Idosos com câncer, até avançado, devem fazer exercício

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
A prática de exercícios físicos pode beneficiar até idosos com câncer em estágio avançado, segundo novo estudo brasileiro apresentado no Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco 2024), o maior congresso de oncologia do mundo, realizado em Chicago, nos Estados Unidos, entre os dias 31 de maio e 4 de junho.

A pesquisa foi liderada pelo oncologista da Oncoclínicas&Co, Paulo Bergerot, que também é representante da América Latina na recém-formada Sociedade Internacional de Oncologia do Exercício. Os resultados evidenciaram que pacientes com mais de 65 anos e sob tratamento oncológico tiveram melhora na qualidade de vida e alívio de alguns efeitos colaterais dos medicamentos de imuno e quimioterapia após 12 semanas cumprindo uma rotina de atividade física moderada.

"A grande mensagem desse estudo é que o paciente em tratamento oncológico deve ficar ativo. Não existe mais essa história de manter o paciente resguardado, economizando energia por causa do tratamento. É exatamente o contrário", afirma Bergerot.

ROTINA PERSONALIZADA

Todos os 41 participantes do estudo tinham mais de 65 anos e tratavam cânceres de estágios 3 ou 4, considerados avançados ou metastáticos. Além disso, eram pacientes que estavam começando uma linha de tratamento sistêmico, ou seja, com medicamentos - quimioterapia ou imunoterapia, de um modo geral.

"Para qualquer pessoa a gente sabe que é difícil a adesão e a continuidade na atividade física. Para o paciente com câncer é mais desafiador ainda, e se for idoso é uma missão quase impossível", comenta Bergerot. Para driblar essa barreira, os pesquisadores apostaram em uma estratégia personalizada, em que cada participante tinha a própria rotina de exercícios.

As atividades foram estipuladas por um educador físico, que considerou o quadro clínico de cada paciente e sua realidade no cotidiano, como o uso de acessórios que eles dispunham nas próprias casas. Ao fim das 12 semanas, os participantes apresentaram uma melhora na qualidade de vida de cerca de 10 pontos na escala FACT-G. O método considera a percepção de bem-estar físico, social e familiar, emocional e funcional em uma régua que vai de 0 a 108 pontos. Além disso, a prática física também se mostrou capaz de atenuar alguns dos sintomas do câncer e dos efeitos colaterais comuns no tratamento da doença. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em outra categoria

O primeiro fim de semana da 27ª Bienal do Livro de São Paulo termina neste domingo, 8, com bons indicadores para o mercado editorial. Editoras relataram um aumento expressivo de vendas em comparação com a última edição, em 2022. O crescimento chegou a até 120%. Já havia uma expectativa de alta nas vendas entre os organizadores do evento, que começou na última sexta, 6, e segue até o próximo domingo, 15. Antes mesmo do início, os ingressos para o segundo dia da edição já estavam esgotados.

O evento é realizado no Distrito Anhembi, espaço 15% maior que a Expo Center Norte, onde ocorreu a última edição. Mas a mudança não impediu reclamações de lotação. Usuários do Instagram, TikTok e Bluesky relataram que o local estava cheio e se queixaram das filas para conferir os estandes, especialmente das principais editoras.

A lotação do evento, porém, já é esperada nos finais de semana e também ocorreu nos outros anos. A Bienal do Livro de São Paulo espera receber, até o encerramento, mais de 660 mil pessoas. Em contato com o Estadão, a assessoria do evento não revelou qual foi o público nesses primeiros dias - o balanço é divulgado no último domingo da feira.

Explosão nas vendas

A fila para entrar no estande da Rocco, segundo a própria editora, chegou até as 21h no sábado, 7. No dia, o faturamento da empresa já havia ultrapassado o resultado do primeiro fim de semana de 2022, representando um aumento de 52%. "Foi a maior venda histórica da editora em um único dia numa edição da Bienal de São Paulo", informou.

As vendas para a HarperCollins também foram satisfatórias: os três dias de evento proporcionaram metade do faturamento de toda a edição de 2022. Para a Intrínseca, a comparação com a última edição, considerando apenas o sábado, significou um crescimento de 82%.

