Brasil tem carência de 1,5 mil leitos de UTI neonatal para atender recém-nascidos

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Das 27 unidades federativas do Brasil, 17 dispõem de menos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal do que o recomendado pela literatura científica. É o que afirma a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib) em um novo levantamento. De acordo com a pesquisa, seriam necessários 1,5 mil novos leitos no País para que essas regiões atingissem a cobertura adequada.

Segundo o Ministério da Saúde, 340 mil bebês nascem prematuros todo ano, o equivalente a 930 por dia. O sistema de saúde, porém, dispõe de 10.288 leitos de UTI para atendê-los, número inferior ao recomendado por entidades internacionais e nacionais, como a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Para estas, a oferta de leitos de UTI para recém-nascidos deve ser de, no mínimo, quatro para cada mil nascidos vivos.

A conta feita pela Amib abrange tanto leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto do setor privado. Quando considerados apenas os leitos públicos, o quadro piora: nenhum Estado alcança a quantidade adequada.

Os números foram levantados a partir do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), do Ministério da Saúde, e são referentes ao mês de dezembro de 2023. As informações foram cruzadas com os registros do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc) do mesmo ano.

Distribuição desigual

No Norte, a média regional é de apenas 2,42 leitos para cada mil nascidos vivos. De acordo com o levantamento, seriam necessárias cerca de 450 vagas adicionais na região para alcançar a recomendação mínima. Em contrapartida, na região Sudeste, a média total é de 5,55 leitos de UTI neonatal para cada mil nascidos vivos.

Os locais com a situação mais crítica são Acre, Amazonas, Roraima e Maranhão, onde há menos de dois leitos por 1 mil nascidos vivos. No Acre, estão disponíveis 15 leitos no SUS e 13 na saúde suplementar. Em contrapartida, o Estado teve 23.912 nascidos vivos em 2023, o que lhe rende uma média de 1,94 leitos para cada mil nascidos vivos. Nesse cenário, seriam necessários mais 30 leitos para alcançar o total recomendado.

No Amazonas, são 59 leitos no SUS e 73 na rede privada, gerando um déficit de 149 leitos. Em Roraima, onde há 23 leitos no SUS e dois na saúde suplementar, seriam necessários 27 novos leitos. Já no Maranhão, com 156 leitos no SUS e 21 particulares, faltam 212 leitos para a média indicada pelas entidades médicas.

Veja a seguir a média de leitos de UTI neonatal em cada Estado.

- Acre: 1,94

- Alagoas: 3,03

- Amapá: 2,85

- Amazonas: 1,88

- Bahia: 2,73

- Ceará: 2,57

- Distrito Federal: 5,63

- Espírito Santo: 5,15

- Goiás: 3,38

- Maranhão: 1,82

- Mato Grosso: 3,64

- Mato Grosso do Sul: 2,96

- Minas Gerais: 4,10

- Pará: 2,25

- Paraíba: 2,52

- Paraná: 4,49

- Pernambuco: 2,56

- Piauí: 2,73

- Rio de Janeiro: 9,05

- Rio Grande do Norte: 4,11

- Rio Grande do Sul: 4,24

- Rondônia: 4,18

- Roraima: 1,91

- Santa Catarina: 3,97

- São Paulo: 5,03

- Sergipe: 3,62

- Tocantins: 2,85

Para Amarílis Batista Teixeira, coordenadora do Departamento de Neonatologia da Sociedade Mineira de Terapia Intensiva, ligada à Amib, os dados sobre déficits são um alerta, pois a escassez de leitos está ligada a maiores taxas de mortalidade neonatal, principalmente em regiões com infraestrutura deficiente.

"Muitos recém-nascidos poderiam ter desfechos melhores se tivessem acesso oportuno a suporte ventilatório, monitoramento avançado e intervenções especializadas, sem sobrecarregar outras unidades de saúde, comprometendo a qualidade do cuidado", reflete.

Taxas 'em conformidade com o Ministério da Saúde'

O ministério estabelece que o mínimo de leitos de UTI neonatal no Brasil deve ser de dois por mil nascidos vivos, conforme a Portaria GM/MS nº 930, de 2012. Porém especialistas como Nilzete Bresolin, diretora vice-presidente da Amib, reforçam que o ideal seriam quatro leitos por mil recém-nascidos, número baseado em estudos epidemiológicos e análises estatísticas de necessidades assistenciais.

