum vereador se inscreveu para defender o projeto, nem para criticá-lo.

A aprovação se deu de forma simbólica, não tendo ficado configurados os votos de cada vereador. Após o resultado ser declarado pelo presidente, os vereadores Fernando Holiday e Jussara Basso, além da bancada do PSOL consignaram suas posições contrárias ao texto, enquanto Luna Zarattini considerou que estava se abstendo.

O vereador Arselino Tatto (PT), que não se reelegeu, pediu para questionar se vereadores que votaram contra vão recusar o aumento. "Quem votou contra ou se absteve vai se abster de receber ou jogar para mídia?", disse o petista, que começou a rir na sequência.

Holiday então respondeu: "Eu estou indo embora".

O presidente Milton Leite, então, afirmou que o "vereador faz renúncia dos valores se desejar".

Câmara terá 35 vereadores da atual legislatura em 2025

A legislação determina que reajustes salariais dados por vereadores só podem entrar em vigor na legislatura seguinte, para evitar que os próprios parlamentares sejam beneficiados pelo aumento. Contudo, como o reajuste foi aprovado após a eleição, na prática para muitos deles foi uma elevação dos próprios vencimentos.

Dos 55 vereadores da Câmara de São Paulo, 51 buscaram a reeleição e 35 conseguiram manter suas cadeiras.

A taxa de renovação da Câmara foi de 63,3%, considerando os vereadores que disputaram e os que não tentaram a reeleição.

Entre os políticos experientes que falharam em se reeleger estão Gilson Barreto (MDB), Carlos Bezerra Júnior (PSD), Paulo Frange (MDB) e o já citado Arselino Tatto.