A Editora Planeta teve um resultado animador: as vendas em um período comparado de três dias ultrapassaram 120% dos valores da feira de 2022. Considerando as vendas computadas até as 14h30 do domingo, o Grupo Editorial Record já havia vendido mais do que a média de exemplares comercializados no primeiro fim de semana da última edição.

Segundo a Record, o faturamento foi impulsionado pelo fenômeno Colleen Hoover, escritora que teve o livro mais vendido do Brasil no ano passado e, recentemente, ganhou uma adaptação de seu maior sucesso, É Assim Que Acaba, para os cinemas.

Os gêneros romantasia, que une romance e universos fantásticos, e healing fiction, que traz histórias reconfortantes, também dominaram as vendas. Confira, abaixo, as listas de livros mais vendidos de algumas editoras presentes na Bienal.

Intrínseca

- Melhor do que nos filmes (Lynn Painter)

- Apostando no amor (Lynn Painter)

- Bem-vindos à Livraria Hyunam-dong (Hwang Bo-Reum)

- Murdle (G. T. Karber)

- Impostora (R.F. Kuang)

- Manual de assassinato para boas garotas (Holly Jackson)

- Vou te receitar um gato (Syou Ishida)

- Mil vezes amor (Lynn Painter)

- Coraline (Neil Gaiman)

- Táticas do amor (Sarah Adams)

Rocco

- Powerless (Lauren Roberts)

- Amêndoas (Won-pyung Sohn)

- Quebrando o gelo (Hannah Grace)

- O Impulso (Won-pyung Sohn)

- A Hora da Estrela (Clarice Lispector)

- O Abismo de Celina (Ariane Castelo)

- As Vantagens de ser invisível (Stephen Chbosky)

- No Calor do Momento (Hannah Grace)

- Box Jogos Vorazes (Suzanne Collins)

- Lightlark (Alex Aster)

Planeta

- Quarta asa (Rebecca Yarros)

- Chama de ferro (Rebecca Yarros)

- As aventuras de Mike 1 (Gabriel Dearo e Manu Digilio)

HarperCollins

A editora não divulgou um ranking de mais vendidos, mas afirmou que os mais procurados foram os livros de J.R.R. Tolkien e de C.S. Lewis, com destaque para As crônicas de Nárnia.

A editora Harlequin, focada em romances, teve os livros mais procurados do estante, dentre eles: O despertar da lua caída, de Sarah A. Parker, Um salto para o amor, de Aione Simões, e Amor às causas perdidas, de Paola Aleksandra.

Na Thomas Nelson Brasil, de literatura cristã, o mais vendido foi o livro É para o meu bem, de Fernanda Witwytzky.

Grupo Editorial Record

A empresa também não divulgou um ranking, mas disse que o maior destaque foi o fenômeno Colleen Hoover. As autoras nacionais Babi A. Sette, de O beijo da neve, e Elayne Baeta, de O amor não é óbvio, estiveram entre os autores com os cinco livros mais vendidos da editora.

Como conseguir ingressos para a Bienal do Livro?

A venda de ingressos para a Bienal está disponível no site oficial do evento. As entradas custam R$ 35 (inteira) e R$ 17,50 (meia-entrada).

Como fazer um bolo? Essa talvez seja a pergunta número um que a pessoa que veste o avental pela primeira vez aprende a fazer. Criança adora fazer e comer bolo. Aí a gente cresce e fica com saudade do bolo da mãe, da avó, do que fazia quando era pequena. Festa sem bolo? Não existe.

Bolo e Carole Crema são praticamente sinônimos. Por isso, o livro O Mundo dos Bolos da Carole Crema chega como mais uma receita de sucesso da confeiteira e jurada do reality show Bake Off Brasil (SBT e Discovery Home & Health).

O segundo livro de Carole (o primeiro é de 2010, O Mundo dos Cupcakes) é metade com dicas preciosas para quem gosta de fazer bolo, ou deseja se iniciar nesse universo; e metade com receitas ilustradas cuidadosamente com as imagens de Luna Garcia.

A autora conversa com leitores e leitoras em linguagem clara, pontuada por bilhetinhos com as dicas que costuma dar em seus vídeos no Instagram.