A portaria também estabelece que o cuidado neonatal deve ser progressivo. "Ou seja, complementado com leitos de Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal Convencional (UCINCo) e Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal Canguru (UCINCa)", afirma o ministério em nota.

A pasta argumenta que "o desenho da rede e a definição dos leitos é conduzido pelos estados e municípios e o Ministério da Saúde atua para o incentivo e qualificação dos mesmos, por meio das habilitações com recursos financeiros e processos formativos".

Procurada, a Secretaria de Estado da Saúde do Maranhão informou, em nota, que o Estado conta atualmente com 134 leitos de UTI neonatal, distribuídos em 10 dos 19 serviços de parto sob gestão estadual. A pasta afirmou que "está em conformidade com a portaria de 2012" do ministério e adicionou que "está planejando ampliar o número de vagas".

Em Roraima, a Secretaria de Saúde disse que, em setembro de 2024, ampliou o número de leitos na UTI Neonatal do Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth, passando de 28 para 66. O órgão acrescentou que a taxa de ocupação da UTI é de aproximadamente 65% durante períodos sazonais de gripe, sem registro de demanda reprimida, o que "atende a atual realidade e rotina hospitalar".

Os governos do Acre e do Amazonas não responderam até a publicação do texto.

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Ícone do teatro britânico, a atriz Joan Plowright morreu aos 95 anos. A morte foi confirmada pela família à rede BBC, que disse que a atriz morreu serena, mas sem informar a causa da morte.

Em comunicado, os familiares celebraram a "longa e ilustre carreira" da atriz, que participou de produções como O Último Grande Herói (1993), Denis - O Pimentinha (1993), 101 Dálmatas (1996) e Um Sonho de Primavera (1993), que lhe rendeu uma indicação ao Oscar. A atriz era ainda dona de dois Globos de Ouro, um Emmy e dois Bafta.

A nota diz também que a atriz estava aposentada há uma década, desde que tinha perdido a visão, e finaliza dizendo que ela passou a última década em sua propriedade em Sussex, rodeada de amigos e família. "Anos repletos de risos e boas memórias", finaliza a declaração da família.

Nos palcos britânicos, Plowright ganhou notoriedade ao trabalhar com diretores e dramaturgos como Orson Welles, em Moby Dick, de 1955; John Osborne, em The Entertainer, de 1957, e Shelagh Delaney, em A Taste of Honey, de 1960. Esta última montagem foi parar na Broadway e acabou rendendo a Plowright um Prêmio Tony.

Na vida pessoal, um episódio nos anos 1950 foi marcante. Nos ensaios de The Entertainer, conheceu o também ator Laurence Olivier (1907-1989). Na produção, ela interpretou a filha do personagem de Olivier, que já era um ator consagrado nos palcos britânicos. Ele era casado com a atriz Vivien Leigh (1913-1967), de quem se separou em 1960 para ficar com Joan Plowright. Eles se casaram no ano seguinte. O casamento durou até a morte de Olivier, em 1989 e os dois tiveram três filhos.

Gracyanne Barbosa fez sua estreia na temida Xepa do BBB 25. A modelo fitness, que passou a primeira semana no Vip e acabou com todos os ovos da casa em quatro dias, mudou de grupo depois que não foi escolhida pela dupla de líderes Aline e Vinícius.

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O grupo tem 16 pessoas. Caso dividam os ovos igualmente, cada pessoa terá disponível 20 ovos para a semana. Quando entrou no reality show, Gracyanne explicou que fora da casa costuma comer 40 ovos por dia, o dobro da cota que ela terá para uma semana inteira. Resta à sister negociar com seus parceiros alguma troca.

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"Não como fígado há anos, mas super vou comer. Rende mais que a rabada que tem muito osso, é o bife puro. Minha mãe vai achar o máximo eu comendo fígado", declarou Gracyanne.

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"Com isso, acho que ganhei força com marcas que já tinham um conceito mais apurado desse feminino", completou.

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Carnaval 2025

Além do tópico, a atriz também falou sobre a chegada do carnaval, que lhe rendeu um figurino viral em 2024 e promete "quebrar as expectativas". Em 2025, o tema da escola de samba será "Pororocas Parawaras: As Águas dos Meus Encantos nas Contas dos Curimbós", que aborda o Pará e as águas amazônicas.

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"Tenho certeza de que vai ser uma homenagem linda e emocionante como a Grande Rio sabe fazer e como o Pará e o paraense merece!", disse, por fim.