O livro começa com instruções básicas sobre ingredientes e suas funções, aponta técnicas para o preparo de qualquer bolo e ainda traz informações sobre o aparato necessário para uma missão bem-sucedida antes de ligar a batedeira.

O capítulo 4, Manual Definitivo para Arrasar nas Massas de Bolo, traz indicações sobre a temperatura ideal, posicionamento da forma sobre a grade do forno, dicas de armazenamento e congelamento. Como untar adequadamente as fôrmas de acordo com o tipo de massa, massas que vão melhor em bolos recheados ou para bolos simples também entram na lista de dicas.

A introdução do livro é da cozinheira e escritora Helô Bacelar, que descreve o que ela e Carole têm em comum: "As duas amam receitas, vivem na cozinha, vivem entre fôrmas, espátulas e batedeiras, adoram ensinar, gostam de deixar as pessoas felizes e amam açúcar do jeito mais lindo do mundo".

No compilado de receitas do livro está o famoso bolo gelado de coco da Carole, "campeão de audiência" em sua confeitaria nos Jardins, além de bolos encorpados, como banana bread com aveia, bolo de azeite com tomilho e limão ou o bolo cítrico com polenta.

CHOCOLATE

Há ainda os clássicos de fubá, laranja, maçã e formigueiro; os densos e deliciosos indiano, de tâmaras com calda toffee de mascavo e de mandioca. Tem ainda bolo de cenoura e carrot cake, que nada têm a ver um com outro, exceto pelo ingrediente que nomeia as receitas. Além de uma seleção só com bolos de chocolate.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Eliseo (Guillermo Francella) é um dedicado zelador de um prédio de alto padrão em Buenos Aires. Ele é "praticamente da família" - trabalha ali há mais de 30 anos e conhece todo mundo, ajudando como pode. No entanto, as coisas começam a sair do controle ao descobrir que há um plano para demiti-lo e transformar sua casa em uma área de uso comum no edifício. É aí que ele usa de seu conhecimento para convencer os moradores.

Esse é o ponto de partida de Meu Querido Zelador, série com o selo Star Original e que já está em sua terceira temporada - agora, no Disney+. Nessas três temporadas, Eliseo se transforma: começa como esse zelador ameaçado e, aos poucos, vira alguém com influência não só no prédio, mas até no bairro.

"A nova temporada é desafiadora porque é uma série que tem feito muito sucesso, tornando a evolução mais complexa", diz ao Estadão Gastón Duprat, criador do projeto ao lado de Mariano Cohn. "A nova temporada é muito engraçada, muito complexa, com muita crítica social, mas também com muita sofisticação na encenação, no aspecto cinematográfico."

Apesar das transformações, há o cuidado de não perder o fio da meada da produção, que quer, acima de tudo, retratar a sociedade argentina.

Mariano conta que a inspiração para este novo momento de Eliseo surgiu do final da segunda temporada, quando o protagonista quebra a quarta parede e fala diretamente com a câmera, um recurso que, até então, não tinha sido usado.

PROTAGONISTA

"Percebemos que havia toda uma paleta que ainda não havíamos vivenciado, que tem mais a ver com a atuação. Algo mais abstrato, mais artístico", diz Gastón. "Foi daí que veio a ideia de começar a nova temporada de um jeito inédito, colocando Eliseo em um ambiente de férias."

Nesse contexto, quem brilha é Francella. Ele, que protagonizou trabalhos como O Clã e, mais recentemente, A Extorsão, pode transitar entre drama e comédia, criando um personagem muito factível.

Os diretores contam que Francella está intrinsecamente ligado à criação do papel. "A gente testa até terminar de delimitar a lógica de pensamento do personagem, como se ele tivesse vida própria. É como uma pessoa real", conta Mariano. "Colocamos na tela aquilo que vivenciamos e como vivemos nas grandes cidades, seja Buenos Aires ou São Paulo, em que moramos em apartamentos e conhecemos tantos porteiros."

Haverá uma nova temporada? "Já estamos pensando em como Eliseo continua, com sua ambição sem limites", diz Gastón. "Tem uma série que vimos quando crianças, Chaves, e para mim Meu Querido Zelador é isso: Chaves com Eliseo. Nunca acaba de verdade. Há sempre boas histórias", diz Mariano.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.